quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A armadura de Deus



 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo: (Ef. 6.11).
As potestades do mal são fortes e o seu alvo principal são o povo de Deus. Alguns cristãos deixam a vigília permanente e abrem rupturas perigosas no seu relacionamento com o Altíssimo. Por isso são atacados no contra pé. O inimigo de nossas almas sabe o que está reservado para nós e, de maneira alguma deseja que alcancemos as mansões celestiais. Por isso, não devemos nunca nos esquecer de que estamos numa batalha feroz, onde a nossa salvação está em jogo. E nesse jogo, quem baixa a guarda perde. Um soldado, quando vai para a batalha, não desvia o seu foco do alvo. Ele vai em frente e, nada e nem ninguém o desvia da rota. Enquanto que nós, estamos olhando para os lados ou para traz, esquecendo que o passado já foi... Já aconteceu. O que interessa agora é o hoje, o momento presente. E no momento presente existe um regimento de milhares de entidades malignas tentando derrubar-nos e nos tirar da presença do Pai. E o que fazemos? Jejuamos? Oramos? Fazemos estudo da Palavra? Vigiamos?  Não! Não! Não! Brincamos de faz de conta. Faz de conta que sou crente...  Faz de conta que sou filho de Deus... Faz de conta que sou membro de uma igreja... Estamos perdendo muito tempo com brincadeiras. Estamos perdendo contato. Estamos perdendo terreno. Perdendo a espiritualidade... Onde vamos parar? Revestir-se da armadura de Deus significa se apossar da provisão da cruz e do sacrifício de Cristo. Significa renunciar ao “eu” e deixar-se conduzir pelo Espírito Santo. A nossa batalha será vitoriosa no momento que reivindicarmos a presença do nosso General para nos conduzir nessa luta. Só Ele nos garante a vitória. Já existem muitas meninices por aí. Não vamos fazer mais uma... A nossa vida é preciosa aos olhos de Deus. O crente em Cristo é nova criatura e como novas criaturas, estamos em guerra constante contra os principados e potestades. O amado apóstolo, inspirado pelo Espírito Santo, nos brinda com uma pérola, como sempre, de grande valor: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus...” Como dispomos essa armadura? Na cabeça, o capacete da salvação para não permitir que nada atinja nossa mente; no peito a couraça da justiça, para proteger o nosso coração e mantê-lo limpo diante de Deus; no braço o escudo da fé para rebater as inverdades e as calunias do inimigo; na mão, a espada do Espírito, para defesa da nossa fé, a Palavra de Deus; na cintura, o cinturão da verdade. Sem o cinto a armadura não se sustém. É a verdade de Deus, no coração e mentes do cristão, contra as mentiras de Satanás; nos pés os sapatos da preparação do evangelho. O cristão deve estar pronto ao ide de Jesus, mas envolto com a armadura. Um guerreiro, quando veste a sua armadura, está protegido da cabeça aos pés, das flechas, lanças e quaisquer dardos que lhe lançarem. Sai para a batalha confiante que não será atingido. E nós? Confiamos ao ponto de deixar tudo nas mãos D’Aquele que se entregou por amor à nós? Estamos convictos da vitória? Estamos fortalecidos na oração? Cada dia que passamos na presença do Senhor é um dia próspero. E cada dia longe D’Ele é um dia perdido.
Quando olho a vida do profeta Elias, vejo quão distantes estamos daquilo que chamamos intimidade com o Senhor. Muitos pensam que orar ao Senhor e receber D’Ele uma benção os fazem íntimos do Mesmo. Não é bem assim. Deus concede a benção por misericórdia, não por merecimento. Entre pedir e receber acontecem muitas coisas que nos fazem esquecer do Deus que servimos. Entre pedir e receber nos afastamos do Senhor. Ele usa de Sua Infinita misericórdia para nos abençoar. Então? As palavras do Mestre nos exortando a “orar sem cessar” não quer dizer uma oraçãozinha de trinta minutos e pronto! Quer dizer “em todo tempo sejam alvos os teus vestidos; e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça” Ec. 9.8. Em todo tempo o homem e mulher, servos do Senhor, devem estar ligados ao céu. Em todo tempo, seja na fartura ou na falta do pão, na saúde ou na falta dela o crente deve estar com o pensamento no Deus vivo. Mas o crente só lembra-se de prostrar-se aos pés da cruz no tempo de crise financeira, no momento que a saúde definha ou as prateleiras começam a racionar os alimentos. Para se conseguir um emprego em determinada empresa, às vezes o telefone nem descansa na base. Porque é diferente na vida espiritual? Quando queremos uma benção, em todo tempo e fora de tempo estamos em continua oração/petição. Depois de recebida a resposta, o chão quase ou nunca beija nossos joelhos para, pelo menos... Agradecer!
 Com a armadura, não é para irmos a qualquer lugar sem discernimento. A armadura é para nos dar ânimo e coragem para prosseguirmos no caminho, é para nos proteger das astutas ciladas das trevas. A armadura, além de nos dar proteção, ensina-nos a adorar. Ensina-nos a viver a verdadeira intimidade com o Senhor. A oração também é adoração.
Amém!!!
Que o Senhor os abençoe abundantemente.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O mendigo


 O mendigo 
Ele chegou estranhamente enrolado num cobertor velho. Na cabeça um gorro de frio, luvas poidas nas mãos, sandálias nos pés os quais tinham um par de meias de modelos diferentes, uma em cada pé. Segurando numa das mãos e jogados às costas um saco de lixo e na outra, um copo de plástico de 500 ml vazio. Sentou num dos bancos. Um dos diáconos tentou argumentar com rispidez e foi logo rechaçado (Não sabe lidar com gente). Enrolou o cobertor em volta do rosto cobrindo o nariz deixando apenas os olhos à mostra e ficou ali inquieto. Ninguém se aproximou para dar as boas vindas de praxe, um abraço... Mas, não senti, espiritualmente falando, nada de anormal no rapaz... Por essa razão não me preocupei quando um jovem adolescente se aproximou dele e sentou-se ao seu lado. A agitação momentânea abrandou-se. Aquela confusão interior esvaiu-se num instante. Aquele jovem tinha uma unção especial. Deus era com ele. Um copo de água... E o adolescente presto, foi logo buscar. O diácono pronto para voar em cima do visitante. E o visitante de olho no diácono. O jovem volta com a água solicitada e os dois conversam como dois conhecidos de longa data... A igreja de sobreaviso, não prestava muita atenção no desenvolver do culto e passa a observá-lo: Todos estavam incomodados com a sua presença... O mendigo suavizou o ânimo. De repente tentou sair da igreja, no que foi impedido pelo jovem rapaz que o animou a ficar: “Por acaso havia uma benção para ele naquele lugar...” Disse-lhe o jovem.
Aí eu pergunto: Pregamos o amor e o anunciamos no último volume da mesa de som, mas, onde ele está? Onde se escondeu que não o encontramos?  Será que foi por baixo dos bancos? Onde? Será que saiu correndo porta afora? Não sei. Só sei que ele faz falta nos últimos dias que nos restam. Jesus está prestes a vir buscar a Sua Igreja, a Noiva adornada e impregnada com o Seu perfume... E o amor... Se estrebuchando num estertor vai se desfazendo aos poucos. Daniel, em seu livro, diz que a ciência se multiplicaria e o amor esfriaria. Não apenas esfriou, mas, ficou gelado! Precisamos rever os nossos valores. Precisamos aprender a respeitar os nossos semelhantes. O mendigo citado era simplesmente... O pregador da noite. Foi uma bela surpresa. Todos ficaram de queixo caído. Somente o pastor sabia que ele estaria caracterizado daquela forma. A aparência não era das melhores, mas, surtiu o efeito desejado. Assim como passou despercebido nas ruas, na igreja... A condução para chegar até aqui?  Uma carroça.  Ninguém o aceitava. Ninguém queria lhe dar carona. Apenas um carroceiro... Lembra-se do Bom samaritano? Quem devia prestar socorro... Negou. E o menos provável aconteceu: Um samaritano parou e ajudou. A prova da falta de amor ele demonstrou... Na própria pele! E como demonstrou!  Pregou uma maravilha! A mensagem caiu como uma luva...  Pena que logo cai no esquecimento. Falta-nos um pouco de... Vergonha? Ou será... Distração? Será que as pessoas apenas fingem sentir amor? Falam dele sem ter intimidade com ele? Como diz mesmo em lª João 4.20, 21? Se alguém diz: ”Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E Dele temos esse mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão”. Como faz falta a leitura bíblica! Como faz falta a assiduidade na Escola dominical! Hã? Se fossemos assíduos em um e outro não cometeríamos essa falácia... Certo dia passei defronte a um templo e na placa frontal estava escrito: Aqui existe amor. Achei interessante o anúncio. Será verdade? Ou será apenas um chamativo para não perder os membros futuros? Amor...! À porta do templo sente-se abraçado pelo calor humano que emana lá de dentro, pois obreiros a porta incentivam as pessoas a participar do culto. Mas, e depois? Quando estivermos lá dentro esse mesmo amor vai continuar?  Os abraços fraternais permanecerão? Lembram-se das viúvas e órfãos? Ou será tudo uma estratégia de marqueting cristão? Quem viver verá...
O Senhor os abençoe abundantemente
Amém!!!

domingo, 25 de novembro de 2012

A graça nos livra do poder do pecado


Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? Rm 6.1
O pecado nos fere de tal maneira que nada no mundo é capaz de curar-nos... Se não fora o sacrifício do Nosso Senhor Jesus Cristo, estaríamos completamente desgarrados à deriva no alto mar da vida e num beco sem saída. Não havia ninguém que estendesse as mãos para nós. Quando o Senhor Jesus nos enviou o Seu Espírito Santo foi para nos convencer do pecado e nos consolar nas horas angustiantes em que o mesmo insiste em nos cutucar. E, se nos ferir com seus dardos envenenados, o Senhor é o bálsamo que unge as nossas feridas nos curando e restaurando a nossa fé, através do perdão. Os primeiros dias de conversão são um êxtase: Parece que estamos flutuando, parece que estamos nas nuvens... Depois, o amor entra numa geladeira, passa para o freezer e pronto: Está feito o desastre. Aí acontece o contrário. O pecado entra em nossa vida e vai destruindo, minando as nossas defesas e nos deixando completamente embriagados do vinho nefasto. A morte de Cristo foi um elo, nos ligando novamente ao Pai (elo outrora rompido por Eva, o verdadeiro pivô. Adão foi apenas coadjuvante... Mas, tem a sua parcela de culpa...). Quando O aceitamos, entregamos as chaves da nossa casa em Suas mãos. A partir de agora Ele é Senhor de nossas vidas. Ele adquiriu o direito sobre nós. Agora, imagine uma criança que você dá um presente: A criança fica feliz, eufórica, viajando de felicidade... Num segundo instante, tome o presente das mãos dessa criança: Ela fica desapontada, triste e pode até adoecer... Quando pegamos de volta as chaves que entregamos ao Senhor, Ele fica desapontado e triste... Penalizado: “Com amor eterno Eu te amei, também com amável benignidade te atraí (Jr 31.3b).”
Quando ouvimos estórias tristes, de casamentos desfeitos, casais abandonados... Dá para sentirmos como o Senhor fica quando O abandonamos. Como é possível, após conhecermos as maravilhas do amor de Deus, rejeitarmos esse amor e darmos as boas vindas ao pecado? O Apostolo Paulo nos alerta: “Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas e a morte (Rm 6.20,21)”.   É inadmissível o retrocesso. O pecado se apresenta de forma tão atraente e eficaz que poucos são os que o resistem.  Você já provou um prato daqueles... Irresistíveis? Pois é. O pecado é tão eficiente quanto. A gente começa a provar e de repente... O arrependimento já não nos faz efeito algum. Esquecemos que morremos para o mundo na crucificação de Cristo, pois fomos crucificados com Ele. O apóstolo nos afirma que, “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição (Rm 6.4,5).”
A justificação é uma graça que alcançamos da parte de Deus por nos ter enviado Jesus Cristo. E Ele se entregou em sacrifício por nós. Você já deu ou sofreu uma martelada nos dedos?  Doeu? Acho que não. Se tivesse doído, daria mais valor ao sacrifício do Nosso Amado Mestre... Os pregos penetraram em sua carne; os espinhos enterraram-se em sua fronte... Encenação? Alguns acham que sim. E você?  A graça do Senhor Jesus será abundante à medida que andemos de fé em fé e não abrimos espaços para o pecado.  A graça será abundante quando aceitamos suportar as aflições do caminho, por amor a Ele. E a graça perderá a eficácia e será nula, se porventura apostatarmos da fé. Não existe caminho mais excelente que esse. As dores que sofremos por amor a Jesus Cristo, pelo que Ele sofreu no calvário, nos dá a convicta certeza que entraremos no céu de glória. Não importam as lágrimas, o abandono dos amigos, parentes... Nada importa se estivermos com Ele bem juntinho a nós e nós, agarrados em Suas vestes. Experimente atravessar o rio. Falta pouco, pois, o grande deserto já ficou lá atrás. Vislumbre o céu. Ele é seu. Ele é nosso.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!