Tiago 4.1,2, 3 “Donde vêm às guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a
saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada
tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar, combateis e guerreais
e nada tendes, porque não pedis”. 25/05/2013
Os bancos das igrejas estão cheios de guerras,
pelejas, cobiças, invejas, etc... Ninguém vê, mas estão ali escondidos debaixo
de semblantes às vezes, carregado de consternação. Não conhecemos os nossos
irmãos nem o que passa em seus pensamentos, por isso, às vezes, há um
distanciamento na comunhão entre si. Muitos estão ali procurando uma
aproximação verdadeira, outros, buscam satisfação própria e outros ainda, estão
ali apenas como curiosos. O Espírito Santo nos mostra, através do apóstolo
Tiago, o que realmente estava acontecendo na igreja de Jerusalém. Às vezes, as
brigas, guerras e contendas não são contra ninguém mais que nós mesmos.
Guerreamos em nosso interior por muitos dilemas: Uma hora é a falta de emprego;
outra é a desunião em família; outra é o salário curto; outras vezes um irmão
recém-chegado na igreja, oriundo do submundo, aceita a Cristo e, logo depois
recebe uma oportunidade e estando lá na frente cantando, ficamos com inveja ou
até mesmo contra quem lhe deu a tal da chance de estar ali. Esquecemo-nos que
quem dá as oportunidades é o Espírito Santo de Deus. Ele sonda os nossos
corações e sabe quem é quem nos bancos da igreja. Às vezes também, são questões
que, naquela época eram culturais. Judeus e gentios discutiam costumes. Costumes
esses definitivamente elucidados no Concilio de Jerusalém. Como o apóstolo
enuncia em sua epístola, vêm de nós mesmos, do nosso interior. Como somos
cobiçosos e invejosos! Não alcançamos de Deus as graças porque estamos com o
coração cheio de imundícias do mundo lá fora. Esquecemo-nos também (e é o
principal): Há uma batalha espiritual tremenda a nossa volta. Se pudessem ver
com os olhos espirituais, muitos não se susteriam de pé ou até enlouqueceriam
ante a visão tremendamente fora da nossa compreensão humana: São anjos e
demônios numa luta eterna para proteger cada um de nós, servos do Deus
Altíssimo. Eu vi! Fiquei uma semana de boca aberta tentando entender a visão. Não
conseguia dormir direito, pois acordava sobressaltado! Eu era novo convertido e
essa experiência muito me valeu... A vida cristã não é brinquedo novo de
criança. É coisa seriíssima e dessa seriedade depende a nossa salvação. Os
crentes de Jerusalém, como já disse, disputavam muitas coisas entre si, pois
havia pessoas de costumes diferentes no rol de membros... Havia diferenças de
cultura, o modo de vida, etc. Hoje não é diferente. Hoje temos muitos
questionamentos. Ainda hoje, não aceitamos os diferentes modos de pensar de um
e outro. Mas, ao invés de deixar o culto fluir em nós, ficamos observando os
nossos irmãos: Como vivem, como se comportam... E nos esquecemos de nós mesmos.
Por falta do que fazer, metemos o nariz na vida do próximo e não cuidamos da
nossa. Estamos nos esquecendo de que
somos a igreja da última hora e que podemos perder tudo em poucos segundos. Quando
provados mostramos realmente quem somos. As provações servem para nos fazer
crescer, mas não as aceitamos de pronto. Ficamos questionando o tempo todo e
perdendo as oportunidades que Deus nos coloca à frente. O tempo que perdemos
guerreando contra nós mesmos e contra os nossos irmãos é o tempo em que
deveríamos estar de joelhos em oração por nós e por eles. Que benção, pedir e
receber! Só que estamos tão embevecidos em criticar, em observar, em fazer
julgamentos vazios que esquecemos o principal: Saber pedir e pedir com o
coração entregue ao Senhor. Mas os
nossos olhos estão fechados... Fechados para Deus. Se abríssemos os nossos
olhos veríamos coisas inefáveis, como diria o amado irmão Paulo, de Tarso. Mas,
as coisas do mundo são por demais fascinantes e não nos deixam perceber a
presença de Cristo, o Seu perfume, a Sua voz... Porque? A televisão com suas
novelas, filmes e programas são levados para o culto nos pensamentos dos membros.
A internet anda em nossas mãos, nos celulares, tablets e smartphones. Sem
contar que esses aparelhos são levados para o culto e com seus sons estridentes,
ao chamar em pleno culto, tiram a atenção de todos... Tudo isso, misturados a
outros problemas, transformam uma reunião gospel numa batalha espiritual interna
e sem limites. E aí, começam as guerras, começam as pelejas. O nosso eu quer
sair e ir embora, fugir dali não sei pra onde, mas o Espírito Santo ainda nos
dá uma chance... Chance de recomeçar. Chance de voltar aos primeiros rudimentos
da fé. Será que conseguiremos? Ou será que abandonaremos tudo o que passamos
por amor a Cristo e voltar atrás? Nós somos humanos e como humanos temos as
nossas dificuldades de aceitação no primeiro momento. Mas, que tal sermos
crianças? A Bíblia nos exorta a ser como elas. Elas aceitam-nos de coração
aberto sem reservas, sem julgamentos... Vamos tentar imitá-las? Só assim
acabam-se as pelejas e guerras, as disputas em nosso meio: Quem prega melhor,
quem canta e ensina melhor, quem dirige melhor o culto... Tudo isso esvazia a
nossa ânsia de chegarmos a Deus. Onde vamos parar? Aceitamos a Cristo para
vivermos em Cristo ou para disputar posições? O nosso alvo é o céu ou não temos
alvo algum? Como crentes em Cristo temos deveres e o principal deles é um
mandamento do Senhor: Amar ao próximo como a si mesmo...
O Senhor os abençoe abundantemente,
Amém!!!