quarta-feira, 15 de abril de 2015

Crescemos à semelhança das crianças-10/10/2014


Se quisermos adorar em espírito e em verdade, precisamos redescobrir a capacidade de nos maravilharmos, a qual Deus colocou dentro de cada um de nós. Ela foi distorcida pelo pecado, de forma que nossas percepções foram confundidas. O oposto preciso de maravilha é ceticismo, e eu duvido que alguma vez  houve um  tempo mais caracterizado  por ceticismo que este em que vivemos. Se não tivermos cuidado, cairemos nesta armadilha. Afinal de contas, o ceticismo está no ar cultural que respiramos diariamente. A menos que você viva em uma ilha deserta, passa mais tempo exposto a atitudes céticas do que comendo ou se exercitando. Pense em nossos programas de televisão. Considere os filmes a que nossos jovens assistem e a música que pulsa em seus fones de ouvido.
Depois do dia 11 de setembro de 2001, houve muita discussão na mídia sobre “a morte da ironia”, mas na realidade pouco mudou. Há uma cultura do sarcasmo que tem, há décadas, se infiltrado em nossa mídia e chega até nós através de muitos de nossos líderes a fim de infectar a todos. Frequentemente digo que não vejo como um servo comprometido com Cristo pode manter uma atitude sarcástica a título de humor, porém temos muito poucos outros modelos diante de nós. Depois de um tempo, não nos maravilhamos mais com Oz, o Grande e Poderosos – estamos  esticando nossos pescoços para achar o pequeno homem encolhido atrás da cortina. Estamos certos de que deve haver um, pois tudo parece ser uma fraude ou subterfúgio. Enquanto o pregador está nos falando sobre Deus, estamos desejando saber quanto pagam a ele para pregar o sermão. O ceticismo é uma infecção mortal que corrói nossa habilidade pueril de sermos surpreendidos e nos maravilharmos. Ele corrói nossos canais de adoração, e esta é uma doença terminal.
Este não é um problema novo, naturalmente. Jesus enfrentou os céticos a cada esquina. Não só os fariseus eram incapazes de participar da experiência maravilhosa dos seus milagres e ensinos, mas até mesmo os seus próprios discípulos constantemente falhavam em alcançar um entendimento maior. Tantas das suas parábolas convidavam os seus ouvintes a se maravilharem ante a grandeza do Reino de Deus, mas quase todos não entenderam o essencial. Finalmente, como não pudessem ver o quadro maior, Ele lhes deu um pequeno. Pôs em seu colo uma criancinha. Os discípulos foram surpreendidos; eles achavam que as crianças não eram merecedoras do tempo do Mestre, e geralmente as mantinham à parte.
Mas Jesus, as chamando para si, disse: Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele. (Lc. 18.16, 17)
O tema principal aqui, naturalmente, é a humildade. (Mt 18.1-5, nos fala que os discípulos estavam discutindo – outra vez – sobre quem seria o maior no reino de Deus.  Todavia humildade e maravilha andam de mãos dadas. Nossa fé precisa ser pueril, não infantil. Precisamos redescobrir o temor de Deus. Muito do cristianismo contemporâneo, como nós percebemos, se refere a Deus em termos casuais, como o principal Melhor Amigo – o que, naturalmente, Ele é. Mas, se não tivermos cuidado, nós o colocamos do nosso tamanho. Então nosso Deus se torna muito pequeno.
Não precisamos de um Deus conveniente e compacto. Precisamos DaquEle que  faça nossos olhos brilharem com seu fogo e nos despeça como pessoas transformadas.  E precisamos deste Deus a cada momento do dia. (Jeremiah, David. O Desejo do meu coração. CPAD: Rio de Janeiro, 2006.) 

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