domingo, 2 de novembro de 2014

A declaração de fé. Então, Maria, tomando uma libra de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento. (Jo. 12.3) – 02/11/2014

  
Uma lição que seria lembrada, não só pelos discípulos da época de Cristo, como também por gerações de discípulos pelos séculos afora... Aquela mulher, pelo uso do perfume, não era de pouca fazenda. Ganhara muito dinheiro mercantilizando o seu corpo e era mal vista pelas pessoas ditas de “bem”. Muitos ali estavam censurando-a por estar perto do Mestre, pois todos ali a conheciam. Na visão deles uma criança não poderia aproximar-se de Jesus, quanto mais uma... Prostituta. Ela era como uma doença contagiante: Ninguém queria chegar perto dela, conversar com ela, nem sonhar... Dirigir-lhe a palavra era se comprometer com a sociedade. Era totalmente discriminada. Uma pessoa excluída como os usuários de drogas, bêbados e moradores de rua. Dificilmente um cristão se aproxima dos tais por receio de ser confundido como um do meio. É muito raro o evangelho chegar a essas pessoas. São consideradas o lixo da sociedade. Ninguém liga para elas, ninguém se propõe a estender as mãos. Se aproximar deles e tocar-lhes é como se corresse o risco de ser contagiado por seus pecados. Agora essa mulher insignificante estava ali. Todos os olhares se voltam para aquela figura que se aproxima do visitante. Timidamente curva-se aos pés de Jesus. Naquela ação ela estava demonstrando a todos que, com todos os seus atributos físicos e financeiros, pois acredito que era muito linda, senão não seria tão desejada e, rica, por possuir em mãos um perfume caro como o nardo, não passava de um monte de nada. Um frasco pequeno daquele perfume chegava a custar o salário de um ano de um trabalhador. Ela não se importava com isso. Quantos frascos de nardo ela possuía? Ao quebrar um desses frascos o conteúdo do mesmo era todo derramado sobre o visitante. Não sobrava nada. Isso não impediu a sua adoração e o choro que brotou daqueles olhos fôra de arrependimento. Aquele rio de lágrimas era a sua alma se derramando das angústias, tribulações e martírios por que passara. Ninguém é o que é por querer ser. Às vezes as circunstâncias fazem o ladrão. O rosto bonito e o corpo esbelto não eram vantagem para aquela moça. Talvez fosse até um empecilho para arrumar trabalho, talvez até uma afronta em meio a uma sociedade medíocre. Sim, porque a sociedade e a lei exigiam que a cerimônia de lavar os pés do visitante deveria partir do anfitrião. Quando chegava uma visita, o dono da casa recebia o visitante com um beijo, em seguida providenciava um criado ou ele próprio se curvava, tomava a água para os pés e ungüento para perfumar-lhe a cabeça.  Era a hospitalidade da época. Maria se prostrou aos pés de Cristo para mostrar ao mundo que não existe pecado algum que Deus não possa perdoar. Quando ela viu os pés do Mestre sentiu a grandiosidade de um Deus que se fez pequeno para habitar no meio dos homens. Nós não somos nada quando nos colocamos diante desse universo conhecido. A imensidão desse espaço, que não tem medida plausível, cabe nas mãos desse Deus maravilhoso que abdicou de sua glória para, por um espaço de tempo, vir viver a nossa vida, conhecer as nossas necessidades e sentir as nossas dores. Jesus é um Deus de comunhão, sublime e maravilhoso, porém humilde e acessível.
Que o Senhor os abençoe abundantemente
Amém!!!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O segredo do 10-12/10/2014


O nº 10 é mágico. Nas escolas fundamentais, médias e universitárias, nos esportes, na vida... Todos buscam tirar uma nota 10. É o Máximo. Significa que o aluno estudou com afinco, se entregou até as últimas consequências, deixando de lado os divertimentos, o prazer de um fim de semana, em busca dessa nota mágica. Nos esportes então? Significa que o atleta se esmerou, deixando de lado coisas consideradas simples como uma reunião familiar de fim de semana. A nota máxima é o vislumbramento de uma medalha de ouro. É a suprema coroação do perfeito. Em todos os segmentos da sociedade, o reconhecimento por um trabalho ou qualquer ação bem feita, nos vem a convicção de que aquele ato merece  uma nota 10. Mas, a nota 10 provoca  estagnação.  A controvérsia é o 9,5. Ninguém quer tirar 9,5. Ninguém quer ficar em segundo lugar. Ninguém quer a medalha de prata e ficar na sombra. Todos querem a medalha de ouro. Todos querem aparecer. Mas, há um mistério com a nota 9,5. Quando o aluno pega a sua prova com um 9,5, seus olhos percorrem toda a página procurando ver em que errou para merecer aquela nota. Às vezes pela falta de um ponto ou uma vírgula, questiona o professor. E o mestre, olhando com atenção lhe diz: “Se eu te der um dez, você ficará satisfeito, mas não se aprimorará, não ficará motivado a estudar mais um pouco. E principalmente, não terá a atenção devida para fazer um bom, um ótimo trabalho. E o 9,5 fará com você procure se superar cada vez mais e ir um pouco além  nas pesquisas”. Qualquer um de nós tem que ter um incentivo em buscar a perfeição naquilo que estamos realizando. Se recebermos o prêmio supremo não nos animamos em buscar melhorar a nossa performance. Não é assim na vida cristã? Se tudo fosse um mar de rosas seria uma chatice só! Mas, não. Deus deu a Adão e Eva a oportunidade de escolha. Por escolher errado, deu no que deu. Mas o Senhor nos deu um escape. Deus, em sua suprema sabedoria nos dá momentos de alegria alternando com a tristeza. Tribulações? Glórias à Deus que as temos. Por elas, procuramos nos aperfeiçoar até atingirmos a estatura de um varão perfeito. Elas servem para o nosso crescimento espiritual. Se existem alguns profissionais medíocres é porque receberam incentivos por um serviço imperfeito, quando deveriam ser chamados a atenção para melhorarem um pouco mais. 9,5 incentiva a ir alem das expectativas, à buscar sempre algo mais, outras possibilidades... A nota 10 não. A nota 10 provoca isso: Mostra a satisfação, o prazer de acabado, pronto, preparado, quando não é assim. A vida é um constante aprimoramento, um constante aprendizado. Ninguém sabe tudo. Aprender sempre é uma condição do ser humano.
O Senhor os abençoe abundantemente.

Amém

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Planejar com sabedoria “Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos” Tiago 4.13. 27/09/2014

   
Em nossa vida aprendemos com os nossos pais e passamos, praticamente a planejar mil coisas ao mesmo tempo. Planejar é bom. É sadio, mas existem alguns critérios: Os pés devem estar no chão e o foco permanente nas possíveis dificuldades que advirão no meio do planejamento e, imprescindível: Não começar nada se não tiver dinheiro suficiente, senão o projeto fica pela metade. E isso não queremos que aconteça... Mas, olhando a carta de Tiago, as primeiras sílabas do versículo e a repreensão do apóstolo nos dão a impressão de que Deus não aprova o planejamento. Não é assim. Se houve um plano que Deus não tenha abençoado, não é porque ele negligenciou você nem porque Ele não o ama, mas porque não era a Sua perfeita vontade e aceitável para a sua vida. A vontade e os planos de Deus são perfeitos. Planejamento é algo que vale, inclusive, para a nossa relação com Deus, para o nosso relacionamento com a nossa família e em outras situações...  Com os nossos amigos e conhecidos. O homem espiritual planeja diferente do homem carnal: O carnal não considera Deus e confia somente em sua força, confia somente no seu potencial. Já o espiritual começa os seus planos entregando a direção deles ao Senhor. Ele considera-se frágil o suficiente pra saber que sem Deus nada é possível fazer. Planejar com sabedoria é um passo para conseguir o intento e tendo Deus na orientação, cem por cento do projeto já é sucesso. Todos os personagens bíblicos que entregaram seus caminhos e planos ao Senhor, tiveram sucessos nos seus intentos. Mas, o grande problema da humanidade é a autoconfiança. Não sabemos o que nos acontecerá daqui a pouco e, por muito menos muitos já quebraram e abraçaram grandes prejuízos financeiros por falta de um planejamento estratégico e por afastarem o Senhor de suas vidas e negócios. E o que é planejamento estratégico? Simplesmente a formulação de objetivos para programas de ação para a sua execução levando em conta as condições internas e externas da empresa/negócio e a sua esperada evolução. Os grandes e médios empresários gostam de delegar poderes às vezes a pessoas sem preparo técnico para desempenhar determinadas funções de comando dentro de uma empresa e, por isso, acabam enfiando os pés pelas mãos e levando tudo para o fundo do poço. Isso acontece também com a Igreja. Se não houver um planejamento sucessório acontece do mesmo jeito. É como uma empresa familiar: Os filhos devem ser preparados desde cedo para suceder o fundador. Porque se não... Com isso não só a empresa perde. Perde a comunidade como um todo. Tudo que estiver no entorno daquele empreendimento sai perdendo. Sendo assim, é primordial o planejamento consciente. A Palavra de Deus tem todos os subsídios necessários para o homem obter sucesso sem precisar usar de subterfúgios para conseguir o “sucesso” a qualquer preço. Ele sabe o que é bom para nós e não nos deixará “quebrar a cara” na primeira esquina da vida.
O Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!