quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Quem é este que come e bebe com os pecadores? (Mt 11,16-19)-15/01/2014


A pergunta soa como um deboche. Como desprezo. Eles, os fariseus não pronunciam o nome Jesus. Eles sequer dizem: “Quem é esse sujeito? Quem é o cara? Ele não se diz Filho de Deus, porque faz essas coisas indignas de um enviado de Deus”? Na realidade, o que Jesus estava fazendo era simplesmente mostrar a eles o que o Pai estava realizando todos os dias a todo o momento: Os sãos e sábios estavam cheios de Deus, estavam transbordando... Não precisavam D’Ele... Receber alguém e compartilhar uma refeição era, na cultura judaica, uma demonstração de completa solidariedade e familiaridade. Em seguida, Jesus conta três histórias: A da ovelha perdida, a dracma perdida e o filho pródigo. Três histórias que demonstram o grande amor de Deus pelos seus filhos: Assim como o pastor que sai em busca da ovelha perdida, Deus sai em busca daqueles que não O conhece e, para essa tarefa, usa a igreja e seus missionários; assim com a mulher procura diligentemente a dracma perdida, Deus procura aqueles que se perderam no caminho. E procura diligentemente até encontrar. Para isso move céus e terra.  E o filho pródigo? Quando sentiu no seu coração voltar para casa depois de esbanjar toda a sua herança e quase comer a comida dos porcos, volta. Do pensamento a ação... Segundos. E seu pai, ao ver de longe... Talvez todos os dias alongava os olhos na imensidão para ver se enxergava a silhueta do seu filho... Correu e o abraçou. Deus nos abraça de maneira única. E só sente o abraço carinhoso quem está em comunhão com Ele. O abraço do Pai é forte e delicado, cheio de amor... Mas, nós estamos muito atarefados e mergulhados em nós mesmos, com nossos problemas, nossos planos... E não deixamos espaço pra Deus agir, nos abraçar e ser Um em nós. Queremos o Pai, mas O afastamos de nós e vivemos perdidos como a ovelha, a dracma e o filho pródigo, buscando as coisas materiais em contraposição as coisas espirituais. O Pai está ao alcance de nós, mas não O alcançamos, nem chegamos perto, por isso sentimos frio... O frio das incertezas. Será que tudo isso é verdade? Será que existe um Pai amoroso a nos buscar dia e noite e, esperando de nós um mínimo de adoração, fica na expectativa? O Pai não está à procura tão somente de adoradores, mas de servos fiéis também. Parece fora de contexto, mas existem servos fiéis que não são adoradores e adoradores que só adoram dentro da igreja, fora dela... Misericórdia! Por isso, Jesus proferiu essas parábolas. Ele queria contar muito mais que simples histórias... Ele queria nos colocar frente a frente com o Pai. Ele queria nos tocar como somente Ele sabe: Com amor. E mesmo lendo as parábolas e narrativas bíblicas, ficamos sem entender. Onde está o Pai? Porque está distante? São perguntas que fazemos no desespero da alma, quando O buscamos e não obtemos respostas. Mas, Ele está tão próximo de nós! Tão em nós e nos enganamos em busca de ilusões! A ovelha perdida, o pastor a encontrou... Ferida... Amarrotada... Desanimada... Quase morta. Colocou-a nos ombros e a trouxe com imenso amor. Quantos de nós nos sentimos dessa maneira? Machucados, desnutridos espiritualmente, quase mortos... E Jesus, com paciência nos traz de volta ao aprisco. E ali, com esmero cuida de nós. E a dracma? O filho pródigo? Nós pecadores nos identificamos com a ovelha perdida, nos identificamos com a dracma e nos sentimos como pródigos. Mas, Jesus nos escolheu a nós e nos trouxe nas mãos ao Pai. E o Pai nos abraçou todo cheio de amor, nos beijou em nossa vergonha e nos fez herdeiros do trono com o Seu Filho Jesus. Quanto amor desperdiçados por nós! Quantas oportunidades de comunhão plena jogados no lixo! Deus está aí a menos de um palmo de você. Abra os braços para Ele e verá envolve-lo um caloroso abraço que nunca antes sentiu em sua vida. Dê-se essa chance.
Que o Senhor o abrace nesse dia e o abençoe como nunca: Abundantemente.
Amém




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