No Velho Testamento, havia uma reverência tremenda quando o
povo se aproximava da Tenda da congregação... Só em se aproximar já havia
reverência. O povo se apresentava com o coração contrito, pois sabia que o
Senhor iria falar. E estava pronto para ouvir. Guardar o pé... Diz respeito à
postura, o respeito, o modo como vamos nos apresentar ao Senhor, como vamos nos
comportar no interior do Templo. Hoje, é comum, enquanto os trabalhos são realizados,
observarmos pessoas andando, crianças correndo, brincadeiras de jogar papéis
uns nos outros, conversas paralelas e o pior, ou melhor, para completar:
Celulares tocando aqui e acolá, pessoas navegando nas redes sociais durante o
culto... Sem contar as vestes, que são um verdadeiro carnaval, não se prima
pela elegância da compostura cristã. Vez ou outra alguém chama a atenção, mas depois,
vai deixando “rolar” até não sei quando. Aí eu pergunto: Em casa é do mesmo
jeito? O comportamento, quando visitamos amigos é assim? Deixamos as coisas
bagunçadas do mesmo jeito? Porque, o comportamento fora de casa demonstra o
comportamento restrito ao lar. A igreja é uma extensão do lar ou o lar é uma extensão
da igreja? Se igreja significa “chamados para fora”, quer dizer que é uma reunião
de pessoas que têm famílias distintas e,
portanto, se reúnem para adorar a Deus, sendo então o lar uma extensão da
igreja. Agora, imagine você convidado para uma entrevista de emprego: Qual o
seu comportamento diante da situação ansiosamente esperada? Hummm? Certamente
vai se cuidar, na roupa, no asseio corporal, a postura correta no falar, ouvir
muito e falar pouco, chegar no horário estipulado, tudo com a máxima reverência
possível. Isso tudo para se apresentar diante de um mortal que tem uma certa ascensão
sobre você. E diante de um Juiz? Não prestamos também reverência? Nas duas
situações sabemos nos apresentar e nos comportar com temor. E diante de Deus? Não
sabe se comportar na presença do Senhor, Criador de todas as coisas, inclusive você?
No Velho testamento, por muito menos, milhares de israelitas morreram no deserto
por não saber entrar diante do Seu Deus. Caíram no deserto por murmurar diante
do Senhor. Mas, como estamos na dispensação da graça, achamos que podemos agir
de qualquer maneira. O nosso Deus não mudou de maneira alguma. Ele continua o mesmo,
hoje e sempre eternamente, nós é que “achamos” que podemos fazer o que bem
quisermos. Achamos que ao apontar o nosso nariz em determinada direção, é ali
que devemos ir e estar. À medida que avançamos no tempo, perdemos um pouco da
nossa intimidade e reverência para com o Senhor. A ciência, isto é, o
conhecimento se multiplica e o amor se esfria cada vez mais (Mt 24.12). Estamos
perdendo de vista aquilo que aprendemos com os apóstolos do Senhor. Parece vivermos
noutros tempos, onde cada um faz do jeito que bem entender sem prestar contas a
quem quer que seja, como no tempo dos Juízes: Cada período sem juiz, a decadência
espiritual tomava conta do Arraial Israelita. Tomara Deus que as coisas mudem, senão
cairemos na mesmice daqueles tempos ou então, sei lá... Do jeito que está não pode
ficar.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!
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