Jó. Um nome que é sinônimo de fidelidade,
simplicidade, integridade, justiça, bondade, honestidade, paciência, amor... Um
ser único. Muitos almejam ser como Jó, mas a falha começa justamente nos
predicados... Jó era fiel ao Senhor em
tudo: Na adoração e nos cultos. Não
preparava mega eventos para adorar a Deus. Era um simples adorador oferecendo
seus sacrifícios e Deus os aceitava, pois via nele um coração sincero. Para ele,
o dinheiro que possuía pouco importava.
Jó era um homem integro, tanto na relação familiar quanto na relação com
os seus empregados. Por tudo isso, é um exemplo de servo do Senhor que todos
nós deveríamos imitar: Em todos os requisitos. Mas, que falar da sua paciência?
Jó pacientemente prostou-se em terra e esperou a providência divina. Muitos
cristãos já perderam a paciência faz tempo. Querem tudo a tempo e a hora e não
tem paciência ou... Fé para esperar no Senhor. Por isso, muitos planos são
desfeitos e tudo, tudo dá errado. Até casamentos precipitados fracassam,
relações familiares são rompidas, pois a pressa é inimiga da perfeição. Os homens comuns não conseguem chegar próximo
disso e os homens espirituais não enxergam. Nos dias atuais, viver como Jó é um
pouco difícil, reconheço,
mas não é impossível. Basta apenas deixar Deus dirigir os passos e a adoração
flui naturalmente. Assim era Jó... O homem espiritual não guarda em si a mesma
fé e maturidade de Jó. Ser servo do Deus
Altíssimo é abster-se de muitas coisas tidas como essenciais no conviver
diário. Alguns perdem a compostura cristã com muita facilidade. Perdem o
pé de apoio.
E depois ficam queixando-se dos dias passados. Jó queixava-se por motivos óbvios:
Ele achava que o Senhor o havia abandonado, mesmo vivendo no centro da vontade
do D’Ele, o que não era verdade. Havia uma questão espiritual: Satanás não
aceitava a boa vida de Jó. Satanás não aceitava a riqueza desse homem especial,
tanto material quanto espiritual e, por isso, questionou Deus sobre isso. O
diabo não aceitava a verdade de Jó, a sua integridade diante de Deus. Assim
como ele, muitos
cristãos são levados à presença de Deus pelo Inimigo de nossas vidas a fim de
ter permissão D’Ele para afligi-los. E outro tanto não conseguem envergonhar o
Bajulador e aceitam a bandeja oferecida. Voltar aos tempos de glórias é tudo
que o cristão quer. Mas se perder algum bem, não pensa como Jó: "Nu
saí do ventre da minha mãe, e nu tornarei para lá. Deus me deu, e Deus tirou;
bendito seja o nome do Senhor" (Jó 1, 20-21). Essa foi a
declaração de Jó. Essa deve ser a nossa declaração de fé. Jó sou eu e você, mas
há uma diferença: Jó tinha temor a Deus. Nós oramos, pregamos, cantamos,
evangelizamos, mas o louvor é para o Senhor ou para nós mesmos? Jó era sincero
no que fazia. E nós? Quando somos sinceros, se mentimos para o Senhor até
quando estamos cantando? Jó se lamentava
dos dias passados porque não imaginou um dia sequer que o Inimigo atravessaria
o seu caminho. Santa inocência! A preocupação dele, vinte e quatro horas, é
barrar-nos o caminho para não alcançarmos a salvação. É tão bom quando estamos
nos braços do Senhor! Parece estarmos no paraíso... E Jó sentia falta disso e
em seu lamento clama ao Senhor por misericórdia. Lembra-se da sua mocidade com
Deus. Mas, o Senhor
não o abandonou! O Senhor continua ali pertinho dele. Às vezes acontece com a
gente a mesma coisa. Achamos que Deus está à milhas de distância e Ele está ali
pertinho de nós... Olhando para nós com olhos de amor e misericórdia, nos
guardando e guiando nossos passos... Oramos, clamamos e nada. Nem as folhas das árvores
se mexem. As nossas orações não recebem
respostas. Tudo é silêncio. Mas, Ele adora trabalhar em silêncio... E Jó estava ali, sentado sobre as
cinzas, em silêncio, somente ele e Deus numa silenciosa intimidade, quando de
repente, aparecem três amigos que,
com a desculpa de visitá-lo e compactuar com a sua dor, desfiam comentários
divergentes sobre Deus. Mas Deus estava
com as Mãos estendidas sobre Jó.
Apesar de ter concedido o pedido a Satanás, o Senhor o guardava. O segredo? Jó
em momento algum blasfemou. Em momento
algum abriu a sua boca para julgar os atos de Deus. E a sua mulher? Em
desespero de alma despeja em cima de Jó toda a sua desesperança.
Ela não
via motivo no seu marido para vê-lo sofrendo dessa maneira. Ela o amava e Deus
sabia o tamanho do seu amor. Ela amava também ao Senhor. Ele também sabia como
o seu coração estava N’Ele. E quando ela abre a boca e grita: Ela não diz “Amaldiçoa a Deus e morre”, mas ela diz
“Abençoa a Deus e morre”. No idioma original (no hebraico) a mulher de Jó disse “Barech Elohim”. Mas, o que significa
“Barech Elohim”? Barech significa “abençoar, bendizer, louvar”, segundo o Dicionário Hebraico – Português e
Aramaico-Português. A razão de Deus não a ter castigado juntamente aos amigos de Jó
era porque essa mulher era uma adoradora. Mas, Jó a repreende por sua falta de
esperança, por entregar os pontos antes da luta.
Jó a reprende por não enxergar além do que os olhos dele via: “Pois eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se
levantará sobre a terra”. (Jó 19. 25). Essa foi a razão da sua repreensão, nada mais que isso. E,
se fosse de outra forma, se ela tivesse falado aquelas palavras e o Senhor a
perdoasse, assim como não perdoou os amigos do seu marido e pediu que ele
orasse pelos tais, a Bíblia estaria em contradição. A família de Jó, ele, a
esposa e os filhos eram adoradores. E Deus concedeu o perdão, após a oração e,
visto que o coração de Jó continuava o mesmo, orando sem questionar, como
muitos de nós fazemos, não? O Senhor restitui tudo o que Jó perdera: Sua
riqueza, sua saúde e, sua mulher é amplamente abençoada com outros filhos e
filhas tão lindos quanto os primeiros. Não somos diferentes. Podemos ser como
Jó e sua família. Basta olharmos para o Senhor e mantermos o foco na esperança
que ele tinha: Eu sei que o meu Redentor vive... E que por fim se levantará sobre a terra.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!
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