Um discípulo... Uma cruz... Um destino. O discípulo de um Rabi, não era qualquer
pessoa. Ele deveria conhecer as Escrituras Hebraicas, memorizar as leis e ser o
aluno mais promissor do sistema de educação judaica para poder seguir a um
Mestre. Mas, Jesus vai contra os estereótipos da época e convida homens simples
e, de certa maneira com alguma aceitação na sociedade da época. Uma preocupação
d’Ele foi vislumbrar dentre as pessoas do meio em que pregava e separar alguns para
um aprendizado mais profundo. Antes de receberem qualquer incumbência ministerial, os
discípulos foram chamados para estar com o Mestre. Ele sabia que precisava
investir em suas vidas para transmitir-lhes princípios de retidão, fé e amor.
Somente um investimento bem planejado poderia fazer com que eles frutificassem
de forma satisfatória. Esses homens eram operários do dia a dia e
não desocupados ou rejeitados pela sociedade, como o rei Davi com os seus 400
valentes. Jesus conhecia de antemão a índole daqueles homens, mas eles também
sabiam que, ao seguir aquele homem, estavam colocando as suas vidas em perigo. Para
ser um discípulo há um preço à pagar, pois um discípulo é diferente de um
aluno. O discípulo passa a conviver com
o Mestre, andar com ele, seguir seus passos e, no caso de Jesus, mudança de
destino, de rumo, de vida. Seguir com Jesus é seguir para a morte, morte para o
mundo. É perder a liberdade. Seguir com Jesus é ter sempre a cruz diante dos
olhos. O verdadeiro discípulo é aquele que aprende para ensinar e pregar,
trazendo cura e libertação para as almas oprimidas pelo pecado. A escolha dos
doze prefigura a restauração do povo de Deus agora em torno de Jesus. Israel
havia se afastado de Deus e foi preciso o exílio para que enxergassem onde
estava a sua salvação. O povo de Judá foi escravizado na babilônia e, quando
retornaram procuraram por certo tempo seguir ao Senhor, mas logo o abandonaram
e rejeitaram. E o Senhor os espalhou entre as nações. As outras dez tribos
foram levadas para a Assíria. Perderam-se para os registros da humanidade.
Obviamente que não estão perdidas para Deus. No devido tempo o Senhor as
restauraram.
O Senhor os abençoe e guarde.
Amém