domingo, 30 de julho de 2017

Ester, a esperança -08-11-16


Havia uma festa. Nos momentos finais dessa festa o rei Assuero, já bastante alterado pela bebida desenfreada, queria mostrar a sua rainha aos príncipes, talvez para despertar a inveja deles, pois ela era uma mulher muito bela. Mas, a rainha Vasti recusou-se a se apresentar ao rei, pois ali no recinto pomposo estavam todos bêbados pelo consumo desenfreado e irrestrito de álcool (Et 1:7, 8) que  não era incomum nessas ocasiões. O que o rei queria era entreter os seus convidados com a presença da rainha, presença essa totalmente masculina e bastante embriagada e ela não estava disposta a servir de espetáculo. O rei não aceitou e, incentivado por conselheiros, a destituiu do cargo, isto é, divorciou-se dela e buscou no império, algumas jovens lindas e virgens. Assuero, pelo visto, não tinha muito amor por sua esposa. Só em pensar em ridicularizá-la pelos príncipes e depois, ao ouvir os conselhos, deixa claro que não tinha amor pela esposa. Isto abriu caminho para Ester. Ela não foi voluntariamente ao palácio do rei. A convocação se deu por decreto real. A jovem Hadassa nem de longe poderia supor que a sua estada na Babilônia iria salvar o seu povo. A razão por Mardoqueu não deixar a menina revelar a sua origem era para salvaguardar a sua vida ali na imponente Susã. No palácio havia jovens de diferentes partes do império e, cada uma delas tinha o propósito ou sonho de se tornar a rainha daquele império ou, na pior da hipótese, favorita do rei. Guardar segredo, nesse caso, foi o melhor conselho que ela recebeu, pois a prudência é uma virtude. A história não conta, mas, pode ter acontecido muitas armações entre elas tentando derrubar a possível oponente. Rivalidades nesse tipo de seleção são muito comuns nos dias atuais, que dirá naqueles dias...   Ao se tornar rainha, através do primo Mardoqueu, descobre o complô contra os judeus, e imediatamente convoca, através dele, três dias de jejum e oração para poder chegar ao rei. Mesmo assim com certo receio, pois havia trinta dias que o rei não a chamara. Missão cumprida, ela se apresenta ao rei. Apesar do livro de Ester não mencionar o nome de Deus, Ele está implicitamente ligado a cada ação do povo ali no cativeiro e, por que não dizer, na vida da jovem judia. Tudo o que transcorreu naquele lugar foi na direção do Senhor e na glorificação do Seu nome. Todos os atos, até o mais simples foi direcionado por Deus, pois Ele preparou a situação e o seu povo decidiu agir. Em todo o livro vemos a Mão de Deus guiando as atitudes daqueles que estão dispostos a não ceder à luta. Ester e Mardoqueu mostraram que num mundo que respirava idolatria, a fé em um único Deus pode fazer a diferença. Ao sentir que a prima estava reticente, Mardoqueu então lhe responde: “... Não imagines no teu íntimo que, por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus. Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino? (Et 4:13,14)”. Lembremos-nos de Ester, como um instrumento nas mãos de Deus a fim de livrar o povo hebreu da destruição iminente. Todos nós somos instrumentos de Deus e, mesmo que às vezes Ele fica em silêncio e não responde de imediato as nossas orações, Ele está bem perto de nós nos ouvindo e nos guardando. Devemos estar preparados, pois não sabemos o momento que Ele vai nos usar para os Seus propósitos. Hadassa foi para Susã sem saber ao certo o porquê e pra onde estava indo, mas Deus, onisciente, já tinha tudo preparado. Em Todo o tempo Ele está presente pra livrar o Seu povo. Mesmo quando muitos de nós pensamos que não está perto Ele está bem presente. Ester contribuiu para que a nação judaica não fosse aniquilada no cativeiro babilônico. Deus, em sua Presciência, providenciou um fato veraz importante: A continuação do Seu povo dentro da Babilônia e, consequentemente a sua preservação. E, por gerações e gerações, Ester é reverenciada como a mulher que, se expondo ao risco, deixou a fé falar mais alto.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.

Amém

quinta-feira, 25 de maio de 2017



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Se Deus é luz e não suporta o mal e as trevas. Como, então, explicar o mal?

Se Deus é bom, por que existe o mal no mundo?
Este é um dos questionamentos mais sérios da criatura humana.

Deus não é, e nunca foi o autor do pecado, porque Deus é amor. Através desse Seu atributo, Ele deseja relação pessoal com aqueles que possuem Sua imagem e semelhança - o homem. E a bondade de Deus "é o atributo em razão do qual Ele concede a vida e outras bênçãos às suas criaturas" (SI 25.8; Rm 2.4).


O escritor Myer Pearlman oferece-nos uma resposta satisfatória quanto à existência do mal, do sofrimento do homem e do amor de Deus:
1- Deus não é responsável pelo mal.
Na verdade, todo sofrimento que há no mundo é consequência da desobediência deliberada do homem (Rm 5.12);

2- Sendo Deus Todo Poderoso, o mal existe com Sua permissão;

3- Deus é tão grande que pode fazer o mal cooperar com o bem;

4- Deus formou o Universo segundo as leis naturais, e estas implicam na possibilidade de acidentes, se desobedecidas; e


5- E bom lembrar sempre que tal não é o estado perfeito das coisas, pois na vida futura Deus mostrará a razão de Seus tratados e ações. Por ser soberano, o Senhor tem o direito absoluto de governar e dispor de Suas criaturas como lhe apraz.

Deus criou, no eterno passado, aquele a quem as Escrituras Sagradas chama de "Estrela da Manhã", "Estrela da Alva" (Is 14.12; Ez 28.12-16), ou seja, um anjo poderoso que habitava no Jardim do Éden (esta Terra). E também chamado de "         Lúcifer" (o que dá luz). Estes são a mesma personalidade, e Deus o criou perfeito em seus caminhos e como chefe dos querubins, era o maior dentre todos os querubins por ser destinado a comandar a exaltação e a glorificação de Deus, o Criador do Universo (Gn 3.24; Ez 28.14). Porém, o orgulho, o egoísmo e as ambições desordenadas tomaram conta dele ao ponto de investir contra Deus para usurpar-Lhe o trono (Is 14.13).

Foi esse pecado que o transformou de anjo de luz em Satanás, o Diabo, o pai da mentira e de todo o mal que grassa no mundo.
Assim, pelo pecado da inveja e do orgulho, foi Lúcifer destronado das mansões celestiais com seus anjos, transformando-se nesse ser repugnante de todos, conhecido como "Diabo" (Ez 28.19; Jd 6).

Originado no céu, foi na obra prima da criação que Satanás desencadeou todo um processo de degeneração da bondade de Deus no coração do homem (Gn 3.6,7,14-19).

Na harmonia do céu, no eterno passado, Deus tinha um cooperador em Sua obra de beneficência e que poderia apreciar Seus propósitos e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados - Cristo, o Unigénito do Pai, que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus (Pv 8.22-30; Mq 5.2). O Pai (Deus) operou por Seu Filho na criação de todos os seres celestiais (Cl 1.16) e tem a primazia sobre todos eles.

O ódio de Satanás contra a humanidade referia-se em astúcias e tentações levando o homem à morte eterna. Mas a bondade de Deus é que todos cheguem ao arrependimento e o dom gratuito de Deus é a vida eterna, e só o sangue de Jesus Cristo pode operar em nós a vitória sobre o mal.


Fonte: Jornal Mensageiro da paz – Setembro de 2012 / Reverberação: Subsídios EBD
Texto: Pr. Nemuel Kessler 
                                                     
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terça-feira, 2 de maio de 2017

O pecado-04/04/2015 Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Rm. 6. 26

 O nosso relacionamento com o Senhor deve ser de tal maneira excelente que não nos faça olhar para o outro lado. Porque o inimigo de nossas vidas luta, torce e usa de artifícios pra nos afastar de Deus. Com isso nos induz ao pecado. O que é o pecado? Em grego é hamartia, em hebraico existem três ramificações: Chatta´ah ou chatta´th. Significa a separação entre o homem e Deus. O pecado torna a pessoa feia, sem atrativos que possa chamar a atenção do Senhor. Num primeiro momento, ele aparece bonito, chamativo, atraente, desejável... Assim como Eva no Jardim do Éden, nós também somos facilmente dominados pelo pecado. Uns mais outros menos, mas nem por isso menos perigoso. Ele age do mesmo jeito, destruindo as bases cristãs e tirando a pessoa da presença de Deus. O pecado destrói relacionamentos importantes em nossa sociedade. Casamentos, amizades, empregos... Todo tipo de relações são traídas pela proximidade do pecado. Muitas pessoas acreditam e, até afirmam que certas situações não as atingem, eu mesmo sou assim, ledo engano. Nem todas as áreas da nossa vida estão protegidas contra o pecado. Jesus disse para que vigiássemos. A constante vigilância é primordial para não sermos apanhados de surpresa, mas mesmo assim, mesmo vigiando, escorregamos. A vigilância às vezes se torna uma armadilha, nos levando pra longe do Senhor, pois nos tornamos refém de nós mesmos. Mesmo vigiando, o mal pode nos pregar uma peça e entrar em nosso íntimo através dos nossos olhos e pensamentos. Mesmo buscando ao Senhor, podemos nos desviar repentinamente e manter em nossos pensamentos coisas que não agradam. Dos pensamentos aos olhos, ouvidos, boca mãos e pés.  De que maneira? Fixamos em nossas mentes imagens e os olhos insistem em querer ver coisas que não nos convém ver, ouvimos o que não devemos e, muitas vezes é a voz do próprio diabo sussurrando em nossos ouvidos “conselhos” malignos iguais aos conselhos dado a Eva no Jardim do Éden. A nossa boca é para cantar salmos e hinos ao nosso Deus, mas na maioria das vezes só conseguimos falar asneiras. Uma vez que os olhos e ouvidos não conseguiram manterem-se castos, o corpo inteiro padece e nos levam para o buraco. Nossas mãos ao invés de adorar ao Senhor são usadas para outros fins nada condizentes, praticando coisas abomináveis. Nossos pés, se não os controlarmos, nos carregam pra lugares nefastos e nada condizentes com a vontade do Senhor. E quando estivermos lá, nada nos fará voltar. Muitos tentam, com esforços pessoais a deixar as coisas mundanas para trás, mas é humanamente impossível alguém voltar com suas próprias forças. O Espírito Santo está sempre atento esperando um clamor, como o filho pródigo, para ajudar. Jesus disse que sem Ele nada poderíamos fazer. Não podemos nos livrar do pecado sem a ajuda do Senhor. Quando deixamos a Casa do Pai, o pecado e suas ramificações nos circundam de tal maneira que não temos forças pra sair de suas garras. A nossa caminhada para o alvo, Cristo, deve ser com a esperança de que fomos perdoados e agora estamos numa posição privilegiada, pois cada um de nós temos ou fizemos coisas da qual nos envergonhamos e vivemos tensionados pelo que fomos e devemos ou queremos ser.  E somente o Senhor pode nos livrar de cometê-los novamente. Temos de esquecer as culpas passadas e viver unicamente pra frente olhando para o alvo que é Jesus. Só assim os resquícios de pecado serão tirados de nós. Se buscarmos ao Senhor com convicção as arestas serão aparadas. Se lutarmos por algo e não conseguir, não é motivo pra querer voltar atrás. Não é motivo pra abandonar a fé. Paulo sentiu isso na carne. Ele achava que tinha perdido os gálatas para o mundo. Só achava. Mas, com fé e perseverança os alcançou para Cristo. Ele foi honrado pelo Senhor porque tinha convicção de que conseguiria atingir a meta. E conseguiu. Nós também conseguiremos.
O Senhor os abençoe abundantemente
Amém!