terça-feira, 3 de maio de 2011

A semelhança do Mestre

Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança... (Gn 1.26)
Às vezes achamos que ser cristão é tão simples, mas, não é. Somos feitos a imagem de Deus e não agimos de acordo com essa semelhança. Deus é amor, bondade, justiça, compaixão, benignidade... E nós? Em que parte somos semelhantes à Ele? Em amor? E por que não demonstramos esse amor para com os nossos irmãos?
Somos egoístas. Quantos precisam de um gesto de carinho e nós reprimimos esse gesto por vergonha, por falta de amor ou por falta dos dois! Somos abundantes em bondade com a natureza: defendemos árvores, animais, mananciais de águas... Não digo que não devemos defendê-los. Mas, e os homens? Nós os defendemos? Justiça, compaixão, benignidade? É? “Minha farinha meu pirão primeiro” ou como disse um pastor durante sua pregação: “Venha a mim o Teu reino e o resto que se dane...” E ele falou com veemência . Todos querem ajuda, mas, fecham a mão para não ajudar outros. Todos querem bênçãos e, quando a recebem, se escondem até do pastor da Igreja. Que tipo de entrega ao Senhor é essa? Como ser semelhante a Deus desse jeito inescrupuloso? Se quisermos realmente tomar posse dessa semelhança devemos aprender a conhecer o Senhor através de Sua palavra. Devemos deixar de pensar no “eu sozinho” e exercitar a palavra nós. Com a ajuda do Senhor nós faremos proezas...
Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança...
Quando Jesus estava na cruz, antes de entregar o espírito ao Pai, ele disse: Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem (Lc 23.34). Em toda a sua trajetória terrena, Jesus estendeu a mão ao necessitado, ensinou as escrituras na sinagoga, deu atenção aos excluídos da sociedade, estava atento ao clamor das pessoas e concedia o perdão a todos que se aproximavam dele e, em todo tempo, estava em constante oração. Onde nós somos semelhantes a Jesus? Estendemos as mãos aos necessitados? Alguns sim, outros... Ensinamos as escrituras? Alguns poucos ensinadores insistem no peito e na raça... Damos atenção aos excluídos da sociedade? Quando vemos um bêbado, desviamos dele e até nos escondemos atrás de postes. Quando entram na Igreja todos voltam seus olhares de curiosidade: os homossexuais, as prostitutas, os viciados ... São os excluídos que Jesus certamente está com as mãos estendidas e nós “os especiais”, os excluímos das nossas vidas e das nossas amizades. Ouvimos o clamor do povo e dos nossos mais chegados? Eles falam e nós ficamos com os olhos fitos no nada, sem prestar atenção às aflições deles ou, fugimos da conversa chamando um irmão que porventura passa próximo de nós. Perdoamos as falhas dos nossos irmãos, vizinhos e amigos? Da boca para fora, sim. Porque lá no fundo... Aquele lá ou aquela, eu perdôo, mas, quero ficar longe deles... E na oração? No culto de domingo ou nos cultos de campanhas, a Igreja fica lotada. Já no culto de ensino e de oração, os bancos ficam vazios. Cadê a semelhança? Onde está a afinidade? O perfume de Cristo está em nós?
Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança...
O Espírito Santo de Deus é Santo, Consolador, Guia, Conselheiro, Incentivador das nossas boas ações... Ele é o nosso Ajudador. Mas, é muito triste... Nós que temos o Espírito do Senhor habitando em nosso interior, não agimos segundo a semelhança que dizemos ter. Só lembramos que somos santos, se lembrarmos, na Santa Ceia do Senhor. Pois, como diz o vers. 28 de 1ª Cor 12: Examine-se o homem a si mesmo e coma desse pão e beba desse cálice. E muitos estão correndo perigo nessa parte. Deus é Santo, importa que o homem/mulher seja santo. Não existe meio- termo: ou é ou não é. Temos de nos examinar para sermos santos no nosso proceder diário, por que com as nossas atitudes podemos levar centenas de pessoas ao céu ou ao inferno. Está em nós isso: erguer vidas caídas ou derrubá-las de uma vez; consolarmos as almas aflitas, desconsoladas e tristes do mesmo modo que gostaríamos de sermos consolados; guiarmos os perdidos ao caminho da salvação como também nós fomos guiados; sermos conselheiros no momento que as pessoas estiverem necessitadas de uma palavra amiga; incentivar aqueles que praticam boas obras a continuar exercendo essa prática. Ajudar o próximo com amor sem esperar algo em troca, orando e intercedendo por ele, pois essa parte é a que mais agrada a Deus: a intercessão. Lembram de Jó? Enquanto orava por seus amigos, Deus virou o seu cativeiro. No livro de Jó 42. 10, diz: E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía. Isso é o que devemos fazer, se quisermos ser semelhantes a Deus Pai, Deus Filho e a Deus Espírito Santo, por que por enquanto,são poucas as semelhanças.
O Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!

Nenhum comentário: