Com a benção da Trindade, o apóstolo
Paulo nos ensinou como devemos conviver. Na sociedade, como na igreja, somos
diferentes: Na cultura, na cor da pele, na situação financeira, nos gostos, nos
pontos de vista... E temos de conviver
com essas diferenças, pois se não fosse assim, o mundo seria um verdadeiro
campo de batalha. Um verdadeiro cabo de guerra. Do outro lado do planeta, as
guerras se sucedem porque um não quer dar razão ao outro. As opiniões se
divergem, mas a vontade de alguns poucos, querem descê-las garganta abaixo da maioria
sem dar chance de escolha. A democracia dá o exemplo: Milhões de pessoas,
diferentes uma da outra, convivem juntas, namoram e se casam sem conflitos,
pois entendem que, se alimentarem os conflitos vão acabar sozinhos. E ninguém
quer ficar só... Conflitos existirão por muitos anos, se Jesus não vier buscar
a sua igreja. E o amor, onde fica no meio de tudo isso? Amar é confrontar ideias,
voltar atrás, corrigir rotas e chegar a um lugar comum, pedir desculpas, mesmo
que o outro não aceite. E aí está a
graça. A graça do Senhor Jesus Cristo é a nossa aceitação da parte dele. Assim
como Ele nos aceitou, sem reservas, sem perguntas, sem cobranças, devemos
também estender essa graça para com os nossos semelhantes. Nós temos o grande
defeito de separar pessoas. Os que agradam, ficam do lado de cá. Os que não
agradam, ficam do outro lado e assim vamos vivendo e fingindo que estamos com a
salvação garantida. Graça é um presente de Deus em Jesus Cristo para nós. Quem
somos nós que amamos uns e aniquilamos outros? Que graça do Senhor está em mim
se não aceito meu semelhante do jeito que ele é? Com seus defeitos, porque eu
também tenho os meus; com suas manias, eu também tenho as minhas; com suas
fraquezas, como sou fraco! Mas, eu tenho em mim uma falsa santidade e quero que
meu irmão seja santo a qualquer custo não importa as lágrimas que, por ventura
ele venha derramar. A benção apostólica atinge um universo cristão enorme. Quando entendermos a mensagem, vamos agir
diferente... Vamos deixar os egoísmos e aceitar as diferenças dos nossos irmãos
porque um dia nós fomos eles. Lembram-se? Quantos de nós não se sentiram
acuados dentro da igreja com vontade de sair correndo sem olhar pra trás? Hein?
O que nos segurou na presença de Deus foi o Seu grande amor que não nos deixou
desamparados. E esse amor imensurável supera todas as barreiras, cura todas as
feridas, ameniza todos os sofrimentos, enxuga toda lágrima e nos dá a certeza
de termos paz com Ele. E a comunhão? Comunhão é confraternização. É o ato de
tomar parte, aceitar, participar, estar de acordo... Quando isso acontece em
nosso meio? Será que quando estamos reunidos, verdadeiramente estamos em
comunhão com nossos irmãos? O apostolo Paulo em sua carta aos Efésios 4. 1-6,
diz: Rogo-vos, pois eu, o preso do Senhor, que andeis
como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e
mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando
guardar a unidade do Espírito pelo vinculo da paz; há um só corpo e um só Espírito,
como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor,
uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e
por todos, e em todos. Formamos um único corpo. Ao invés de nos
concentrarmos naquilo que nos divide, devemos nos lembrar daquilo que nos une:
Um corpo, um Espírito, um Senhor, uma fé, um batismo, um Deus. Nós, somos
capazes de nos complementar uns aos outros através do amor de Cristo.
Que o Senhor os abençoe
abundantemente.
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