quinta-feira, 29 de março de 2012

Examine-se, pois, o homem a si mesmo... 1ª Co. 11.28

Comumente procuramos nos policiar ao aproximarmo-nos do domingo da Santa Ceia. Isto é um grave erro. A partir do momento em que aceitamos o Senhor Jesus como Senhor de nossas vidas, o Espírito Santo vem fazer morada em nós. Passamos a ser Templo do Espírito Santo de Deus e todas as nossas ações devem ser direcionadas por Ele. Ele nos guia, orienta, consola, ensina, testifica que somos falhos, convence do pecado, distribui dons à igreja, semeia em nós as sementes e nós devemos cultivá-las para colher os frutos do Espírito e nos capacita a entender e interpretar a Sua Palavra. Que seríamos sem a presença do Consolador em nossas vidas? Seríamos um esqueleto revestido de carne e mais nada. Seriamos como ossos secos... (Ez. 37). Mas, Deus nos deu o Seu Espírito. Que presente maravilhoso! E só nos pede uma coisa: Que nos examinemos a nós mesmos. De que maneira? Revendo os nossos atos, a nossa maneira de agir e tratar os nossos semelhantes. Tudo isso regado com um pouco de amor, compreensão, bondade, mansidão...
Mas, será que estamos vivenciando o que diz a Palavra de Deus? Quantos cristãos estão na igreja como “agentes duplos”? Camaleões cristãos! Escondem-se atrás de uma Bíblia e fingem uma santidade de dar inveja... (Alguns anos atrás, trabalhando como vigilante em Itapoã presenciei vários crentes sentados em mesas repletas de bebidas alcoólicas, e eles próprios recém-saídos do motel. Essa era a minha visão noturna... Quando me aproximava deles, procuravam esconder as garrafas ou latinhas de cima da mesa. Era vergonhoso...)
Quando vemos na Bíblia homens, mulheres e até crianças que alcançaram de Deus um olhar especial, nos perguntamos: O que fizeram para tal acontecer que nós não podemos fazer? A resposta está nas belas páginas inspiradas pelo Espírito Santo: Andar segundo o que está escrito ali: Assim, Enoque andou com Deus e Deus o tomou para Si. Vemos Samuel, desde criança entregue ao serviço no Templo... Que falar de Elias no monte Carmelo (1 Rs 18. 16-38) ou Eliseu no caso do filho da viúva (2 Rs 4. 1-38) ou quando a comida estava envenenada (2 Rs. 4. 38-41? Tem ainda Ester, Rute, Débora, Maria, mãe de Jesus... Mulheres escolhidas por suas vidas recatadas, santificadas para que o Espírito de Deus as usassem como usou. E nós queremos ser usados pelo mesmo Espírito agindo dessa maneira? E os apóstolos Paulo, Pedro, João e o diácono Estevão que nos deram uma visão ampla de como fazer evangelismo? E muitos outros que vieram após eles...
É necessário que nos examinemos para não sermos achados em falta como aconteceu com Belsazar, neto de Nabucodonosor, filho de Nabonido (Dn 5.25,26, 27). O correto é nos esvaziarmo-nos do nosso “eu” e nos achegarmos a Deus. Esquecer-se das coisas do mundo material e nos fixarmos no plano espiritual por que é de lá que vem a nossa salvação. Jesus se entregou naquela cruz com um propósito: salvar a mim e a você. O mínimo que podemos fazer é procurar viver uma vida de santidade, desarraigada do mundo. Não é só com a proximidade da Santa Ceia que vamos corrigir os nossos passos. O dia a dia também é importante; ou pensamos nós que Deus só nos enxerga na Santa Ceia? O Espírito Santo está nos alertando com urgência: Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Vamos viver sem máscaras, sem dissimulação! Vamos olhar para dentro de nós mesmos e procurar ver como Deus nos vê!
A Palavra de Deus está repleta de bons e maus exemplos... Os bons exemplos são para nossa edificação, para firmar a nossa fé dando-nos a convicção de que se Deus os abençoou nos abençoará da mesma forma... Ele é fiel e quer o melhor para nós e ainda não enxergamos isso. Em pleno séc. 21 parecemos estar alienados de Deus. É preciso voltar os nossos olhos para as coisas espirituais e buscar corrigir em nós os nossos defeitos, olhando para os maus exemplos citados na Palavra de Deus para não incorrermos no mesmo erro e, só assim, o Espírito Santo irá trabalhar em mim e em você. Mas, é preciso dar brecha; permissão; abrir espaço. Não é: Eu quero, Deus quer... Nada disso. Aqui é a vontade e soberania de Deus que opera. E não o “eu” interior de cada um de nós. O nosso ego deve ficar embaixo dos nossos pés... Temos de ficar pequeninos como no exemplo de João Batista: É necessário que Ele cresça e eu diminua (Jo. 3.30).
Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Essa ordem, exige de mim e de você uma reflexão séria. Não é apenas se colocar na posição de crente ou santo do pau oco de terno e gravata ou saia varrendo o chão e continuar fazendo todas as coisas de antes. Uma vez crente, seja fiel Àquele que aceitou. Ou será que aceitamos a Cristo e Ele não nos aceitou ainda por andarmos segundo a direção dos nossos narizes? Quando João Batista proferiu essas palavras: É necessário que Ele cresça e eu diminua (Jo. 3.30), se aniquilando diante de Cristo, ele se tornou importante aos olhos de Deus. E Jesus no evangelho de Lucas disse: Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João (Luc. 7.28). E muitos de nós não queremos ser os últimos e sim os primeiros...
Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Dispa-se da altivez, do orgulho, da ausência de comportamento cristão, da falta de ética, e até da falta de amor próprio, para se tornar um servo do Deus vivo. O nosso Deus é o mesmo de ontem que agia no meio do seu povo e continua hoje, agindo em nosso meio e continuará nas gerações futuras, se Ele não vir buscar Sua igreja. Examine-se... Ainda dá tempo.
O Senhor os abençoe abundantemente

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