Trinta e oito anos!
Trinta e oito anos sob a dependência de alguém! Trinta e oito anos na esperança
de alcançar a benção! Geralmente não temos paciência de esperar pela resposta de Deus. Ao pedirmos uma benção
queremos o retorno imediato. Mas, esse homem esperou, pois não havia ninguém
que o ajudasse a entrar no tanque. Talvez tivesse falta de uma família.
Talvez... Mas, a questão é que ele estava ali, à espera de um milagre. E o
milagre acontecia sempre que o anjo agitava as águas e alguém entrava no
tanque: O milagre acontecia e a pessoa era curada de sua enfermidade. Alguns teólogos aventam a possibilidade de
não haver nenhum anjo que movimentava as águas. Mas, a Bíblia diz que havia um
anjo! Porque discutir isso? Se a Palavra de Deus diz, não há controvérsias. E
mesmo Jesus não contestou a multidão, logo... A questão é que o homem ficou
todo esse tempo à mercê da vontade de alguém ajudar. E ninguém se dignou a isso.
Ninguém estendeu a mão... E se
diziam seguidores da lei. Nós temos as nossas dificuldades, nossos problemas...
E necessitamos, às vezes, de ajuda. Olhamos para um lado e outro e ninguém se
dispõe a ajudar. Ninguém. Estamos caídos
no chão e nenhuma mão se estende para nos levantar. Cada qual preocupado com o próprio
espaço, não olha para o próximo que está no chão. E todos eram crentes, ou
melhor, pertenciam a uma comunidade conhecida como povo de Deus. Mas Cristo viu aquele homem. Diferente de Bartimeu que não enxergava, mas,
“viu” Jesus, Filho de Davi, o paralítico de Betesda não deixa transparecer que
conhecia Jesus. A emoção de andar, dar os primeiros passos em trinta e oito
anos é incontida. Mas, não só aquele homem necessitava dessa benção. Aquela
multidão também estava doente e tinha uma necessidade enorme de cura. Buscavam
a benção com ansiedade e ficavam ali em volta do poço por horas, dias e anos
seguidos, sem atentar que o dono da cura estava bem próximo, a um passo deles. Assim,
também o povo hoje, de maneira geral, percorrem longos caminhos em busca de
curas de doenças incuráveis num desespero de alma incalculável à beira de poços
imaginários, sem atentar que Ele está ali, bem juntinho, esperando apenas um
toque... A mulher que tinha um fluxo de
sangue provou isso... Provou que tinha fé. E foi curada. Jesus está bem perto, ao
alcance da fé, mas a humanidade incrédula não atenta para o fato de que Ele
veio para nos dar vida e vida em abundância. Aquele homem me representa ou
mesmo você. Nós temos as nossas atrofias e, ao invés de ir a Cristo, buscamos
alternativas vãs que levam anos para serem curadas, como o paralítico de
Berseba. Mas, como ele foi persistente recebeu a cura. De tanto ele insistir,
de confiar na misericórdia de Deus, um dia a própria misericórdia viva, Jesus
Cristo, veio e o encontrou! Glórias a Deus! Como é maravilhoso quando Jesus
toca no seu problema, na sua dor. Assim como o homem paralítico do tanque de
Berseba, espera no Deus da Providência. Ele se comove com a sua persistência. E
mesmo que não haja alguém disposto a ajudar a chegar ao tanque, não desista. Ele
sabe das nossas necessidades e, no tempo determinado Ele decreta a vitória.
Que o Senhor os abençoe abundantemente...
Amém!!!