quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O verdadeiro viver em Cristo - Tiago 4.1,2, 3 “Donde vêm às guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar, combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis”.

Os bancos das igrejas estão cheios de guerras, pelejas, cobiças, invejas, etc... Ninguém vê, mas estão ali escondidos debaixo de semblantes às vezes, carregado de consternação. Não conhecemos os nossos irmãos nem o que passa em seus pensamentos, por isso, às vezes, há um distanciamento na comunhão entre si. Muitos estão ali procurando uma aproximação verdadeira, outros, buscam satisfação própria e outros ainda, estão ali apenas como curiosos. O Espírito Santo nos mostra, através do apóstolo Tiago, o que realmente estava acontecendo na igreja de Jerusalém. Às vezes, as brigas, guerras e contendas não são contra ninguém mais que nós mesmos. Guerreamos em nosso interior por muitos dilemas: Uma hora é a falta de emprego; outra é a desunião em família; outra é o salário curto; outras vezes um irmão recém-chegado na igreja, oriundo do submundo, aceita a Cristo e, logo depois recebe uma oportunidade e estando lá na frente cantando, ficamos com inveja ou até mesmo contra quem lhe deu a tal da chance de estar ali. Esquecemo-nos que quem dá as oportunidades é o Espírito Santo de Deus. Ele sonda os nossos corações e sabe quem é quem nos bancos da igreja. Às vezes também, são questões que, naquela época eram culturais. Judeus e gentios discutiam costumes. Costumes esses definitivamente elucidados no Concilio de Jerusalém. Como o apóstolo enuncia em sua epístola, vêm de nós mesmos, do nosso interior. Como somos cobiçosos e invejosos! Não alcançamos de Deus as graças porque estamos com o coração cheio de imundícias do mundo lá fora. Esquecemo-nos também (e é o principal): Há uma batalha espiritual tremenda a nossa volta. Se pudessem ver com os olhos espirituais, muitos não se susteriam de pé ou até enlouqueceriam ante a visão tremendamente fora da nossa compreensão humana: São anjos e demônios numa luta eterna para proteger cada um de nós, servos do Deus Altíssimo. Eu vi! Fiquei uma semana de boca aberta tentando entender a visão. Não conseguia dormir direito, pois acordava sobressaltado! Eu era novo convertido e essa experiência muito me valeu... A vida cristã não é brinquedo novo de criança. É coisa seriíssima e dessa seriedade depende a nossa salvação. Os crentes de Jerusalém, como já disse, disputavam muitas coisas entre si, pois havia pessoas de costumes diferentes no rol de membros... Havia diferenças de cultura, o modo de vida, etc. Hoje não é diferente. Hoje temos muitos questionamentos. Ainda hoje, não aceitamos os diferentes modos de pensar de um e outro. Mas, ao invés de deixar o culto fluir em nós, ficamos observando os nossos irmãos: Como vivem, como se comportam... E nos esquecemos de nós mesmos. Por falta do que fazer, metemos o nariz na vida do próximo e não cuidamos da nossa.  Estamos nos esquecendo de que somos a igreja da última hora e que podemos perder tudo em poucos segundos. Quando provados mostramos realmente quem somos. As provações servem para nos fazer crescer, mas não as aceitamos de pronto. Ficamos questionando o tempo todo e perdendo as oportunidades que Deus nos coloca à frente. O tempo que perdemos guerreando contra nós mesmos e contra os nossos irmãos é o tempo em que deveríamos estar de joelhos em oração por nós e por eles. Que benção, pedir e receber! Só que estamos tão embevecidos em criticar, em observar, em fazer julgamentos vazios que esquecemos o principal: Saber pedir e pedir com o coração entregue ao Senhor.  Mas os nossos olhos estão fechados... Fechados para Deus. Se abríssemos os nossos olhos veríamos coisas inefáveis, como diria o amado irmão Paulo, de Tarso. Mas, as coisas do mundo são por demais fascinantes e não nos deixam perceber a presença de Cristo, o Seu perfume, a Sua voz... Porque? A televisão com suas novelas, filmes e programas são levados para o culto nos pensamentos dos membros. A internet anda em nossas mãos, nos celulares, tablets e smartphones. Sem contar que esses aparelhos são levados para o culto e com seus sons estridentes, ao chamar em plena pregação, tiram a atenção de todos. Tudo isso, misturados a outros problemas, transformam uma reunião gospel numa batalha espiritual interna e sem limites. E aí, começam as guerras, começam as pelejas. O nosso eu quer sair e ir embora, fugir dali não sei pra onde, mas o Espírito Santo ainda nos dá uma chance... Chance de recomeçar. Chance de voltar aos primeiros rudimentos da fé. Será que conseguiremos? Ou será que abandonaremos tudo o que passamos por amor a Cristo e voltar atrás? Nós somos humanos e como humanos temos as nossas dificuldades de aceitação no primeiro momento. Mas, que tal sermos crianças? A Bíblia nos exorta a ser como elas. Elas aceitam-nos de coração aberto sem reservas, sem julgamentos... Vamos tentar imitá-las? Só assim acabam-se as pelejas e guerras, as disputas em nosso meio: Quem prega melhor, quem canta e ensina melhor, quem dirige melhor o culto... Tudo isso esvazia a nossa ânsia de chegarmos a Deus. Onde vamos parar? Aceitamos a Cristo para vivermos em Cristo ou para disputar posições? O nosso alvo é o céu ou não temos alvo algum? Como crentes em Cristo temos deveres e o principal deles é um mandamento do Senhor: Amar ao próximo como a si mesmo...
O Senhor os abençoe abundantemente,

Amém!!!