domingo, 9 de maio de 2010

Um novo nascimento


Mateus 2.1, 2 “ E, tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém, e perguntaram: Onde está aquele que é nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo”.
Provavelmente esses magos eram provenientes da região da Pártia, nas proximidades da antiga Babilônia. Na época do sonho do Rei Nabucodonosor, a estátua gigantesca, em que ele mandou chamar seus sábios e adivinhos para decifrá-lo o que não conseguiram, Daniel foi chamado e, pelo Espírito do Senhor, deu a interpretação do sonho.
Esses sábios eram alguns homens entendidos em Astronomia e andavam a estudar o céu e, estando próximos ao episódio, se interessaram pelas escrituras hebraicas passando de geração a geração as informações contidas ali.
Já a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal dá três versões:
1-Eram judeus que haviam permanecido na Babilônia depois do exílio e conheciam as predições do AT sobre a vinda do Messias.
2-Eram magos do oriente, que estudavam manuscritos antigos do mundo todo. Por causa do exílio judeu, séculos antes, obtiveram cópias do AT.
3-Receberam uma mensagem especial de Deus, que os guiaria até o Messias. Alguns estudiosos dizem que cada mago pertencia a uma região diferente e representam o mundo inteiro prostrado em adoração diante de Jesus. Esses homens, oriundos de terras distantes, reconheceram Jesus como o Messias, enquanto a maioria do povo escolhido de Deus em Israel não o fez. É preciso lembrar que Mateus retratou Jesus como Rei sobre o mundo inteiro, não apenas sobre a Judéia e o evangelista João afirmou que Cristo veio para os seus, mas estes não o receberam (Jo. 1.11).
Para algumas pessoas, a opção de viver uma vida cristã em santidade, separada do pecado, implica em viver numa redoma de longe de tudo como um ermitão nas cavernas da vida. Fecham o coração e não permitem que a paz reine em seu interior. Realmente, o cristão é separado de tudo que vai contra os princípios morais de Deus. Ele é Santo e importa que sejamos santos. Mas, esse trabalho é lento, gradual... Pois é o Espírito do Senhor que trabalha no coração daqueles que O aceitam como Senhor e Salvador e vai transformando de dentro para fora.
Nós nos achamos perfeitos e bons o suficiente para sermos salvos e ganhar o céu: damos esmolas, pagamos promessas, ajudamos os idosos a atravessar as ruas... Passamos a nossa vida inteira praticando boas ações... Que bonitinho! Só que o inferno, dizem estar cheio de pessoas bem intencionadas e praticantes de boas ações. Não bastam boas intenções e boas obras senão tivermos a fé (Tg2. 14 a 16). Jesus é o caminho e a porta pela qual devemos passar para chegar ao céu. Não existe outro caminho. Não existe outra porta...
Reconheço que às vezes é difícil, as coisas apertam um pouco... Mas, com Cristo tudo é suportável. Não se pensa em um mar cor de rosa e nem caminhos forrados de pétalas... Em Fp. 4.13, o apóstolo Paulo afirma: Posso todas as coisas naquele que me fortalece. O crente deve suportar muitos reveses por amor a Cristo, uma vez que já decretou ser Ele o Senhor da sua vida. Devemos dedicar ao Senhor todas as áreas de nossas vidas. Devemos dar a Cristo prioridade sobre nós, pois Ele é o nosso Rei e Senhor.
Quando aqueles magos foram até Jesus, representavam a humanidade carente de salvação. E eles foram até Ele. Muitos correm de Cristo: arrumam mil desculpas para não se prostarem aos pés da cruz. Jesus deve nascer em nossos corações a cada dia, a cada momento de adoração e ali fazer morada permanente.
Os magos não eram reis, mas, eram ricos materialmente e, depois que encontraram Jesus, tornaram-se ricos no espírito. Ofereceram ao recém-nascido ouro, incenso e mirra como sinal de adoração (era costume da época dar presentes) e renderam graças ao menino Jesus. Nós não temos essas ofertas, mas temos as nossas vidas despojadas de toda e qualquer nódoa que possa nos afastar do Mestre. Nossos problemas, preocupações e ansiedades devem ser deixadas diante do Senhor: “Não andeis ansiosos (ou estejais inquietos) por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças (Fp. 4.6)”. O que temos a fazer é deixar Jesus nascer em nossos corações. É nos examinarmos todos os dias e tirar as arestas que nos atrapalham. O menino Jesus nasceu criança para nos mostrar que devemos ser crianças no trato com nossos irmãos, sem contendas, sem malícias, sem segundas intenções. Esta é a posição do crente em Cristo Jesus! Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Perguntaram eles. Que lugar ocupa Jesus em sua vida, em nossas vidas?
Eles, os magos, não procuraram Jesus nos palácios, nas mansões ricamente ornadas dos oficiais das sinagogas ou dos oficiais romanos. Mas, foram direcionados a uma estalagem humilde e, numa manjedoura simples, ali estava o Rei dos reis, Senhor todo- poderoso, nosso Senhor Jesus Cristo, como um bebê de colo. Não havia príncipes, reis, rainhas ou algum estadista presente àquele momento. Mas, havia paz, amor... Havia beleza... Havia comunhão.
Hoje nós conhecemos a história, mesmo assim, endurecemos os corações e não damos oportunidade para Jesus entrar nele e fazer morada. Às vezes, Jesus está longe muito longe de nós, não porque Ele queira, mas, por ser rejeitado. Por não Lhe darmos o lugar de honra. Por não Lhe darmos a glória que pertence a Ele.
Aqueles magos, apesar de ricos e importantes em sua terra natal, se despojaram da posição social e prostraram-se diante da manjedoura onde estava o pequeno Rei dos judeus. Viemos a adorá-lo. Completaram eles. Que foi feito da nossa adoração? Onde está o nosso amor? Será que quando nos prostramos na igreja ou qualquer outro lugar e dizemos que estamos adorando ao Senhor, isso é verídico? Ou só estamos preenchendo o lugar de quem quer verdadeiramente adorá-lo? Estamos adorando de boca somente ou colocamos também o nosso coração na adoração? Como???
Se não fosse Jesus, hoje estaríamos completamente perdidos, desorientados como ovelhas sem pastor. Mas, graças a Deus que teve misericórdia de nós e olhou-nos com olhos de amor e prontificou-Se a perdoar as nossas falhas, nossos pecados. E mais: lançou tudo no mar do esquecimento, ou seja: não se lembrará jamais do que fizemos no passado.
Aceitar a Jesus é abrir o coração. É deixar a velha vida, os velhos costumes e manias. É sentir o Senhor nascendo em nosso coração e preenchendo as nossas vidas. Aceitar a Jesus é renunciar ao mundo e tudo o que nele há. É se colocar de frente para a cruz e seguir em direção ao céu, sem olhar nem para a esquerda ou a para direita. É nascer de novo...
Que o Senhor te abençoe e te guarde.
Amem!!!

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