Alguns anos atrás, quando se falava em “Igreja”, tanto
pregadores quanto membros não saíam de casa sem estarem preparados
espiritualmente. E mesmo durante o culto, alguns se prostravam de joelhos e,
enquanto a celebração estava em curso, ficavam em constante oração. Quando tomavam o microfone, ou na falta deles
e a sua posição no altar, o fogo do Espírito se alastrava no meio do povo. Havia
uma comoção espiritual muito grande que atingia o não salvo e este, ficava
desarmado e acabava aceitando o apelo feito. Eram dias difíceis para a
propagação do evangelho, eram também dias difíceis para os pregadores do
evangelho como para os membros. Os pregadores da atualidade só sabem gritar e,
nem eles mesmos entendem o que estão pregando. Já vi muitos se embaraçarem com
versículos e personagens bíblicos. E os adoradores/cantores? Quando um adorador
tomava o microfone para adorar ao Senhor, o nosso coração se enchia de gozo, o
nosso corpo flutuava. Parecia que estávamos no céu. Hoje, quase não sentimos a
graça de Deus no meio do povo, pois o cantor está cantando por cantar, e o povo
está alheio e de olho vidrado em coisas que não agrada ao Senhor, porque a
maioria do povo não sabe se comportar dentro das igrejas. Hoje se prega a
Palavra de Deus para aparecer ou ganhar dinheiro, canta-se para se mostrar e
gravar CDs, mesmo que não cante nada. Ninguém quer aparecer e se mostrar para o
Senhor e sim sensualizar-se uns para os outros. Viramos copistas e não
legítimos adoradores. É uma pena. Quem sai perdendo somos nós mesmos que
desprezamos a chance de estarmos mais íntimos de Deus. Quem ganha com isso?
Aquele que está por trás de toda confusão, toda imitação. A função dele?
Administrar a nossa bagunça. No dia que voltarmos sinceramente para o Senhor,
no dia que focarmos a nossa mente em Cristo, muita coisa pode acontecer não só a
nós mesmos, mas, a todos aqueles que nos cercam. Só então voltaremos a ser verdadeiros
adoradores...
Blog voltado para o público com desejo latente de servir com total desprendimento ao cordeiro imaculado e santo e a autoridade do Leão da Tribo de Judá
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
domingo, 2 de novembro de 2014
A declaração de fé. Então, Maria, tomando uma libra de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento. (Jo. 12.3) – 02/11/2014
Uma lição que seria lembrada, não só pelos discípulos
da época de Cristo, como também por gerações de discípulos pelos séculos afora...
Aquela mulher, pelo uso do perfume, não era de pouca fazenda. Ganhara muito
dinheiro mercantilizando o seu corpo e era mal vista pelas pessoas ditas de “bem”.
Muitos ali estavam censurando-a por estar perto do Mestre, pois todos ali a
conheciam. Na visão deles uma criança não poderia aproximar-se de Jesus, quanto
mais uma... Prostituta. Ela era como uma doença contagiante: Ninguém queria
chegar perto dela, conversar com ela, nem sonhar... Dirigir-lhe a palavra era
se comprometer com a sociedade. Era totalmente discriminada. Uma pessoa excluída
como os usuários de drogas, bêbados e moradores de rua. Dificilmente um cristão
se aproxima dos tais por receio de ser confundido como um do meio. É muito raro
o evangelho chegar a essas pessoas. São consideradas o lixo da sociedade. Ninguém
liga para elas, ninguém se propõe a estender as mãos. Se aproximar deles e
tocar-lhes é como se corresse o risco de ser contagiado por seus pecados. Agora
essa mulher insignificante estava ali. Todos os olhares se voltam para aquela
figura que se aproxima do visitante. Timidamente curva-se aos pés de Jesus.
Naquela ação ela estava demonstrando a todos que, com todos os seus atributos físicos
e financeiros, pois acredito que era muito linda, senão não seria tão desejada
e, rica, por possuir em mãos um perfume caro como o nardo, não passava de um
monte de nada. Um frasco pequeno daquele perfume chegava a custar o salário de
um ano de um trabalhador. Ela não se importava com isso. Quantos frascos de
nardo ela possuía? Ao quebrar um desses frascos o conteúdo do mesmo era todo
derramado sobre o visitante. Não sobrava nada. Isso não impediu a sua adoração
e o choro que brotou daqueles olhos fôra de arrependimento. Aquele rio de lágrimas
era a sua alma se derramando das angústias, tribulações e martírios por que
passara. Ninguém é o que é por querer ser. Às vezes as circunstâncias fazem o ladrão.
O rosto bonito e o corpo esbelto não eram vantagem para aquela moça. Talvez
fosse até um empecilho para arrumar trabalho, talvez até uma afronta em meio a
uma sociedade medíocre. Sim, porque a sociedade e a lei exigiam que a cerimônia
de lavar os pés do visitante deveria partir do anfitrião. Quando chegava uma
visita, o dono da casa recebia o visitante com um beijo, em seguida providenciava
um criado ou ele próprio se curvava, tomava a água para os pés e ungüento para
perfumar-lhe a cabeça. Era a hospitalidade
da época. Maria se prostrou aos pés de Cristo para mostrar ao mundo que não existe
pecado algum que Deus não possa perdoar. Quando ela viu os pés do Mestre sentiu
a grandiosidade de um Deus que se fez pequeno para habitar no meio dos homens.
Nós não somos nada quando nos colocamos diante desse universo conhecido. A imensidão
desse espaço, que não tem medida plausível, cabe nas mãos desse Deus maravilhoso
que abdicou de sua glória para, por um espaço de tempo, vir viver a nossa vida,
conhecer as nossas necessidades e sentir as nossas dores. Jesus é um Deus de comunhão,
sublime e maravilhoso, porém humilde e acessível.
Que o Senhor os abençoe abundantemente
Amém!!!
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
O segredo do 10-12/10/2014
O nº 10 é mágico. Nas escolas fundamentais, médias e
universitárias, nos esportes, na vida... Todos buscam tirar uma nota 10. É o Máximo.
Significa que o aluno estudou com afinco, se entregou até as últimas
consequências, deixando de lado os divertimentos, o prazer de um fim de semana,
em busca dessa nota mágica. Nos esportes então? Significa que o atleta se
esmerou, deixando de lado coisas consideradas simples como uma reunião familiar
de fim de semana. A nota máxima é o vislumbramento de uma medalha de ouro. É a
suprema coroação do perfeito. Em todos os segmentos da sociedade, o
reconhecimento por um trabalho ou qualquer ação bem feita, nos vem a convicção de
que aquele ato merece uma nota 10. Mas,
a nota 10 provoca estagnação. A controvérsia é o 9,5. Ninguém quer tirar 9,5.
Ninguém quer ficar em segundo lugar. Ninguém quer a medalha de prata e ficar na
sombra. Todos querem a medalha de ouro. Todos querem aparecer. Mas, há um mistério
com a nota 9,5. Quando o aluno pega a sua prova com um 9,5, seus olhos
percorrem toda a página procurando ver em que errou para merecer aquela nota.
Às vezes pela falta de um ponto ou uma vírgula, questiona o professor. E o
mestre, olhando com atenção lhe diz: “Se eu te der um dez, você ficará
satisfeito, mas não se aprimorará, não ficará motivado a estudar mais um pouco.
E principalmente, não terá a atenção devida para fazer um bom, um ótimo
trabalho. E o 9,5 fará com você procure se superar cada vez mais e ir um pouco
além nas pesquisas”. Qualquer um de nós
tem que ter um incentivo em buscar a perfeição naquilo que estamos realizando.
Se recebermos o prêmio supremo não nos animamos em buscar melhorar a nossa
performance. Não é assim na vida cristã? Se tudo fosse um mar de rosas seria
uma chatice só! Mas, não. Deus deu a Adão e Eva a oportunidade de escolha. Por
escolher errado, deu no que deu. Mas o Senhor nos deu um escape. Deus, em sua
suprema sabedoria nos dá momentos de alegria alternando com a tristeza.
Tribulações? Glórias à Deus que as temos. Por elas, procuramos nos aperfeiçoar
até atingirmos a estatura de um varão perfeito. Elas servem para o nosso
crescimento espiritual. Se existem alguns profissionais medíocres é porque
receberam incentivos por um serviço imperfeito, quando deveriam ser chamados a
atenção para melhorarem um pouco mais. 9,5 incentiva a ir alem das expectativas,
à buscar sempre algo mais, outras possibilidades... A nota 10 não. A nota 10
provoca isso: Mostra a satisfação, o prazer de acabado, pronto, preparado,
quando não é assim. A vida é um constante aprimoramento, um constante
aprendizado. Ninguém sabe tudo. Aprender sempre é uma condição do ser humano.
O Senhor os abençoe abundantemente.
Amém
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