sábado, 14 de agosto de 2010

A lei não salva, mas, conduz a Cristo e à fé



“Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?” (Gl 3. 1)
Os acontecimentos da época do apóstolo Paulo ultrapassaram os tempos e chegam até nós. O bafejar das heresias dos falsos mestres sopra em nossos rostos querendo se entranhar em nosso intimo. E é muito triste, quando assistimos dos nossos púlpitos alguns grandes mestres deturpar as Sagradas Escrituras querendo mostrar um outro evangelho. Sabem de tudo um pouco e mais um monte de nada e, se acham capazes e às vezes são, de mudar o pensamento de alguns que não se atêem a ler e estudar as Sagradas Escrituras.
Os gálatas estavam fascinados pelos falsos profetas que proliferavam naquelas paragens. Apesar de possuírem o verdadeiro evangelho em seus corações, estavam se deixando contaminar por palavras sábias e persuasivas de lobos devoradores. Não estamos livres desses, assim como os gálatas e devemos sim, sermos espertos como a serpente para não cairmos nos laços armados pelo inimigo de nossas almas.
Os chamados judaizantes queriam que os gentios recém-convertidos olhassem para a lei mosaica e a seguissem. Queriam pôr-lhes uma mordaça espiritual e fazê-los voltar a viver na escuridão em que estavam. Isto posto, deixariam os novos convertidos entregues a própria sorte, da mesma maneira como agimos hoje com os nossos novos irmãos na fé. O fato é que sem a lei não saberíamos o que era certo ou errado; sem a lei não chegaríamos aonde chegamos, pois ela nos mostrou o erro, nos mostrou o pecado. Só que Jesus Cristo encerrou a lei na cruz quando exclamou: “Está consumado” (Lc 19. 30). A partir daí tudo ficou diferente. Entramos na dispensação da graça e, pela graças somos salvos, pois isso não vem de nós é dom de Deus. Somos novas criaturas em Cristo e, não podemos, de forma alguma voltar às primeiras obras, pois elas nos levam para um caminho oposto ao da fé em Jesus Cristo. Era o que os judaizantes esperavam: Que os judeus convertidos voltassem a praticar os rituais antigos. Era inadmissível, dentro do contexto do cristianismo. Uma vez cristão as velhas coisas já passaram. “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.” (Ap 21. 6) Revirar o passado, só se for para lembrar coisas boas ou para edificação espiritual de outrem. Se não for assim, melhor deixar o passado lá longe onde ele está.
Ser cristão é andar sobre um fio de navalha: “Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor, que te sara” (Ex. 15. 26). Devemos observar as Santas Escrituras para não cairmos no erro das heresias e, muitos estão aí trabalhando a serviço do mal para isso: para desvirtuar a fé de alguns. Palavras bonitas são fascinantes, emocionam de verdade, mas, se estudarmos a Palavra de Deus vamos chegar à conclusão de que os que pregam a justificação por meio das obras da lei estão confusos. Não têm os frutos do Espírito para poder colher as almas que estão necessitadas de salvação. Os frutos mais evidentes estão naqueles que pregam a doutrina da fé e são poucos os que defendem essa doutrina. O apóstolo Paulo e demais apóstolos tiveram os mesmos problemas. Lutaram contra os mesmos trapalhões do evangelho. Mas, graças a Deus que ainda temos alguns apologistas ferrenhos que, apesar das perseguições, têm fôlego para reprimir as chamadas invencionices que somos às vezes obrigados a ouvir.
A cruz de Cristo não deve sumir das nossas pregações, pois é de importância vital na conversão dos homens. Como afirma Matthew Henry: “Os intensos sofrimentos do Filho de Deus advertem os pecadores aos gritos, para que fujam da ira vindoura, mais do que de todas as maldições da Lei...” A lei serviu até aquele momento. Cristo exclamou ao Pai que tudo estava consumado e entregou o espírito. Ali ele quis dizer que a lei havia sido obedecida e, portanto já não era mais necessária: a sua missão estava cumprida. Ela desempenhou a sua função e foi removida para dar lugar a outra lei muito melhor: a lei da graça. Mais excelente: um novo concerto, uma nova aliança.
A lei serviu de guia para levar os israelitas a enxergar o erro e a promessa de esperança que se avizinhava com a chegada da plenitude dos tempos. Tempo esse, que o Senhor nos concedeu a graça de sermos redimidos através do sacrifício de seu Filho. Porque a lei não salva? Por que ela serviu de ponte para nos conduzir à fé em Cristo Jesus. Serviu apenas para conduzir o pecador a esse lugar mais excelente: aos pés da cruz. E por isso, hoje somos mais do que vencedores. Por que Ele, Jesus Cristo e, somente Ele, se entregou sem pecado em sacrifício vivo e agradável a Deus. E, somente Ele, ressuscitou e hoje está a Destra do Pai, intercedendo por nós e breve voltará para buscar a Sua igreja. Que viva esperança! Devemos esperar o grande acontecimento com o coração cantando louvores e, não dando ouvidos a filosofias de homens e doutrinas vazias sem nenhum proveito. Os tempos são trabalhosos sim, mas, nós temos a marca do Cordeiro Imaculado gravado com sangue em nossos corações quebrantados e nada e nem ninguém pode mudar o que já está posto: O sacrifício da cruz e a imagem do cordeiro imolado. Mas muitos são os que estão se deixando levar, fascinados por frases macias de raposas enganadoras. Assim como os gálatas, estão sendo bafejados por ensinamentos de demônios e esquecendo ou trocando a verdade por mentiras.
Uma nova aliança foi firmada com o povo de Deus por conta da rejeição de Israel. E um dia desses, não demorará muito, o Senhor aparecerá nas nuvens com seus anjos e recolherá tantos gentios convertidos como judeus para, juntos morarmos com Ele eternamente. Pense nisso. Não vale a pena perder tudo por tão pouco. Contemple pelo espírito, a esperança de um maravilhoso futuro. E a graça do Senhor Jesus seja contigo.
Que o Senhor te abençoe abundantemente.
Amém!!!

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