Alguns anos atrás, quando se falava em “Igreja”, tanto
pregadores quanto membros não saíam de casa sem estarem preparados
espiritualmente. E mesmo durante o culto, alguns se prostravam de joelhos e,
enquanto a celebração estava em curso, ficavam em constante oração. Quando tomavam o microfone, ou na falta deles
e a sua posição no altar, o fogo do Espírito se alastrava no meio do povo. Havia
uma comoção espiritual muito grande que atingia o não salvo e este, ficava
desarmado e acabava aceitando o apelo feito. Eram dias difíceis para a
propagação do evangelho, eram também dias difíceis para os pregadores do
evangelho como para os membros. Os pregadores da atualidade só sabem gritar e,
nem eles mesmos entendem o que estão pregando. Já vi muitos se embaraçarem com
versículos e personagens bíblicos. E os adoradores/cantores? Quando um adorador
tomava o microfone para adorar ao Senhor, o nosso coração se enchia de gozo, o
nosso corpo flutuava. Parecia que estávamos no céu. Hoje, quase não sentimos a
graça de Deus no meio do povo, pois o cantor está cantando por cantar, e o povo
está alheio e de olho vidrado em coisas que não agrada ao Senhor, porque a
maioria do povo não sabe se comportar dentro das igrejas. Hoje se prega a
Palavra de Deus para aparecer ou ganhar dinheiro, canta-se para se mostrar e
gravar CDs, mesmo que não cante nada. Ninguém quer aparecer e se mostrar para o
Senhor e sim sensualizar-se uns para os outros. Viramos copistas e não
legítimos adoradores. É uma pena. Quem sai perdendo somos nós mesmos que
desprezamos a chance de estarmos mais íntimos de Deus. Quem ganha com isso?
Aquele que está por trás de toda confusão, toda imitação. A função dele?
Administrar a nossa bagunça. No dia que voltarmos sinceramente para o Senhor,
no dia que focarmos a nossa mente em Cristo, muita coisa pode acontecer não só a
nós mesmos, mas, a todos aqueles que nos cercam. Só então voltaremos a ser verdadeiros
adoradores...
Nenhum comentário:
Postar um comentário