terça-feira, 4 de março de 2014

O amor de Deus por Israel-14/02/2014

“Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho”. (Os. 11.1)
O carinho de Deus por Israel, independente da sua índole obstinada, era indescritível. Com paciência e amor conduziu-o pelo deserto... Vemos nesse amor entre Deus e Israel, o amor de um pai amoroso para com o seu filho querido. Mesmo que esse filho se rebele ele sempre o amará. Assim é Deus com Israel. O castigo viria com certeza, como todo pai que castiga o seu filho e o ensina os bons princípios, mas em ambos os casos, o amor persistiria. Para chamar a atenção do povo, Deus usa o profeta como exemplo. E escolhe para ele uma mulher desprezível, indigna, uma meretriz... Difícil para Oséias? Como o Senhor sentiu em seu coração a traição de Israel? Do mesmo modo que a mulher de Oséias, Israel foi atrás de outros deuses para adorar. Deixou o Deus que o tirou do cativeiro e o conduziu pelo deserto com mão forte, com sinais e maravilhas e o traiu com os baalins... E Gômer foi seduzida do mesmo jeito...  O pecado quando atrai, ele não vem com enfeites horrorosos, vem com enfeites chamativos para tirar o foco do individuo. O pecado cega o entendimento... Após trair seu esposo, o deixa com dois filhos e uma filha e volta para a vida de pecado. Oséias, pesaroso e cheio de amor, a busca na lama do pecado sem resultado. Assim Deus vai atrás de Israel, mais por ser fraco e subjugado, enquanto as nações a sua volta eram imponentes e voltadas para a idolatria. Mas Deus não escolheu nenhum deles. Deus não escolheu a nação forte. Deus não escolheu a nação rica... “Escolheu uma criança frágil, escrava no Egito, uma criança desprotegida e só, que fabricava tijolos sem palha na sua terrível servidão e derramou sobre ela seu amor e bênçãos (Êxodo 3)”.
 Só que Israel tinha uma herança: Abraão, amigo de Deus. E como Abraão guardava os ensinamentos recebidos, esses ensinamentos foram passados por várias gerações até chegar àquele povo obstinado e rebelde.  Ainda que muitos não se lembrassem do Deus de Abraão, alguns com certeza guardavam no coração a esperança de liberdade. Israel era o povo de Deus e, como Seu povo, Ele os guardava. E amava...  Israel era uma nação ínfima diante das grandes potências da época. Um povo pobre e sem atrativos, mesmo assim, foi alvo do amor do Pai. Um povo esquecido no meio da poeira e da lama... Ainda assim, o Senhor estende as mãos e o levanta do pó da sua indignidade. Como um pai que ama os seus filhos e os defendem dos perigos, assim é o Senhor para com Israel. Assim como um pai faz planos de um futuro melhor para os seus filhos, assim é o Senhor para com a Sua Igreja. Amor incondicional... O que significa este amor incondicional? “É tão divino que nós humanos temos dificuldade até na compreensão desta expressão... É compaixão, compreensão, perdão, tolerância, desapego... É relevar com compaixão: As mágoas, as injustiças, as decepções...” O Senhor conduziu o seu povo por quarenta anos de murmurações e rebeldias, mesmo assim o amou com imensurável amor, perdoando os seus pecados, relevando suas murmurações e fazendo inúmeras declarações de amor: “Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus braços, mas não entenderam que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento” (Os. 11.3,4). Só um Deus Infinito agiria dessa forma. Mas, mesmo assim Israel continua tentando ao Senhor. “Não voltará para a terra do Egito, mas a Assíria será seu rei; porque recusam converter-se. E cairá a espada sobre as suas cidades, e consumirá os seus ramos, e os devorará, por causa dos seus próprios conselhos”. (Os. 11.6 e 7) E o Senhor, após várias tentativas de aproximação com o Seu povo para restaurá-lo como nação, finalmente sela o seu destino. E o Reino do Norte é levado cativo para a Assíria e nunca mais seria o mesmo. E por fim, na plenitude dos tempos, enviou o Seu filho, Jesus Cristo para morrer e reconciliar o Seu povo disperso. Mas Israel ainda terá uma chance: "Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição de graça” (Rm. 11. 5).
O Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!


sábado, 8 de fevereiro de 2014

Combatendo a aflição Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. Tg 5. 13 (08/02/2014)


Quando olho para a carta de Tiago, me vem à mente a visão de um Pastor ensinando aos seus membros acerca de coisas que raramente damos a devida atenção nos outros. É uma carta como nenhuma outra e, aqui, ele nos dá um pequeno lembrete.  Como irmão do Mestre, ele segue fielmente os ensinos de Jesus...  A aflição de espírito é uma coisa tremenda. Ela vem quando menos esperamos e nos deixa tristes, desesperançosos, esmagados e amargos e com uma solidão de doer a alma. Gostaríamos de sempre estar sorrindo, felizes, sem dores, sem preocupação alguma, mas não... Não é bem assim. Jesus disse que no mundo teríamos aflição, sentiríamos dores, angustias... Ficaríamos tristes... Há momentos em que pensamos até em desistir... Algumas pessoas reagem de maneira drástica, outras menos. Mas, no interior da gente ela age do mesmo jeito: A aflição de espírito nos fere de tal maneira que nos sentimos abandonados e que ninguém está disposto a nos estender as mãos. Sentimo-nos o último ser humano na terra... Nessas horas, levantamos os olhos aos céus e clamamos a misericórdia do Senhor.   Começamos a buscar a face do Mestre nos sentindo amados do Pai... E aí observamos que não só nós, mas outras pessoas estão passando pelo mesmo processo, pela mesma situação... Já para nos alegrar, bastam poucas coisas: Um sorriso, um carinho qualquer em forma de palavras... Um gesto de mãos direcionadas pelo coração... Um abraço... Isso nos faz bem, nos alegra a alma e aí cantamos... Louvamos ao Senhor por tudo que nos tem feito de bom... Por que as pessoas não se doam de verdade? Porque as pessoas são distantes umas da outras e cada qual por si? Se fossemos mais sociáveis, o mundo não seria o caos que é atualmente. As pessoas andam nas ruas com o coração aos pedaços e ninguém se oferece para juntá-los pedaço a pedaço. Estão mais interessadas no seu ego... Em satisfazê-lo em detrimento de outrem. As pessoas estão tristes e não enxergamos isso. É cada qual no seu quadrado, não é assim?  A aflição do próximo pode ser a minha. A dor do meu vizinho pode ser a minha. Por que não aprendemos a ajudar? Puro egoísmo! Estamos aflitos? Oremos. Estamos contentes? Cantemos. Mas, oremos também por aqueles que não sabem orar (como se nós soubéssemos), que não sabem como chegar perto de Deus (como se nós soubéssemos). E, se vamos cantar... Chame um irmão, um amigo e cante com ele. Alegrem-se em Cristo.  Encha a alma de alegria e alegre outras pessoas.  É isso que Tiago diz nas entrelinhas... Ele escreveu para os cristãos judeus, mas, servem principalmente para nós...
Que o Senhor o abençoe abundantemente

Amém!!!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O relacionamento com Deus-01/02/2014 Em apoc. 3.20 está escrito: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo”.

 Em toda a Bíblia, Deus nos mostra que quer ter um relacionamento com a sua criação. Relacionamento esse que foi quebrado no Jardim do Éden e restaurado na cruz de Cristo, mas ainda que fomos   reconciliados com Deus através de Jesus Cristo, o relacionamento com Ele ainda não foi restaurado totalmente. Relacionar-se com Deus é ter plena confiança N’Ele. É deixar-se levar sem se importar com as circunstâncias que a vida nos apresenta. Quando Jesus apareceu aos apóstolos andando sobre o mar, Pedro se adiantou e pediu ao mestre para ir até Ele andando também por sobre as águas. Não conseguiu. Por quê? Porque o seu relacionamento com o Pai estava quebrado.  Só tempos depois ele conseguiu restaurar o seu relacionamento e realizar milagres. Até então ele era só mais um. Como nós hoje. A igreja está perdendo o contato, esse contato precioso, por falta do nosso relacionamento verdadeiro com o Senhor da criação. “Eis que estou à porta...” Ele quer entrar e fazer morada permanente e não só alguns dias ou algumas horas... Ele bate e quer ficar e nós não temos forças para pedir que Ele fique. Temos que travar com o Pai, o diálogo parecido com aquele de Cantares: Uma hora era o noivo, outra hora era a noiva: Um buscava o outro por amor, com respeito, com responsabilidade e por necessidade...  Nós alijamos o Senhor dos nossos corações e colocamos lá dentro coisas e personalidades do mundo que não tem valor algum... Nós nos colocamos distantes e queremos, precisamos nos relacionar com Ele. Mas, só nos relacionamos com o Senhor quando sentimos uma dor profunda. E é só aí... Só aí que acontece: Uma dor profunda no coração da gente provoca uma necessidade profunda no coração de Deus: Ana pediu durante vinte e cinco anos por um filho... E Deus não respondeu durante vinte e cinco anos...  Vinte e cinco anos não são vinte minutos nem vinte horas, tampouco vinte dias... Vinte e cinco anos são vinte e cinco anos! E, com uma dor profunda no coração, ela pediu mais uma vez e ofereceu o filho que ainda não tinha ao serviço do Templo. E Deus o concedeu! Aleluia! Por quê? Por que viu a dor do seu coração em se despojar de um filho que ainda não havia concebido, em favor do Templo... Por que ela sabia que na presença de Deus, seu filho Samuel, estaria melhor do que com ela e Elcana. O que falta em nós é propósito para reatar o nosso relacionamento e abrir a porta do nosso coração. O que falta em nós é santificação. Disposição de servir, de estar com Ele e viver para Ele. E deixar que Ele viva em nós. Que maravilhoso seria se, ao chegássemos à igreja, o próprio Senhor Jeová nos recebesse à porta, como um diácono da igreja, nos abraçasse com um carinho enorme e dissesse: “Como Eu te amo! Estava esperando ansiosamente esse encontro com você!” Que bom seria! Que bom seria! Mas, nós não nos santificamos o suficiente para falar com Ele... Não nos santificamos para estar com Ele... Os escribas hebreus, ao recuperar as cópias dos rolos canônicos, se purificavam toda vez que a palavra YHWH aparecia no texto e eles tinham de copiá-la para um novo rolo. Alguns paravam e lavavam os pés e mãos e outros tomavam banho completo! Aí, voltavam e escreviam a palavra YHWH. E mesmo com todo esse cerimonial, com toda essa pompa, eles não conseguiram ter um relacionamento com Deus. Por quê? Porque Deus é santo. Ele é a própria Perfeição. E para se ter um relacionamento com Ele tem-se que chegar, no mínimo, perto disso. “... Se alguém ouvir a minha voz...” Pena. Ouvimos tantas vozes conhecidas e desconhecidas, confiamos até nas vozes de lobos travestidos de ovelhas... Mas, a voz do Pai... Não é conhecida de muitos irmãos por esse mundo afora. A voz do Pai não se faz ouvir dentro das igrejas, porque ali o que fala mais alto são os instrumentos musicais. E, Deus quer falar através de um hino e... Não ouvimos. Ele quer entrar em nós, mas, mantemos a porta lacrada com sete chaves: A malícia, a indiferença, a inveja, a fofoca, o adultério, a imoralidade, a mentira... Sem contar também com o falso testemunho, a injúria, a desconfiança, a falta de amor, o ciúme, a murmuração, a soberba e, por aí vai um festival de sandices que cometemos na presença do Pai Celestial. Quando nos preocupamos com nossos filhos e queremos o melhor para eles, nos subtraímos para que eles cresçam, nós estamos fazendo o papel que o nosso Pai exerce em todo o tempo: Ele se preocupa conosco e quer estar conosco, mas, não pode nem se aproximar de nós. Por quê? Por que estamos sujos, imundos... E, ao invés de nos limparmos, nos sujamos ainda mais. O filho pródigo estava sujo, imundo, se sentindo o último dos seres humanos, mas, quando se lembrou do seu pai... Levantou-se da sua inutilidade e... Voltou para casa. Voltou para o antigo relacionamento com o seu pai. Quando vamos voltar para casa? Quando vamos ter um verdadeiro e eterno relacionamento e ficar nos braços do Pai? Quando? Quando for tarde demais?
Que o Senhor nos desperte enquanto é tempo...
Amém