sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A verdadeira união e o verdadeiro amor para com o próximo “E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha” (At. 4. 35)

É comum declararmos amor aos nossos irmãos, e a Bíblia diz nos Salmos 133.1: “Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união...”. No que diz respeito aos novos crentes recém-chegados, nós estamos aquém das expectativas. A igreja primitiva, e nós sempre nos referimos a ela quando temos que enunciar alguns tópicos de relevância, crescia por
conta da união e amor existentes. Os irmãos mais abastados vendiam seus bens e depositavam a venda aos pés dos apóstolos. Tudo era em prol do crescimento da Igreja e, os que possuíam alguma coisa, não se consideravam donos de nada. É aquele negócio, se o Senhor nos concede uma benção é óbvio que devemos repartir com os nossos conservos. A benção é para ser compartilhada. Nos tempos atuais ninguém dá nada sem interesse. Aquele versículo: Deus ama ao que dá com alegria ficou esquecido nas páginas da Bíblia...
Repartir o pão é se colocar no lugar do outro e sentir suas necessidades. Repartir o pão é ajudar os menos favorecidos e sentir o coração agradecido por ter ajudado sem esperar nada em troca. Mas, nós estamos com outras prioridades. Não lembramos mais dos órfãos e nem das viúvas que sentam nos bancos da Igreja. Eles precisam de nós. Eles precisam de mim... Onde é mesmo que estou...?
Que tipo de amor estamos vivenciando? O amor de Cristo? Não creio. Pois o amor de Cristo em nós nos direciona a ajudar, a nos preocupar com o bem estar do nosso próximo. Ser servo de Cristo é se abster de si em prol do outro. Quantos ensinamentos Cristo nos deixou...! E parece que não nos apossamos de nenhum. O nosso amor, aquele que declaramos nas conversas, estudos e até nos púlpitos, está longe de existir... Em João 13.14, após lavar os pés dos discípulos, Jesus declara: Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros... Ele queria nos falar do compromisso cristão no servir em amor e humildade. Ele nos deu o exemplo a seguir, nos mostrou o caminho... Não que venhamos a lavar os pés uns aos outros, mas que tenhamos em nós aquela abnegação necessária para nos despir dos nossos orgulhos bestas e vir a entender que, servir ao Senhor é servir ao próximo. Vivenciar o amor em Cristo é estar em amor com o meu irmão, pois a Bíblia declara na 1ª Epístola de João 4.20: Se alguém diz: “Eu amo a Deus” e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E que forma melhor, mais bonita e mais excelente existe de servir a Deus senão ajudando aos irmãos carentes de bens materiais, de carinho, afeto ou um abraço? Quais são os verdadeiros servos de Cristo? Aqueles que passam de largo e viram os rostos ou os que param e ajudam, mesmos que sejam os próprios inimigos? Um soldado ferido pode ser qualquer um de nós: Eu, você ou o meu próximo que, dependendo da minha atitude, pode vir a ser um cristão. Só depende de mim, da minha ação...
Repartiam segundo a necessidade que cada um tinha, diz o versículo. E qual é a necessidade de cada um de nós? Cada um de nós tem uma deficiência material, espiritual e até moral. Deus enviou Seu filho para dar a vida por nós e, através da Sua morte, curar as nossas deficiências. Que estamos fazendo para merecer esse sacrifício? Estamos nos ajudando mutuamente? Ou estamos empurrando para baixo do tapete?
Que o Senhor vos abençoe abundantemente.
Amém!!!

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