quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Vestida de lágrimas-GeraldoSantos -26/09/2005

 Ela chegou vestida de lágrimas. Parou diante de mim e não aguentou: Derramou-se numa tempestade de tristezas, tormentos e angústias e com os olhos vermelhos... Eu apenas ouvi, por instantes, o desabafo. Depois, lentamente, estendi as mãos trêmulas e medrosas com receio de que negasse o meu auxílio. Ela não negou. Mas também não o aceitou e falou... Disse tudo o que estava na alma. Secou as nuvens de tristezas que cobriam o coração e sorriu. Sorriu com esperança de um dia melhor. Sorriu pra vida. E o seu sorriso abriu-se para o mundo como uma flor que se abre para o sol: Totalmente se entregando ao carinhoso calor da alegria, da paz, do amor... Desnudou-se da tristeza e se vestiu de alegria, doando a todos a radiante felicidade que saltava dos seus olhos. Foi assim, num dia triste que se tornou alegre. Sim, porque alguém resolveu mudar. E essa mudança fez um milagre. O milagre do amor. O milagre que nós temos a esperança que um dia aconteça... Um dia pensamos viver esse milagre, mas, por enquanto, parece apenas um sonho. Talvez um delírio de adoslescente-quase-adulto que via as coisas acontecendo como um turbilhão. Mas, passou a euforia: Crescemos. Agora somos adultos-quase-velhos, com esperança de nada ou tudo. Será que tem volta? Ah! Se tiver, eu quero novamente a alegria de me enganar, de acordar de manhã e sorrir “pr’o” dia, sem pensar como será o amanhã. Brincar de futuro no presente, ser criança grande: Jogar bolinha de gude num quintal imenso, maior que dez estádios de futebol, soltar pipa, balão, pular amarelinha com as meninas, brincar de roda com elas, garrafão, ferrinho, pique-esconde... Ah! Se tudo isso voltasse... Hoje é só videogame, internet, computador, mp3, mp4... E outras coisas piores... Não há lugar para a fantasia, não há lugar para os sonhos. E com isso a dor vai aumentando: Dor de não ter, dor de não ser... E dói... E nem lágrimas temos pra chorar as nossas angústias, nossas tristezas. Dá vontade de pedir emprestadas as lágrimas da moça. Pra chorar tudo ou chorar nada. Pra chorar o vazio. Chorar tudo e ela ouvir sem falar nada. Eu não sei o que fazia chorar sua tristeza. Só sei da minha. Minha dor, minha angústia, minhas neuras... Sou egoísta. Mas, a situação é que me faz assim. O mundo é de quem vence: Como diria Machado de Assis: Ao perdedor as batatas... Ou as lágrimas. Simples assim. A única coisa que ficou foram as lágrimas e elas não custam nenhum imposto. É só derramá-las.   

Tolerância modificada-13/12/2014

 Com os novos parâmetros criados pela ANVISA, fico preocupado. Se antes havia a preocupação com a higienização completa dos alimentos, hoje isso não existe. A tolerância aos índices de até 3% em alguns casos é de estarrecer. Nós, doravante, pelos novos critérios, vamos comer pelos de rato, asas de insetos e outras “imundícies” que serão toleradas. Agora, e os fabricantes? Eles acatarão esses índices ou não? Lembro-me de que certa época revenderam botijões de gás com 10 kg por causa de um racionamento do produto. Atualmente, com raras exceções, a botija vem com 13 kg. Porque isso? Por falta de vergonha! O ideal seria uma tolerância “0” para que, se escapassem alguns resíduos de sujeira, era até aceitável, o que não é o caso agora dessa nova política que o Orgão regulador está tomando com a resolução 14/2014. O texto diz que o objetivo é estabelecer “disposições gerais para avaliar a presença de matérias estranhas macroscópicas e microscópicas, indicativas de riscos à saúde humana e/ou as indicativas de falhas na aplicação de boas práticas na cadeia produtiva de alimentos e bebidas”.   Entram na relação derivados do tomate, chocolate e achocolatados, geleia de frutas, café torrado e moído e chás... Isso é preocupante. Daqui pra frente, ao comprarmos um enlatado podemos encontrar uma lagartixa ou algo pior, no interior do vasilhame, e nada poderá ser feito contra o fabricante. Ele estará coberto pela lei. 

Com os novos parâmetros criados pela ANVISA, fico preocupado. Se antes havia a preocupação com a higienização completa dos alimentos, hoje isso não existe. A tolerância aos índices de até 3% em alguns casos é de estarrecer. Nós, doravante, pelos novos critérios, vamos comer pelos de rato, asas de insetos e outras “imundícies” que serão toleradas. Agora, e os fabricantes? Eles acatarão esses índices ou não? Lembro-me de que certa época revenderam botijões de gás com 10 kg por causa de um racionamento do produto. Atualmente, com raras exceções, a botija vem com 13 kg. Porque isso? Por falta de vergonha! O ideal seria uma tolerância “0” para que, se escapassem alguns resíduos de sujeira, era até aceitável, o que não é o caso agora dessa nova política que o Orgão regulador está tomando com a resolução 14/2014. O texto diz que o objetivo é estabelecer “disposições gerais para avaliar a presença de matérias estranhas macroscópicas e microscópicas, indicativas de riscos à saúde humana e/ou as indicativas de falhas na aplicação de boas práticas na cadeia produtiva de alimentos e bebidas”.   Entram na relação derivados do tomate, chocolate e achocolatados, geleia de frutas, café torrado e moído e chás... Isso é preocupante. Daqui pra frente, ao comprarmos um enlatado podemos encontrar uma lagartixa ou algo pior, no interior do vasilhame, e nada poderá ser feito contra o fabricante. Ele estará coberto pela lei. 

Os verdadeiros adoradores-27/09/2014

 Alguns anos atrás, quando se falava em “Igreja”, tanto pregadores quanto membros não saíam de casa sem estarem preparados espiritualmente. E mesmo durante o culto, alguns se prostravam de joelhos e, enquanto a celebração estava em curso, ficavam em constante oração.  Quando tomavam o microfone, ou na falta deles e a sua posição no altar, o fogo do Espírito se alastrava no meio do povo. Havia uma comoção espiritual muito grande que atingia o não salvo e este, ficava desarmado e acabava aceitando o apelo feito. Eram dias difíceis para a propagação do evangelho, eram também dias difíceis para os pregadores do evangelho como para os membros. Os pregadores da atualidade só sabem gritar e, nem eles mesmos entendem o que estão pregando. Já vi muitos se embaraçarem com versículos e personagens bíblicos. E os adoradores/cantores? Quando um adorador tomava o microfone para adorar ao Senhor, o nosso coração se enchia de gozo, o nosso corpo flutuava. Parecia que estávamos no céu. Hoje, quase não sentimos a graça de Deus no meio do povo, pois o cantor está cantando por cantar, e o povo está alheio e de olho vidrado em coisas que não agrada ao Senhor, porque a maioria do povo não sabe se comportar dentro das igrejas. Hoje se prega a Palavra de Deus para aparecer ou ganhar dinheiro, canta-se para se mostrar e gravar CDs, mesmo que não cante nada. Ninguém quer aparecer e se mostrar para o Senhor e sim sensualizar-se uns para os outros. Viramos copistas e não legítimos adoradores. É uma pena. Quem sai perdendo somos nós mesmos que desprezamos a chance de estarmos mais íntimos de Deus. Quem ganha com isso? Aquele que está por trás de toda confusão, toda imitação. A função dele? Administrar a nossa bagunça. No dia que voltarmos sinceramente para o Senhor, no dia que focarmos a nossa mente em Cristo, muita coisa pode acontecer não só a nós mesmos, mas, a todos aqueles que nos cercam. Só então voltaremos a ser verdadeiros adoradores...

domingo, 2 de novembro de 2014

A declaração de fé. Então, Maria, tomando uma libra de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento. (Jo. 12.3) – 02/11/2014

  
Uma lição que seria lembrada, não só pelos discípulos da época de Cristo, como também por gerações de discípulos pelos séculos afora... Aquela mulher, pelo uso do perfume, não era de pouca fazenda. Ganhara muito dinheiro mercantilizando o seu corpo e era mal vista pelas pessoas ditas de “bem”. Muitos ali estavam censurando-a por estar perto do Mestre, pois todos ali a conheciam. Na visão deles uma criança não poderia aproximar-se de Jesus, quanto mais uma... Prostituta. Ela era como uma doença contagiante: Ninguém queria chegar perto dela, conversar com ela, nem sonhar... Dirigir-lhe a palavra era se comprometer com a sociedade. Era totalmente discriminada. Uma pessoa excluída como os usuários de drogas, bêbados e moradores de rua. Dificilmente um cristão se aproxima dos tais por receio de ser confundido como um do meio. É muito raro o evangelho chegar a essas pessoas. São consideradas o lixo da sociedade. Ninguém liga para elas, ninguém se propõe a estender as mãos. Se aproximar deles e tocar-lhes é como se corresse o risco de ser contagiado por seus pecados. Agora essa mulher insignificante estava ali. Todos os olhares se voltam para aquela figura que se aproxima do visitante. Timidamente curva-se aos pés de Jesus. Naquela ação ela estava demonstrando a todos que, com todos os seus atributos físicos e financeiros, pois acredito que era muito linda, senão não seria tão desejada e, rica, por possuir em mãos um perfume caro como o nardo, não passava de um monte de nada. Um frasco pequeno daquele perfume chegava a custar o salário de um ano de um trabalhador. Ela não se importava com isso. Quantos frascos de nardo ela possuía? Ao quebrar um desses frascos o conteúdo do mesmo era todo derramado sobre o visitante. Não sobrava nada. Isso não impediu a sua adoração e o choro que brotou daqueles olhos fôra de arrependimento. Aquele rio de lágrimas era a sua alma se derramando das angústias, tribulações e martírios por que passara. Ninguém é o que é por querer ser. Às vezes as circunstâncias fazem o ladrão. O rosto bonito e o corpo esbelto não eram vantagem para aquela moça. Talvez fosse até um empecilho para arrumar trabalho, talvez até uma afronta em meio a uma sociedade medíocre. Sim, porque a sociedade e a lei exigiam que a cerimônia de lavar os pés do visitante deveria partir do anfitrião. Quando chegava uma visita, o dono da casa recebia o visitante com um beijo, em seguida providenciava um criado ou ele próprio se curvava, tomava a água para os pés e ungüento para perfumar-lhe a cabeça.  Era a hospitalidade da época. Maria se prostrou aos pés de Cristo para mostrar ao mundo que não existe pecado algum que Deus não possa perdoar. Quando ela viu os pés do Mestre sentiu a grandiosidade de um Deus que se fez pequeno para habitar no meio dos homens. Nós não somos nada quando nos colocamos diante desse universo conhecido. A imensidão desse espaço, que não tem medida plausível, cabe nas mãos desse Deus maravilhoso que abdicou de sua glória para, por um espaço de tempo, vir viver a nossa vida, conhecer as nossas necessidades e sentir as nossas dores. Jesus é um Deus de comunhão, sublime e maravilhoso, porém humilde e acessível.
Que o Senhor os abençoe abundantemente
Amém!!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O segredo do 10-12/10/2014


O nº 10 é mágico. Nas escolas fundamentais, médias e universitárias, nos esportes, na vida... Todos buscam tirar uma nota 10. É o Máximo. Significa que o aluno estudou com afinco, se entregou até as últimas consequências, deixando de lado os divertimentos, o prazer de um fim de semana, em busca dessa nota mágica. Nos esportes então? Significa que o atleta se esmerou, deixando de lado coisas consideradas simples como uma reunião familiar de fim de semana. A nota máxima é o vislumbramento de uma medalha de ouro. É a suprema coroação do perfeito. Em todos os segmentos da sociedade, o reconhecimento por um trabalho ou qualquer ação bem feita, nos vem a convicção de que aquele ato merece  uma nota 10. Mas, a nota 10 provoca  estagnação.  A controvérsia é o 9,5. Ninguém quer tirar 9,5. Ninguém quer ficar em segundo lugar. Ninguém quer a medalha de prata e ficar na sombra. Todos querem a medalha de ouro. Todos querem aparecer. Mas, há um mistério com a nota 9,5. Quando o aluno pega a sua prova com um 9,5, seus olhos percorrem toda a página procurando ver em que errou para merecer aquela nota. Às vezes pela falta de um ponto ou uma vírgula, questiona o professor. E o mestre, olhando com atenção lhe diz: “Se eu te der um dez, você ficará satisfeito, mas não se aprimorará, não ficará motivado a estudar mais um pouco. E principalmente, não terá a atenção devida para fazer um bom, um ótimo trabalho. E o 9,5 fará com você procure se superar cada vez mais e ir um pouco além  nas pesquisas”. Qualquer um de nós tem que ter um incentivo em buscar a perfeição naquilo que estamos realizando. Se recebermos o prêmio supremo não nos animamos em buscar melhorar a nossa performance. Não é assim na vida cristã? Se tudo fosse um mar de rosas seria uma chatice só! Mas, não. Deus deu a Adão e Eva a oportunidade de escolha. Por escolher errado, deu no que deu. Mas o Senhor nos deu um escape. Deus, em sua suprema sabedoria nos dá momentos de alegria alternando com a tristeza. Tribulações? Glórias à Deus que as temos. Por elas, procuramos nos aperfeiçoar até atingirmos a estatura de um varão perfeito. Elas servem para o nosso crescimento espiritual. Se existem alguns profissionais medíocres é porque receberam incentivos por um serviço imperfeito, quando deveriam ser chamados a atenção para melhorarem um pouco mais. 9,5 incentiva a ir alem das expectativas, à buscar sempre algo mais, outras possibilidades... A nota 10 não. A nota 10 provoca isso: Mostra a satisfação, o prazer de acabado, pronto, preparado, quando não é assim. A vida é um constante aprimoramento, um constante aprendizado. Ninguém sabe tudo. Aprender sempre é uma condição do ser humano.
O Senhor os abençoe abundantemente.

Amém

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Planejar com sabedoria “Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos” Tiago 4.13. 27/09/2014

   
Em nossa vida aprendemos com os nossos pais e passamos, praticamente a planejar mil coisas ao mesmo tempo. Planejar é bom. É sadio, mas existem alguns critérios: Os pés devem estar no chão e o foco permanente nas possíveis dificuldades que advirão no meio do planejamento e, imprescindível: Não começar nada se não tiver dinheiro suficiente, senão o projeto fica pela metade. E isso não queremos que aconteça... Mas, olhando a carta de Tiago, as primeiras sílabas do versículo e a repreensão do apóstolo nos dão a impressão de que Deus não aprova o planejamento. Não é assim. Se houve um plano que Deus não tenha abençoado, não é porque ele negligenciou você nem porque Ele não o ama, mas porque não era a Sua perfeita vontade e aceitável para a sua vida. A vontade e os planos de Deus são perfeitos. Planejamento é algo que vale, inclusive, para a nossa relação com Deus, para o nosso relacionamento com a nossa família e em outras situações...  Com os nossos amigos e conhecidos. O homem espiritual planeja diferente do homem carnal: O carnal não considera Deus e confia somente em sua força, confia somente no seu potencial. Já o espiritual começa os seus planos entregando a direção deles ao Senhor. Ele considera-se frágil o suficiente pra saber que sem Deus nada é possível fazer. Planejar com sabedoria é um passo para conseguir o intento e tendo Deus na orientação, cem por cento do projeto já é sucesso. Todos os personagens bíblicos que entregaram seus caminhos e planos ao Senhor, tiveram sucessos nos seus intentos. Mas, o grande problema da humanidade é a autoconfiança. Não sabemos o que nos acontecerá daqui a pouco e, por muito menos muitos já quebraram e abraçaram grandes prejuízos financeiros por falta de um planejamento estratégico e por afastarem o Senhor de suas vidas e negócios. E o que é planejamento estratégico? Simplesmente a formulação de objetivos para programas de ação para a sua execução levando em conta as condições internas e externas da empresa/negócio e a sua esperada evolução. Os grandes e médios empresários gostam de delegar poderes às vezes a pessoas sem preparo técnico para desempenhar determinadas funções de comando dentro de uma empresa e, por isso, acabam enfiando os pés pelas mãos e levando tudo para o fundo do poço. Isso acontece também com a Igreja. Se não houver um planejamento sucessório acontece do mesmo jeito. É como uma empresa familiar: Os filhos devem ser preparados desde cedo para suceder o fundador. Porque se não... Com isso não só a empresa perde. Perde a comunidade como um todo. Tudo que estiver no entorno daquele empreendimento sai perdendo. Sendo assim, é primordial o planejamento consciente. A Palavra de Deus tem todos os subsídios necessários para o homem obter sucesso sem precisar usar de subterfúgios para conseguir o “sucesso” a qualquer preço. Ele sabe o que é bom para nós e não nos deixará “quebrar a cara” na primeira esquina da vida.
O Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A cura-14/05/2014 Há em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, um tanque que, em aramaico, é chamado Betesda, tendo cinco entradas em volta. Ali costumava ficar grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. Eles esperavam um movimento nas águas. De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse. Um dos que estavam ali era paralítico fazia trinta e oito anos. Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: “Você quer ser curado?” Disse o paralítico: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. Então Jesus lhe disse: “Levante-se! Pegue a sua maca e ande”. João 5.2-8

 Trinta e oito anos! Trinta e oito anos sob a dependência de alguém! Trinta e oito anos na esperança de alcançar a benção! Geralmente não temos paciência de esperar pela resposta de Deus. Ao pedirmos uma benção queremos o retorno imediato. Mas, esse homem esperou, pois não havia ninguém que o ajudasse a entrar no tanque. Talvez tivesse falta de uma família. Talvez... Mas, a questão é que ele estava ali, à espera de um milagre. E o milagre acontecia sempre que o anjo agitava as águas e alguém entrava no tanque: O milagre acontecia e a pessoa era curada de sua enfermidade.  Alguns teólogos aventam a possibilidade de não haver nenhum anjo que movimentava as águas. Mas, a Bíblia diz que havia um anjo! Porque discutir isso? Se a Palavra de Deus diz, não há controvérsias. E mesmo Jesus não contestou a multidão, logo... A questão é que o homem ficou todo esse tempo à mercê da vontade de alguém ajudar. E ninguém se dignou a isso. Ninguém estendeu a mão... E          se diziam seguidores da lei. Nós temos as nossas dificuldades, nossos problemas... E necessitamos, às vezes, de ajuda. Olhamos para um lado e outro e ninguém se dispõe a ajudar.  Ninguém. Estamos caídos no chão e nenhuma mão se estende para nos levantar. Cada qual preocupado com o próprio espaço, não olha para o próximo que está no chão. E todos eram crentes, ou melhor, pertenciam a uma comunidade conhecida como povo de Deus.  Mas Cristo viu aquele homem.  Diferente de Bartimeu que não enxergava, mas, “viu” Jesus, Filho de Davi, o paralítico de Betesda não deixa transparecer que conhecia Jesus. A emoção de andar, dar os primeiros passos em trinta e oito anos é incontida. Mas, não só aquele homem necessitava dessa benção. Aquela multidão também estava doente e tinha uma necessidade enorme de cura. Buscavam a benção com ansiedade e ficavam ali em volta do poço por horas, dias e anos seguidos, sem atentar que o dono da cura estava bem próximo, a um passo deles. Assim, também o povo hoje, de maneira geral, percorrem longos caminhos em busca de curas de doenças incuráveis num desespero de alma incalculável à beira de poços imaginários, sem atentar que Ele está ali, bem juntinho, esperando apenas um toque...  A mulher que tinha um fluxo de sangue provou isso... Provou que tinha fé. E foi curada. Jesus está bem perto, ao alcance da fé, mas a humanidade incrédula não atenta para o fato de que Ele veio para nos dar vida e vida em abundância. Aquele homem me representa ou mesmo você. Nós temos as nossas atrofias e, ao invés de ir a Cristo, buscamos alternativas vãs que levam anos para serem curadas, como o paralítico de Berseba. Mas, como ele foi persistente recebeu a cura. De tanto ele insistir, de confiar na misericórdia de Deus, um dia a própria misericórdia viva, Jesus Cristo, veio e o encontrou! Glórias a Deus! Como é maravilhoso quando Jesus toca no seu problema, na sua dor. Assim como o homem paralítico do tanque de Berseba, espera no Deus da Providência. Ele se comove com a sua persistência. E mesmo que não haja alguém disposto a ajudar a chegar ao tanque, não desista. Ele sabe das nossas necessidades e, no tempo determinado Ele decreta a vitória.
Que o Senhor os abençoe abundantemente...

Amém!!!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A grande Redenção- “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu filho Unigênito para que todo aquele que N’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). 17/04/2014


O amor de Deus é infinitamente além do que podemos imaginar. É um amor tão maravilhoso que não achamos explicação para isso. Ele não ama só a nós, teus filhos que um dia aceitaram a Cristo como seu suficiente Salvador, mas a toda a humanidade, apesar de seus pecados. Isto porque Deus abomina o pecado, mas ama o pecador... E é um amor sem fronteiras raciais, linguísticas ou étnicas. Um amor imenso, cheio de calor e ternura, buscando um relacionamento com o homem. Buscando uma aproximação com a sua criação. Um relacionamento quebrado no Jardim do Éden. Imagine a dor profunda no coração de Deus ao abrir mão do Seu Filho por amor a um povo... Rebelde. Por amor a todos nós. O homem comum não vislumbra esse amor e nem imagina o porquê de estar aqui. O homem comum nem sequer pensa nisso. E nós cristãos? Imaginamos a imensidão desse amor?  Retribuímos o mesmo por nossos irmãos? Dedicamos aos nossos semelhantes o mesmo amor recebido da parte de Deus? Compartilhamos com eles a mesma graça? A mesma comunhão? Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas não demonstramos essa semelhança em relação a eles. Ser chamado de filhos de Deus é uma coisa muito especial. Ser herdeiros do céu... Melhor ainda. A Bíblia diz que “nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo...” Rm 8.17. Durante muito tempo ficamos afastados do Senhor, sem chances de nos aproximarmos D’Ele, mas na plenitude dos tempos nos enviou Jesus para ser o elo entre nós e o Pai. E como Ele queria essa aproximação! Como Ele desejava isso! O nosso Deus sempre esteve perto de nós. Nunca nos abandonou. Nunca abandonou o seu povo escolhido do meio de tantas nações mais prósperas e mais numerosas. No entanto escolheu um povinho mixuruca e os trouxe com mão forte durante quarenta anos pelo deserto. E o estabeleceu em Canaã! Nunca o deixou só. (Mesmo no período inter-bíblico Ele não desamparou o Seu povo. Sempre deu um escape para o povo judeu não perecer até completarem-se os dias da sua redenção). E com isso, a graça chegou até nós, os gentios, no tempo determinado. Jesus veio para nos dar a liberdade de estar com o Pai. Para sermos um com o Pai, assim como Cristo é um com Ele. E Ele não pede nada em troca e nem cobrança faz, apenas que o sirvamos e o adoremos em espírito e em verdade. Apenas que nos coloquemos na posição de servos e a-d-o-r-a-d-o-res. Se colocarmos na mente a imagem do inferno, que está reservada para o diabo e seus anjos, vamos ver que grande livramento nos veio da parte do Senhor! O nosso Deus nos abraçou com laços de um amor imenso.  Esse mesmo amor nós devemos demonstrar pelos nossos semelhantes... No mesmo grau e intensidade. Pois, se Deus me amou de forma incondicional, sem me cobrar nada e ainda enviou Seu Filho para morrer em meu lugar, como posso não amar meu semelhante, o meu próximo? Como posso não aceitá-lo e ter comunhão com ele? O meu relacionamento com Deus começa com os meus semelhantes. O meu aceitar por parte de Deus começa aqui. O texto da benção apostólica fala disso. Fala de união... De confraternização... A nossa salvação depende disso. A nossa eternidade com Deus passa por isso em primeiro lugar. Que adianta ficarmos anos a fio na igreja sem demonstrarmos amor e comunhão com aqueles que estão sentados do nosso lado, servindo ao mesmo Deus? Não serviu de nada o sacrifício da cruz? Jesus nos deu a sua vida em vão? A morte de Cristo foi muito significante para nós. Estávamos completamente soltos no mundo como náufragos a deriva.  E quando nos veio a redenção, nos colocamos como seres superiores, acima de qualquer suspeita. Nos achando as criaturas mais poderosas do universo. Como se nada fosse nos atingir. Mas, Jesus veio com a missão de nos reconciliar com o Pai e não nos dar boa vida. Uma de suas mensagens para nós é: “... No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo: Eu venci o mundo” (Jo.16. 33). Precisamos com urgência rever os nossos conceitos. Se Deus amou o mundo de tal maneira... Porque não retribuirmos essa dádiva? Deus não ama mais a mim que ao meu irmão descrente... O amor do Pai transcende a tudo e nós, mortais, não somos nada sem esse amor. Mas nossos olhos continuam fechados. Nossos olhos ainda não conseguem vislumbrar a imensidão desse amor. Precisamos entender para poder amar?  Crianças nada entendem, mas amam assim mesmo... Será que depois que deixamos de ser crianças... “Emburrecemos”? Só pode ser...
O Senhor os abençoe abundantemente.

Amém!!!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Rute-Uma canção de amor Disse, porém, Rute: não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Rt. 1. 16-02/04/2014


Olhando para Rute e, sabendo do passado do seu povo, ela não teria nenhuma chance de aceitação da parte de Deus. Obviamente, olhando com olhos carnais... Só que o Senhor é imparcial e longânimo. Não julga e não olha como nós humanos. Moabe era uma nação desprezada, odiada por Israel, pois este achava-se exclusivo de Deus, mas, não era. Israel não era o único povo que Deus amava. Deus amava também a nação de Moabe. Como também a Midiã: Jetro era sacerdote midanita. Nesse caso, Rute, a moabita tocou o coração de Deus. Ela era uma mulher forte: Apesar da sua fragilidade frente aos problemas que se opuseram em seu caminho, não a fizeram acovardar-se. Antes, a impulsionaram para frente. Viúva, não se deixou dominar pela tristeza. Olhou para o alto e deixou nas mãos de Deus. Olhou para a sua sogra, também viúva, e decidiu pelo melhor caminho: “... Aonde quer que tu fores... “. Na sua terra havia os parentes, talvez pais e irmãos, mas preferiu a incerteza de um caminho com o Senhor, que a certeza da abastança em sua terra. Preferiu a solidão e a dor ao lado de Noemi, que a alegria de estar junto dos seus. “... Onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu...” . Sim. Duas mulheres, sendo uma delas já idosa, andando sozinhas por aquelas paragens. Imagine a força e a fé de Rute... Noemi não era nada menos que serva do Deus vivo e, ao fazer aquela declaração, Rute estava se entregando nos braços do Senhor. Toda maldição que havia sobre ela, por causa do seu povo, se quebrara imediatamente.  Rute não tinha mais um futuro promissor, mas olhava para Ele e tinha esperança. Não tinha marido... Só tinha Noemi. E Noemi já não tinha mais a força de uma jovem. Só que Rute buscou forças onde não tinha, ergueu a cabeça e prosseguiu... Quantos de nós achamos difícil quando nos colocamos de frente com uma situação “sem saída”? Rute encontrou saída onde presumivelmente não havia. Aceitando os conselhos de Noemi, arregaçou “as mangas”, colocou a vergonha no bolso e foi em frente. Imagine se Rute não houvesse aceitado os conselhos de sua sogra? Imagine se Moisés não houvesse aceitado o conselho de Jetro? Alguns jovens olham os idosos como um empecilho aos seus desejos que fatalmente os levarão ao tropeço. Muitos até perdem a vida, por não ouvir os conselhos dos anciãos. Mas Rute não tapou os seus ouvidos. Ela seguiu o coração e, o seu coração estava com o coração de Noemi: “... O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”. Com essa declaração, Rute abriu as portas da benção em sua vida. Não havia esperança. Não havia sonhos, visões, profetas... Tudo conspirava contra. Tudo estava praticamente perdido. O céu estava carregado de nuvens pesadas... Mas, o Senhor trabalha misteriosamente em vidas que se entregam em suas mãos. O Senhor trabalha no silêncio. Nós, quando estamos em fase de crescimento, não sentimos os nossos ossos se esticando para nos dar altura, alongando pernas e braços. Não sentimos os nossos cabelos crescendo... Assim como o nosso corpo alcança altura e os nossos cabelos se encompridam, Deus trabalha sem que possamos sentir O seu trabalhar. Só lá na frente é que vamos perceber que Ele nos guardou e guiou todo o tempo. Vejam Noemi: Casada e feliz, com dois filhos, de repente se vê sozinha com as duas noras. Somente Rute decide ficar com ela. Ela precisaria de alguém que a ajudasse e a amparasse em sua velhice. Precisamos aprender a deixar Deus trabalhar segundo a Sua vontade. Só Ele sabe o melhor para nós. Assim como Rute, precisamos declarar com alegria no coração: “Aonde quer que tu fores,  Senhor, irei eu...”  


Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!

terça-feira, 4 de março de 2014

O amor de Deus por Israel-14/02/2014

“Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho”. (Os. 11.1)
O carinho de Deus por Israel, independente da sua índole obstinada, era indescritível. Com paciência e amor conduziu-o pelo deserto... Vemos nesse amor entre Deus e Israel, o amor de um pai amoroso para com o seu filho querido. Mesmo que esse filho se rebele ele sempre o amará. Assim é Deus com Israel. O castigo viria com certeza, como todo pai que castiga o seu filho e o ensina os bons princípios, mas em ambos os casos, o amor persistiria. Para chamar a atenção do povo, Deus usa o profeta como exemplo. E escolhe para ele uma mulher desprezível, indigna, uma meretriz... Difícil para Oséias? Como o Senhor sentiu em seu coração a traição de Israel? Do mesmo modo que a mulher de Oséias, Israel foi atrás de outros deuses para adorar. Deixou o Deus que o tirou do cativeiro e o conduziu pelo deserto com mão forte, com sinais e maravilhas e o traiu com os baalins... E Gômer foi seduzida do mesmo jeito...  O pecado quando atrai, ele não vem com enfeites horrorosos, vem com enfeites chamativos para tirar o foco do individuo. O pecado cega o entendimento... Após trair seu esposo, o deixa com dois filhos e uma filha e volta para a vida de pecado. Oséias, pesaroso e cheio de amor, a busca na lama do pecado sem resultado. Assim Deus vai atrás de Israel, mais por ser fraco e subjugado, enquanto as nações a sua volta eram imponentes e voltadas para a idolatria. Mas Deus não escolheu nenhum deles. Deus não escolheu a nação forte. Deus não escolheu a nação rica... “Escolheu uma criança frágil, escrava no Egito, uma criança desprotegida e só, que fabricava tijolos sem palha na sua terrível servidão e derramou sobre ela seu amor e bênçãos (Êxodo 3)”.
 Só que Israel tinha uma herança: Abraão, amigo de Deus. E como Abraão guardava os ensinamentos recebidos, esses ensinamentos foram passados por várias gerações até chegar àquele povo obstinado e rebelde.  Ainda que muitos não se lembrassem do Deus de Abraão, alguns com certeza guardavam no coração a esperança de liberdade. Israel era o povo de Deus e, como Seu povo, Ele os guardava. E amava...  Israel era uma nação ínfima diante das grandes potências da época. Um povo pobre e sem atrativos, mesmo assim, foi alvo do amor do Pai. Um povo esquecido no meio da poeira e da lama... Ainda assim, o Senhor estende as mãos e o levanta do pó da sua indignidade. Como um pai que ama os seus filhos e os defendem dos perigos, assim é o Senhor para com Israel. Assim como um pai faz planos de um futuro melhor para os seus filhos, assim é o Senhor para com a Sua Igreja. Amor incondicional... O que significa este amor incondicional? “É tão divino que nós humanos temos dificuldade até na compreensão desta expressão... É compaixão, compreensão, perdão, tolerância, desapego... É relevar com compaixão: As mágoas, as injustiças, as decepções...” O Senhor conduziu o seu povo por quarenta anos de murmurações e rebeldias, mesmo assim o amou com imensurável amor, perdoando os seus pecados, relevando suas murmurações e fazendo inúmeras declarações de amor: “Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus braços, mas não entenderam que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento” (Os. 11.3,4). Só um Deus Infinito agiria dessa forma. Mas, mesmo assim Israel continua tentando ao Senhor. “Não voltará para a terra do Egito, mas a Assíria será seu rei; porque recusam converter-se. E cairá a espada sobre as suas cidades, e consumirá os seus ramos, e os devorará, por causa dos seus próprios conselhos”. (Os. 11.6 e 7) E o Senhor, após várias tentativas de aproximação com o Seu povo para restaurá-lo como nação, finalmente sela o seu destino. E o Reino do Norte é levado cativo para a Assíria e nunca mais seria o mesmo. E por fim, na plenitude dos tempos, enviou o Seu filho, Jesus Cristo para morrer e reconciliar o Seu povo disperso. Mas Israel ainda terá uma chance: "Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição de graça” (Rm. 11. 5).
O Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Combatendo a aflição Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. Tg 5. 13 (08/02/2014)


Quando olho para a carta de Tiago, me vem à mente a visão de um Pastor ensinando aos seus membros acerca de coisas que raramente damos a devida atenção nos outros. É uma carta como nenhuma outra e, aqui, ele nos dá um pequeno lembrete.  Como irmão do Mestre, ele segue fielmente os ensinos de Jesus...  A aflição de espírito é uma coisa tremenda. Ela vem quando menos esperamos e nos deixa tristes, desesperançosos, esmagados e amargos e com uma solidão de doer a alma. Gostaríamos de sempre estar sorrindo, felizes, sem dores, sem preocupação alguma, mas não... Não é bem assim. Jesus disse que no mundo teríamos aflição, sentiríamos dores, angustias... Ficaríamos tristes... Há momentos em que pensamos até em desistir... Algumas pessoas reagem de maneira drástica, outras menos. Mas, no interior da gente ela age do mesmo jeito: A aflição de espírito nos fere de tal maneira que nos sentimos abandonados e que ninguém está disposto a nos estender as mãos. Sentimo-nos o último ser humano na terra... Nessas horas, levantamos os olhos aos céus e clamamos a misericórdia do Senhor.   Começamos a buscar a face do Mestre nos sentindo amados do Pai... E aí observamos que não só nós, mas outras pessoas estão passando pelo mesmo processo, pela mesma situação... Já para nos alegrar, bastam poucas coisas: Um sorriso, um carinho qualquer em forma de palavras... Um gesto de mãos direcionadas pelo coração... Um abraço... Isso nos faz bem, nos alegra a alma e aí cantamos... Louvamos ao Senhor por tudo que nos tem feito de bom... Por que as pessoas não se doam de verdade? Porque as pessoas são distantes umas da outras e cada qual por si? Se fossemos mais sociáveis, o mundo não seria o caos que é atualmente. As pessoas andam nas ruas com o coração aos pedaços e ninguém se oferece para juntá-los pedaço a pedaço. Estão mais interessadas no seu ego... Em satisfazê-lo em detrimento de outrem. As pessoas estão tristes e não enxergamos isso. É cada qual no seu quadrado, não é assim?  A aflição do próximo pode ser a minha. A dor do meu vizinho pode ser a minha. Por que não aprendemos a ajudar? Puro egoísmo! Estamos aflitos? Oremos. Estamos contentes? Cantemos. Mas, oremos também por aqueles que não sabem orar (como se nós soubéssemos), que não sabem como chegar perto de Deus (como se nós soubéssemos). E, se vamos cantar... Chame um irmão, um amigo e cante com ele. Alegrem-se em Cristo.  Encha a alma de alegria e alegre outras pessoas.  É isso que Tiago diz nas entrelinhas... Ele escreveu para os cristãos judeus, mas, servem principalmente para nós...
Que o Senhor o abençoe abundantemente

Amém!!!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O relacionamento com Deus-01/02/2014 Em apoc. 3.20 está escrito: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo”.

 Em toda a Bíblia, Deus nos mostra que quer ter um relacionamento com a sua criação. Relacionamento esse que foi quebrado no Jardim do Éden e restaurado na cruz de Cristo, mas ainda que fomos   reconciliados com Deus através de Jesus Cristo, o relacionamento com Ele ainda não foi restaurado totalmente. Relacionar-se com Deus é ter plena confiança N’Ele. É deixar-se levar sem se importar com as circunstâncias que a vida nos apresenta. Quando Jesus apareceu aos apóstolos andando sobre o mar, Pedro se adiantou e pediu ao mestre para ir até Ele andando também por sobre as águas. Não conseguiu. Por quê? Porque o seu relacionamento com o Pai estava quebrado.  Só tempos depois ele conseguiu restaurar o seu relacionamento e realizar milagres. Até então ele era só mais um. Como nós hoje. A igreja está perdendo o contato, esse contato precioso, por falta do nosso relacionamento verdadeiro com o Senhor da criação. “Eis que estou à porta...” Ele quer entrar e fazer morada permanente e não só alguns dias ou algumas horas... Ele bate e quer ficar e nós não temos forças para pedir que Ele fique. Temos que travar com o Pai, o diálogo parecido com aquele de Cantares: Uma hora era o noivo, outra hora era a noiva: Um buscava o outro por amor, com respeito, com responsabilidade e por necessidade...  Nós alijamos o Senhor dos nossos corações e colocamos lá dentro coisas e personalidades do mundo que não tem valor algum... Nós nos colocamos distantes e queremos, precisamos nos relacionar com Ele. Mas, só nos relacionamos com o Senhor quando sentimos uma dor profunda. E é só aí... Só aí que acontece: Uma dor profunda no coração da gente provoca uma necessidade profunda no coração de Deus: Ana pediu durante vinte e cinco anos por um filho... E Deus não respondeu durante vinte e cinco anos...  Vinte e cinco anos não são vinte minutos nem vinte horas, tampouco vinte dias... Vinte e cinco anos são vinte e cinco anos! E, com uma dor profunda no coração, ela pediu mais uma vez e ofereceu o filho que ainda não tinha ao serviço do Templo. E Deus o concedeu! Aleluia! Por quê? Por que viu a dor do seu coração em se despojar de um filho que ainda não havia concebido, em favor do Templo... Por que ela sabia que na presença de Deus, seu filho Samuel, estaria melhor do que com ela e Elcana. O que falta em nós é propósito para reatar o nosso relacionamento e abrir a porta do nosso coração. O que falta em nós é santificação. Disposição de servir, de estar com Ele e viver para Ele. E deixar que Ele viva em nós. Que maravilhoso seria se, ao chegássemos à igreja, o próprio Senhor Jeová nos recebesse à porta, como um diácono da igreja, nos abraçasse com um carinho enorme e dissesse: “Como Eu te amo! Estava esperando ansiosamente esse encontro com você!” Que bom seria! Que bom seria! Mas, nós não nos santificamos o suficiente para falar com Ele... Não nos santificamos para estar com Ele... Os escribas hebreus, ao recuperar as cópias dos rolos canônicos, se purificavam toda vez que a palavra YHWH aparecia no texto e eles tinham de copiá-la para um novo rolo. Alguns paravam e lavavam os pés e mãos e outros tomavam banho completo! Aí, voltavam e escreviam a palavra YHWH. E mesmo com todo esse cerimonial, com toda essa pompa, eles não conseguiram ter um relacionamento com Deus. Por quê? Porque Deus é santo. Ele é a própria Perfeição. E para se ter um relacionamento com Ele tem-se que chegar, no mínimo, perto disso. “... Se alguém ouvir a minha voz...” Pena. Ouvimos tantas vozes conhecidas e desconhecidas, confiamos até nas vozes de lobos travestidos de ovelhas... Mas, a voz do Pai... Não é conhecida de muitos irmãos por esse mundo afora. A voz do Pai não se faz ouvir dentro das igrejas, porque ali o que fala mais alto são os instrumentos musicais. E, Deus quer falar através de um hino e... Não ouvimos. Ele quer entrar em nós, mas, mantemos a porta lacrada com sete chaves: A malícia, a indiferença, a inveja, a fofoca, o adultério, a imoralidade, a mentira... Sem contar também com o falso testemunho, a injúria, a desconfiança, a falta de amor, o ciúme, a murmuração, a soberba e, por aí vai um festival de sandices que cometemos na presença do Pai Celestial. Quando nos preocupamos com nossos filhos e queremos o melhor para eles, nos subtraímos para que eles cresçam, nós estamos fazendo o papel que o nosso Pai exerce em todo o tempo: Ele se preocupa conosco e quer estar conosco, mas, não pode nem se aproximar de nós. Por quê? Por que estamos sujos, imundos... E, ao invés de nos limparmos, nos sujamos ainda mais. O filho pródigo estava sujo, imundo, se sentindo o último dos seres humanos, mas, quando se lembrou do seu pai... Levantou-se da sua inutilidade e... Voltou para casa. Voltou para o antigo relacionamento com o seu pai. Quando vamos voltar para casa? Quando vamos ter um verdadeiro e eterno relacionamento e ficar nos braços do Pai? Quando? Quando for tarde demais?
Que o Senhor nos desperte enquanto é tempo...
Amém


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Quem é este que come e bebe com os pecadores? (Mt 11,16-19)-15/01/2014


A pergunta soa como um deboche. Como desprezo. Eles, os fariseus não pronunciam o nome Jesus. Eles sequer dizem: “Quem é esse sujeito? Quem é o cara? Ele não se diz Filho de Deus, porque faz essas coisas indignas de um enviado de Deus”? Na realidade, o que Jesus estava fazendo era simplesmente mostrar a eles o que o Pai estava realizando todos os dias a todo o momento: Os sãos e sábios estavam cheios de Deus, estavam transbordando... Não precisavam D’Ele... Receber alguém e compartilhar uma refeição era, na cultura judaica, uma demonstração de completa solidariedade e familiaridade. Em seguida, Jesus conta três histórias: A da ovelha perdida, a dracma perdida e o filho pródigo. Três histórias que demonstram o grande amor de Deus pelos seus filhos: Assim como o pastor que sai em busca da ovelha perdida, Deus sai em busca daqueles que não O conhece e, para essa tarefa, usa a igreja e seus missionários; assim com a mulher procura diligentemente a dracma perdida, Deus procura aqueles que se perderam no caminho. E procura diligentemente até encontrar. Para isso move céus e terra.  E o filho pródigo? Quando sentiu no seu coração voltar para casa depois de esbanjar toda a sua herança e quase comer a comida dos porcos, volta. Do pensamento a ação... Segundos. E seu pai, ao ver de longe... Talvez todos os dias alongava os olhos na imensidão para ver se enxergava a silhueta do seu filho... Correu e o abraçou. Deus nos abraça de maneira única. E só sente o abraço carinhoso quem está em comunhão com Ele. O abraço do Pai é forte e delicado, cheio de amor... Mas, nós estamos muito atarefados e mergulhados em nós mesmos, com nossos problemas, nossos planos... E não deixamos espaço pra Deus agir, nos abraçar e ser Um em nós. Queremos o Pai, mas O afastamos de nós e vivemos perdidos como a ovelha, a dracma e o filho pródigo, buscando as coisas materiais em contraposição as coisas espirituais. O Pai está ao alcance de nós, mas não O alcançamos, nem chegamos perto, por isso sentimos frio... O frio das incertezas. Será que tudo isso é verdade? Será que existe um Pai amoroso a nos buscar dia e noite e, esperando de nós um mínimo de adoração, fica na expectativa? O Pai não está à procura tão somente de adoradores, mas de servos fiéis também. Parece fora de contexto, mas existem servos fiéis que não são adoradores e adoradores que só adoram dentro da igreja, fora dela... Misericórdia! Por isso, Jesus proferiu essas parábolas. Ele queria contar muito mais que simples histórias... Ele queria nos colocar frente a frente com o Pai. Ele queria nos tocar como somente Ele sabe: Com amor. E mesmo lendo as parábolas e narrativas bíblicas, ficamos sem entender. Onde está o Pai? Porque está distante? São perguntas que fazemos no desespero da alma, quando O buscamos e não obtemos respostas. Mas, Ele está tão próximo de nós! Tão em nós e nos enganamos em busca de ilusões! A ovelha perdida, o pastor a encontrou... Ferida... Amarrotada... Desanimada... Quase morta. Colocou-a nos ombros e a trouxe com imenso amor. Quantos de nós nos sentimos dessa maneira? Machucados, desnutridos espiritualmente, quase mortos... E Jesus, com paciência nos traz de volta ao aprisco. E ali, com esmero cuida de nós. E a dracma? O filho pródigo? Nós pecadores nos identificamos com a ovelha perdida, nos identificamos com a dracma e nos sentimos como pródigos. Mas, Jesus nos escolheu a nós e nos trouxe nas mãos ao Pai. E o Pai nos abraçou todo cheio de amor, nos beijou em nossa vergonha e nos fez herdeiros do trono com o Seu Filho Jesus. Quanto amor desperdiçados por nós! Quantas oportunidades de comunhão plena jogados no lixo! Deus está aí a menos de um palmo de você. Abra os braços para Ele e verá envolve-lo um caloroso abraço que nunca antes sentiu em sua vida. Dê-se essa chance.
Que o Senhor o abrace nesse dia e o abençoe como nunca: Abundantemente.
Amém




sábado, 4 de janeiro de 2014

Bem aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Salmos 1.1 (19/12/13)

                             

De repente uma roda de amigos...  Uma reunião. De repente assuntos estranhos que extrapolam a boa fé cristã. É lícito participarmos da reunião? Eu digo que sim, é lícito. Enquanto o assunto rola e a conversa se anima, o crente deve abster-se de “entrar” na discussão. O momento certo de interferir chegará com toda a certeza. Os nossos amigos e colegas têm uma fé adversa da nossa e, por isso, devemos respeitá-los e não ridicularizá-los. Esperando a oportunidade de levar-lhes o evangelho, às vezes uma palavra dita com mais ênfase nos dá essa chance esperada.  Andar “segundo o conselho dos ímpios”, é participar dos palavrórios e difamações usados por ele, repetindo os mesmos atos ou costumes. Por não sabermos escolher entre a mão direita e a mão esquerda, estragamos relacionamentos que poderiam trazer frutos mais tarde.  Um bom testemunho é primordial na vida secular. E na roda de amigos e conhecidos isso se torna muito importante. Há crentes que se esquecem de sua vida cristã e, quando dão por si, o estrago está feito, não tem volta. Ser cristão é ser separado para uma vida santa. É andar na contra mão da vida. Assim como o óleo não se mistura com a água, o crente não pode se misturar com o ímpio no seu linguajar. O ímpio e o mundo estão conectados, o cristão não. Só está conectado com Cristo. O mundo só nos trás coisas desagradáveis, coisas que nos separa do amor de Deus. E o crente deve ser a diferença. A companhia das pessoas, o convívio, a coletividade, tudo isso é sadio para o ser humano. Nós não fomos criados para vivermos isolados uns dos outros, mas é necessário filtrarmos os relacionamentos, para não cairmos nas ciladas astutas do Inimigo. Ele está sempre alerta arquitetando planos, mas Jesus disse para vigiarmos em todo o tempo: “1ª Tess. 5. 4,5,6 Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios”;  O crente que passa incólume pelo mundo de pecados que rodam essas reuniões é um crente vitorioso. Ele consegue manter-se longe das mazelas e perto o bastante para aconselhar os amigos e levá-los ao bom caminho. Ser cristão é aproveitar as oportunidades que nos são colocadas à nossa frente para divulgar o evangelho de Cristo. Se cristão é ter ouvidos ungidos para ouvir o Espírito Santo falar ao nosso lado indicando-nos o momento propício. É só não nos precipitarmos.  
Amém!!!

O Senhor os abençoe abundantemente