O evangelho de Nosso senhor Jesus Cristo é poderoso,
pois através dele muitas almas alcançam a salvação e muitas enfermidades são
curadas, muitas vezes até durante a pregação da palavra. O mundo está imerso no pecado e, por isso, carente
de ouvir as boas novas do evangelho. Creio que se todos os crentes se juntassem
numa só força e propósito muitas almas se salvariam, mas muitos se acovardam. Falta-lhes
a cosmovisão que tinha o apóstolo Paulo. Falta mais fé, pois bastava apenas um
clamor sincero e o inimigo de nossas almas cairia por terra. Na guerra têm os
que vão e os que ficam atrás. Nenhum é mais importante que o outro. Os que
estão à frente da batalha correm tanto perigo quantos os que ficam na
retaguarda. O ataque inimigo é feroz do mesmo jeito e intensidade. Não podemos ir todos e, os que ficam que
fiquem em oração, vigilantes em todo o tempo que os outros estiverem no campo
de batalha. Lembram-se de Moisés na batalha contra os amalequitas? Enquanto
Israel lutava, onde estava o líder dos hebreus? Porventura não estava no cimo
do Monte com os braços erguidos ao céu clamando ao Senhor? Quando ele cansava e
deixava os braços cairem, Israel era suplantado. Quando erguia novamente, o
povo de Deus ganhava alento. Foi preciso Hur e Aarão suster seus braços
levantados pra que o povo do Senhor ganhasse a guerra. Que isso quer
dizer? Quer dizer que a união no clamor,
na intercessão faz um efeito tremendo.
Não fosse a ajuda providencial de Hur e Aarão a história do povo de Deus
seria outra. Se imaginássemos o que éramos antes de conhecer essas boas novas,
correríamos a levá-las aos que necessitam de cura, conforto e salvação. O homem
estava perdido, num mundo devastado pelo pecado, mas o Senhor teve misericórdia
e o levantou do pó da terra e fez nova criatura. A busca de Deus pelo homem pecador começou
com o envio de Abraão, tirando-o do meio do seu povo para levá-lo a uma terra
desconhecida. Com esse gesto, o nosso Deus nos fez vislumbrar, através do
patriarca, um mundo novo. Um mundo diferente. Mas, com a indiferença de Israel
o Senhor voltou os olhos para nós os gentios. E o evangelho, regado com muitas
lágrimas, sendo a expressão da graça de Deus manifestada em Jesus Cristo, nos
alcançou através dos apóstolos. E o apóstolo Paulo, enviado pelo Espírito
Santo, não sentiu vergonha desse evangelho e o expandiu pelos quatro cantos do
mundo antigo. Mas, muitos cristãos, diferentes dele, tinham e têm vergonha do
evangelho. Alguns se escondem nele para alcançar vantagens. Mas, por esse mesmo
evangelho, o amado servo do Senhor foi açoitado, humilhado, passou fome, frio,
acusações, privações... E nem assim calou a sua voz. Levou-a por muitos lugares
distantes, bem longe, para tirar da escravidão vidas preciosas, mesmo que para
isso, tivesse que ser preso. E, através de sua prisão, ganhou muitas almas para
o Reino de Deus, creio até que muito mais do que quando estava livre. Muitos ainda se esquivam de ouvir os sermões e
o apóstolo disse bem em suas palavras, inspiradas pelo Espírito Santo: “O deus
deste século cegou o seu entendimento...” Cegando-lhes o entendimento, tira
também o discernimento espiritual com filosofias descabidas e falsos
ensinamentos fazendo-os crer que podem tudo. O antagonismo entre a fé e a razão
é imenso. A fé diz para crer somente, independente das circunstâncias. Já a
razão, questiona e põe milhares de obstáculos entre uma questão e outra,
preferindo ficar do lado da ciência. O evangelho de Cristo tem o poder de
deitar no chão todas as razões e as retóricas dos que se dizem inteligentes, dos
que se dizem sábios, pois a visão dos que se dizem especiais nada é senão pura ilusão.
Pois a visão abre a mente para o entendimento. Satanás sabendo disso e, o sabe
muito bem, cegou o entendimento dos homens para que eles não enxergassem as
verdades do evangelho, pois sabendo a verdade alcançam a liberdade de espírito.
Assim como Paulo, não devemos ter vergonha do evangelho, pois esse mesmo
evangelho penetrou em nossas entranhas como lanças embravecidas, espadas frementes,
flechas ensandecidas, serrotes furiosos e outras ferramentas empunhadas por
mãos de loucos endemoniados. Ceifaram a vida dos mártires que levaram as
mensagens divinas por lugares distantes, sem ter a certeza que voltariam. E
muitos não voltaram, pois foram covardemente martirizados. Nós fazemos parte de
um povo vitorioso, pois o nosso Deus é Vitorioso. Cada um de nós tem uma tarefa
no corpo de Cristo. Cada membro do nosso corpo tem uma função, mas todos em
conjunto transformam a obra do Senhor em uma máquina maravilhosa. Um braço
sozinho pode alguma coisa? Ou a mão, o pé, os olhos, os rins, o fígado... ? O
conjunto de órgãos faz o corpo funcionar e a união dos crentes faz a noiva de
Cristo triunfar. E cada um, desempenhando o papel que lhe couber na obra, fará
a diferença.
Que o Senhor os abençoe abundantemente,
Amém!!!
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