domingo, 25 de setembro de 2011

Distante de Deus, próximo do perigo Marcos 15.34 “Eloí, Eloí, lemá sabactâni”?

Distante de Deus, próximo do perigo
Marcos 15.34 “Eloí, Eloí, lemá sabactâni”? Isso, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
As palavras de Jesus soaram
estranhas aos ouvidos da multidão. Eis que chama por Elias, diziam alguns... Mas, o que eles não sabiam é que naquele exato momento Jesus estava recebendo todos os nossos pecados sobre si. Houve uma momentânea separação, entre o Pai e Seu Filho, só momentânea... Mas, que O fez exclamar as palavras do Salmo 22. O Todo-Poderoso não suportou ver o Seu Filho naquela situação...
O pecado é horrível, o pecado nos separa de Deus e, às vezes, de modo irreversível. É muito perigoso ficarmos separados do Senhor, ainda que temporariamente. Mas, o mais incrível é que nós, às vezes, achamos o pecado agradável aos nossos olhos, ao nosso tato e... Até ao nosso paladar. O arrependimento quando vem, é dolorido, pois deixa seqüelas, deixa rastros, trás conseqüências... Viver afastado do nosso Criador deixa um vazio em nossa alma. A vida fica sem sentido, sem cor, sem direção e, tudo que fizermos, fica com gosto de derrota. A desesperança toma conta do nosso coração, da nossa alma. Estamos no meio de uma multidão e nos sentimos sós porque a nossa alma tem sede de Deus, do Deus vivo(Sl 42.2). A nossa alma, nosso espírito esperam em Deus, ainda que o nosso corpo queira as coisas do mundo.
Mas, como se mostra o pecado? O pecado se mostra colorido, atraente... Porque se fosse o contrário, não atrairia a multidão que atrai. E quando somos atraídos, nos lambuzamos de tal maneira que nos esquecemos que Deus não tolera pecado, seja ele do tamanho e forma que for. Jesus se sentiu só... Da mesma maneira que nós deveríamo-nos sentir quando damos lugar e vez para o inimigo de nossas vidas. Jesus estava só... Mesmo por um pouco de tempo Ele se sentia desamparado. Onde estavam os discípulos? Não havia ninguém para ampará-LO. Ele não cometeu pecado algum, mas, recebeu em seu corpo os nossos... Como você se sente ao cometer um pecado? Que gosto ele dá ao seu paladar? É doce? Amargo? Azedo? Ou é insosso? Acredito que é belo aos olhos e agradável ao paladar. Se não fosse assim, Eva teria resistido às investidas de Satanás e... Se resguardado de cair no laço. E como é difícil resistir... Tiago nos adverte: Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vos. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração (Tg 4.7 e 8).
Quando nos afastamos de Deus... Quando resistimos à Sua voz, estamos dando legalidade ao inimigo de nossas almas de se apoderar de nossos desejos, nossas vontades e aí... Era uma vez Liberdade! Passamos a ser escravos e prisioneiros de nossas próprias ações e escolhas, porque não estamos agindo segundo a vontade de Deus e sim, segundo a vontade de outro e, seguindo essa direção satânica, vamos conhecer a prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus (Gl 5. 19b,20 e 21).
Viver afastado de Deus, mesmo que seja por um curto espaço de tempo, não é saudável. Já dizia a música: “O homem sem Deus é uma folha seca que o vento levou...” E é verdade. O homem que se afasta do Senhor fica sem direção, sem eira nem beira. E, como mente vazia é oficina, então...
Renúncia! Sim. Uma vez feita a escolha, devemos renunciar a muitas coisas consideradas por nós como prioritárias. Relegá-las ao segundo plano e deixar Cristo assumir o primeiro lugar em nossas vidas. O exemplo de João, que não era Batista de nascimento, mas, por força do seu ofício, deve distinguir as nossas atitudes como cristãos: Simples e humildes no agir e tolerantes no contato com as pessoas. Hoje, não comporta mais em pregar nos moldes do profeta, mas, temos de ter temperança ao nos aproximar da multidão. Temos de aprender a chegar neles e não os afugentar. Pregar o Cristo ressurreto e deixar o Espírito Santo trabalhar na vida deles.
Assim como em nós o Espírito do Senhor agiu, afastando-nos do pecado, ainda que vivamos no meio dele, agirá também na vida dos nossos irmãos não crentes. O importante é não deixar o pecado tomar forma em nós. ...esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Fl. 3.13b, 14)
Comumente deparamo-nos com pessoas afastadas do evangelho. O motivo quase sempre é: Aborrecimentos no meio cristão, mágoas de um ou outro irmão... Ou até uma má recepção na Igreja... Tudo isso influencia uma decisão de voltar e até permanecer na presença de Deus. Mas, será que vale a pena ficar longe? Será que vale a pena esperar tanto tempo? Jesus sentiu-se desamparado, mas, não estava só. O Pai não suportou olhar para o Filho por causa da aparência do pecado N’Ele. Todos os nossos pecados estavam ali... Todas as nossas falhas... Nossos orgulhos... Se não fosse assim a morte não teria poder sobre Ele. Jesus era Deus, tinha poder sobre a morte. Poderia ordenar e ela iria para bem longe, mas, não. Preferiu chamar para si as nossas dores, nossas ansiedades, nossos pecados... Que desde o Éden já estava escrito que teria de acontecer. E, se não acontecesse assim, eu e você estaríamos irremediavelmente perdidos. Graças a Deus, Jesus Cristo tomou o nosso lugar naquela cruz. Graças a Deus temos a graça do Senhor Jesus derramada em nós. E, cada vez que pela fé, olharmos para a cruz, possamos ver um homem todo ensangüentado que deu a sua vida por amor. Amor incondicional a mim e a você...
Amem!!!
Que o Senhor vos abençoe abundantemente.

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