segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O relacionamento com Deus-01/02/2014 Em apoc. 3.20 está escrito: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo”.

 Em toda a Bíblia, Deus nos mostra que quer ter um relacionamento com a sua criação. Relacionamento esse que foi quebrado no Jardim do Éden e restaurado na cruz de Cristo, mas ainda que fomos   reconciliados com Deus através de Jesus Cristo, o relacionamento com Ele ainda não foi restaurado totalmente. Relacionar-se com Deus é ter plena confiança N’Ele. É deixar-se levar sem se importar com as circunstâncias que a vida nos apresenta. Quando Jesus apareceu aos apóstolos andando sobre o mar, Pedro se adiantou e pediu ao mestre para ir até Ele andando também por sobre as águas. Não conseguiu. Por quê? Porque o seu relacionamento com o Pai estava quebrado.  Só tempos depois ele conseguiu restaurar o seu relacionamento e realizar milagres. Até então ele era só mais um. Como nós hoje. A igreja está perdendo o contato, esse contato precioso, por falta do nosso relacionamento verdadeiro com o Senhor da criação. “Eis que estou à porta...” Ele quer entrar e fazer morada permanente e não só alguns dias ou algumas horas... Ele bate e quer ficar e nós não temos forças para pedir que Ele fique. Temos que travar com o Pai, o diálogo parecido com aquele de Cantares: Uma hora era o noivo, outra hora era a noiva: Um buscava o outro por amor, com respeito, com responsabilidade e por necessidade...  Nós alijamos o Senhor dos nossos corações e colocamos lá dentro coisas e personalidades do mundo que não tem valor algum... Nós nos colocamos distantes e queremos, precisamos nos relacionar com Ele. Mas, só nos relacionamos com o Senhor quando sentimos uma dor profunda. E é só aí... Só aí que acontece: Uma dor profunda no coração da gente provoca uma necessidade profunda no coração de Deus: Ana pediu durante vinte e cinco anos por um filho... E Deus não respondeu durante vinte e cinco anos...  Vinte e cinco anos não são vinte minutos nem vinte horas, tampouco vinte dias... Vinte e cinco anos são vinte e cinco anos! E, com uma dor profunda no coração, ela pediu mais uma vez e ofereceu o filho que ainda não tinha ao serviço do Templo. E Deus o concedeu! Aleluia! Por quê? Por que viu a dor do seu coração em se despojar de um filho que ainda não havia concebido, em favor do Templo... Por que ela sabia que na presença de Deus, seu filho Samuel, estaria melhor do que com ela e Elcana. O que falta em nós é propósito para reatar o nosso relacionamento e abrir a porta do nosso coração. O que falta em nós é santificação. Disposição de servir, de estar com Ele e viver para Ele. E deixar que Ele viva em nós. Que maravilhoso seria se, ao chegássemos à igreja, o próprio Senhor Jeová nos recebesse à porta, como um diácono da igreja, nos abraçasse com um carinho enorme e dissesse: “Como Eu te amo! Estava esperando ansiosamente esse encontro com você!” Que bom seria! Que bom seria! Mas, nós não nos santificamos o suficiente para falar com Ele... Não nos santificamos para estar com Ele... Os escribas hebreus, ao recuperar as cópias dos rolos canônicos, se purificavam toda vez que a palavra YHWH aparecia no texto e eles tinham de copiá-la para um novo rolo. Alguns paravam e lavavam os pés e mãos e outros tomavam banho completo! Aí, voltavam e escreviam a palavra YHWH. E mesmo com todo esse cerimonial, com toda essa pompa, eles não conseguiram ter um relacionamento com Deus. Por quê? Porque Deus é santo. Ele é a própria Perfeição. E para se ter um relacionamento com Ele tem-se que chegar, no mínimo, perto disso. “... Se alguém ouvir a minha voz...” Pena. Ouvimos tantas vozes conhecidas e desconhecidas, confiamos até nas vozes de lobos travestidos de ovelhas... Mas, a voz do Pai... Não é conhecida de muitos irmãos por esse mundo afora. A voz do Pai não se faz ouvir dentro das igrejas, porque ali o que fala mais alto são os instrumentos musicais. E, Deus quer falar através de um hino e... Não ouvimos. Ele quer entrar em nós, mas, mantemos a porta lacrada com sete chaves: A malícia, a indiferença, a inveja, a fofoca, o adultério, a imoralidade, a mentira... Sem contar também com o falso testemunho, a injúria, a desconfiança, a falta de amor, o ciúme, a murmuração, a soberba e, por aí vai um festival de sandices que cometemos na presença do Pai Celestial. Quando nos preocupamos com nossos filhos e queremos o melhor para eles, nos subtraímos para que eles cresçam, nós estamos fazendo o papel que o nosso Pai exerce em todo o tempo: Ele se preocupa conosco e quer estar conosco, mas, não pode nem se aproximar de nós. Por quê? Por que estamos sujos, imundos... E, ao invés de nos limparmos, nos sujamos ainda mais. O filho pródigo estava sujo, imundo, se sentindo o último dos seres humanos, mas, quando se lembrou do seu pai... Levantou-se da sua inutilidade e... Voltou para casa. Voltou para o antigo relacionamento com o seu pai. Quando vamos voltar para casa? Quando vamos ter um verdadeiro e eterno relacionamento e ficar nos braços do Pai? Quando? Quando for tarde demais?
Que o Senhor nos desperte enquanto é tempo...
Amém


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