sábado, 12 de novembro de 2016

Mariana - Rio Doce - Agonia-26-10-16

 Mais uma vez estamos à beira de outra tragédia. O estouro da barragem de Fundão em Mariana, que matou 19 pessoas, destruiu várias cidades e dizimou o Rio doce, novamente ameaça. Enquanto todos ficam de braços cruzados, a tragédia se anuncia como um fantasma permanente na vida das pessoas. Não apenas os ribeirinhos foram afetados, mas toda a nação sofre com esse sinistro que foi o maior acontecido no mundo, com respeito às mineradoras.  O desastre mexeu com uma das economias mais rentáveis e imprescindíveis dos municípios por onde passa o rio. Centenas de pessoas que dependem do pescado foram prejudicadas e, não só os pescadores, mas o comércio também foi afetado.
Destruir um rio é destruir vidas. Quando olhamos para o rio doce, chegamos à triste conclusão de que ele não se recuperará nessa geração e nem na próxima, isso na opinião dos mais otimistas. O quadro é trágico, mas todos agem como se não tivesse a menor importância e nem ligam para o sofrimento alheio. Afinal, não é o bolso deles que está em perigo... A cena de um rio, outrora vivo e esplendoroso, com centenas de peixes mortos boiando em meio à lama, chocou, não só  a nós os capixabas, mas todo o país e também o mundo. Hoje assistimos espantados que nenhuma ação concreta está sendo feita para estancar a ganância. O que vemos é decretação e mais decretação de multas que parecem não surtir nenhum efeito conclusivo. Daqui a pouco a mineradora volta a operar, trazendo mais riscos à população que está sendo alocada em outro assentamento.
Se empresas que cometem crimes ambientais fossem embargadas e impedidas de funcionar, outras não iriam pelo mesmo caminho destruindo a natureza e destruindo vidas. O que impede essa ação é o assédio do dinheiro que antes de cegar o entendimento, enchem os olhos cobiçosos. Até parece que ficam torcendo para acontecer tais coisas para encher os cofres públicos de money: Dinheiro no bolso, dane-se os outros.

A barragem de Fundão ainda está escoando lama e prestes a estourar novamente. Basta apenas uma chuva torrencial na região. Se isso acontecer, todos os planos à longo prazo estarão perdidos e o rio doce... Nunca mais.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Lágrimas de amor - Jesus chorou-João 11.35

 Algumas pessoas imaginam um Jesus austero, um Jesus sisudo, um Jesus sempre pronto a castigar, distante...  O nosso Jesus é sim rígido no que diz respeito à santidade e ao pecado, mas acima de tudo, carrega em si a nossa humanidade, pois carregando as nossas dores e fraquezas, sentiu na pele o nosso sofrimento, sentiu na pele o nosso horror e se colocou numa cruz por nossos pecados. O nosso amado Mestre está sempre perto, bem do nosso lado prestando atenção em todos os detalhes, vendo as nossas ansiedades, nos confortando nos momentos em que pensamos até em desistir... E quão triste Ele fica quando deixamos a Casa do Pai... Por isso, quando chorou estava antevendo como seríamos, qual seria o nosso comportamento com nossos irmãos da fé, quando o clima fica um pouco conturbado. Muitas vezes, não suportando a dor, vem a tristeza e o choro. E Ele está sempre perto escutando as nossas lágrimas e colhendo-as... Quando alguém chora, o coração está se derretendo de tanta tristeza... A alma está de tal maneira triste que se desmancha em lágrimas... Tantas coisas deixaram o coração do mestre pesaroso, por isso chorou. Chorou de tristeza por Jerusalém, pois ao entrar na cidade “viu” o seu cerco e a sua destruição anos depois e pelas almas que pereceriam, (no ano 70 da era cristã, no cerco da cidade pelos soldados romanos). Chorou também pelo sacrifício que estava prestes a passar pela humanidade, para livrar do cativeiro do pecado o homem pecador e, selar definitivamente na cruz a nossa dívida (Cl. 2.14). Chorou por aqueles que ali estavam bajulando-O nos dias bons e que na hora do perigo O abandonariam. Ele sabia que O abandonariam. Chorou silenciosamente pelos que o negariam... Chorou com a alma. As lágrimas caíram sorrateiras, silenciosas... E o Pai escutou. Ouviu aquelas gotas silenciosas e o confortou. Não passou D’Ele o cálice, mas o confortou. Uma lágrima, por mais silenciosa que seja Ele ouve. E pega essas gotículas minúsculas e transforma em diamantes preciosos. Jesus chorou por Lázaro, seu amigo de longa data, por mim, por você... Chorou, ao olhar pelos séculos adiante, e ver-nos rebeldes e relutantes em aceitá-lo. Chorou porque, sendo enfermos espirituais, esnobamos a sua presença em nós. Chorou por nós que O aceitariam e O negariam no primeiro momento de aflição.  Derramou as lágrimas no passado por um povo para quem estendera as mãos constantemente e esse povo lhe virou as costas. Um povo tirado da escravidão, pequeno, pobre e sem perspectiva de nada, se não fora o Senhor, não existiria. (Mas, mesmo assim ainda existe uma esperança para eles). Chorou pelas vidas futuras que o trocariam, não por trinta dinheiros, mas por um prato de lentilhas, a saber, as drogas e seus derivados, a prostituição e suas mazelas, os vícios e suas doenças... Tudo isso O fizeram entristecer. Tudo isso tocou o Seu coração fazendo-O derramar as lágrimas, pois as lágrimas traduzem o que vai à alma. Jesus sentiu o nosso coração, as nossas dores e angústias e se desmanchou.  Foram lágrimas benditas, as lágrimas de Jesus.
Que o Senhor os abençoe abundantemente
Amém!!!


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego-Rm 1.16-04-06-2016


O evangelho de Nosso senhor Jesus Cristo é poderoso, pois através dele muitas almas alcançam a salvação e muitas enfermidades são curadas, muitas vezes até durante a pregação da palavra.  O mundo está imerso no pecado e, por isso, carente de ouvir as boas novas do evangelho. Creio que se todos os crentes se juntassem numa só força e propósito muitas almas se salvariam, mas muitos se acovardam. Falta-lhes a cosmovisão que tinha o apóstolo Paulo. Falta mais fé, pois bastava apenas um clamor sincero e o inimigo de nossas almas cairia por terra. Na guerra têm os que vão e os que ficam atrás. Nenhum é mais importante que o outro. Os que estão à frente da batalha correm tanto perigo quantos os que ficam na retaguarda. O ataque inimigo é feroz do mesmo jeito e intensidade.  Não podemos ir todos e, os que ficam que fiquem em oração, vigilantes em todo o tempo que os outros estiverem no campo de batalha. Lembram-se de Moisés na batalha contra os amalequitas? Enquanto Israel lutava, onde estava o líder dos hebreus? Porventura não estava no cimo do Monte com os braços erguidos ao céu clamando ao Senhor? Quando ele cansava e deixava os braços cairem, Israel era suplantado. Quando erguia novamente, o povo de Deus ganhava alento. Foi preciso Hur e Aarão suster seus braços levantados pra que o povo do Senhor ganhasse a guerra. Que isso quer dizer?  Quer dizer que a união no clamor, na intercessão faz um efeito tremendo.  Não fosse a ajuda providencial de Hur e Aarão a história do povo de Deus seria outra. Se imaginássemos o que éramos antes de conhecer essas boas novas, correríamos a levá-las aos que necessitam de cura, conforto e salvação. O homem estava perdido, num mundo devastado pelo pecado, mas o Senhor teve misericórdia e o levantou do pó da terra e fez nova criatura.  A busca de Deus pelo homem pecador começou com o envio de Abraão, tirando-o do meio do seu povo para levá-lo a uma terra desconhecida. Com esse gesto, o nosso Deus nos fez vislumbrar, através do patriarca, um mundo novo. Um mundo diferente. Mas, com a indiferença de Israel o Senhor voltou os olhos para nós os gentios. E o evangelho, regado com muitas lágrimas, sendo a expressão da graça de Deus manifestada em Jesus Cristo, nos alcançou através dos apóstolos. E o apóstolo Paulo, enviado pelo Espírito Santo, não sentiu vergonha desse evangelho e o expandiu pelos quatro cantos do mundo antigo. Mas, muitos cristãos, diferentes dele, tinham e têm vergonha do evangelho. Alguns se escondem nele para alcançar vantagens. Mas, por esse mesmo evangelho, o amado servo do Senhor foi açoitado, humilhado, passou fome, frio, acusações, privações... E nem assim calou a sua voz. Levou-a por muitos lugares distantes, bem longe, para tirar da escravidão vidas preciosas, mesmo que para isso, tivesse que ser preso. E, através de sua prisão, ganhou muitas almas para o Reino de Deus, creio até que muito mais do que quando estava livre.  Muitos ainda se esquivam de ouvir os sermões e o apóstolo disse bem em suas palavras, inspiradas pelo Espírito Santo: “O deus deste século cegou o seu entendimento...” Cegando-lhes o entendimento, tira também o discernimento espiritual com filosofias descabidas e falsos ensinamentos fazendo-os crer que podem tudo. O antagonismo entre a fé e a razão é imenso. A fé diz para crer somente, independente das circunstâncias. Já a razão, questiona e põe milhares de obstáculos entre uma questão e outra, preferindo ficar do lado da ciência. O evangelho de Cristo tem o poder de deitar no chão todas as razões e as retóricas dos que se dizem inteligentes, dos que se dizem sábios, pois a visão dos que se dizem especiais nada é senão pura ilusão. Pois a visão abre a mente para o entendimento. Satanás sabendo disso e, o sabe muito bem, cegou o entendimento dos homens para que eles não enxergassem as verdades do evangelho, pois sabendo a verdade alcançam a liberdade de espírito. Assim como Paulo, não devemos ter vergonha do evangelho, pois esse mesmo evangelho penetrou em nossas entranhas como lanças embravecidas, espadas frementes, flechas ensandecidas, serrotes furiosos e outras ferramentas empunhadas por mãos de loucos endemoniados. Ceifaram a vida dos mártires que levaram as mensagens divinas por lugares distantes, sem ter a certeza que voltariam. E muitos não voltaram, pois foram covardemente martirizados. Nós fazemos parte de um povo vitorioso, pois o nosso Deus é Vitorioso. Cada um de nós tem uma tarefa no corpo de Cristo. Cada membro do nosso corpo tem uma função, mas todos em conjunto transformam a obra do Senhor em uma máquina maravilhosa. Um braço sozinho pode alguma coisa? Ou a mão, o pé, os olhos, os rins, o fígado... ? O conjunto de órgãos faz o corpo funcionar e a união dos crentes faz a noiva de Cristo triunfar. E cada um, desempenhando o papel que lhe couber na obra, fará a diferença.
Que o Senhor os abençoe abundantemente,
Amém!!!


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