Revesti-vos de toda a armadura de Deus,
para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo: (Ef. 6.11).
As potestades do mal são fortes e o seu alvo
principal são o povo de Deus. Alguns cristãos deixam a vigília permanente e
abrem rupturas perigosas no seu relacionamento com o Altíssimo. Por isso são
atacados no contra pé. O inimigo de nossas almas sabe o que está reservado para
nós e, de maneira alguma deseja que alcancemos as mansões celestiais. Por isso,
não devemos nunca nos esquecer de que estamos numa batalha feroz, onde a nossa
salvação está em jogo. E nesse jogo, quem baixa a guarda perde. Um soldado,
quando vai para a batalha, não desvia o seu foco do alvo. Ele vai em frente e,
nada e nem ninguém o desvia da rota. Enquanto que nós, estamos olhando para os
lados ou para traz, esquecendo que o passado já foi... Já aconteceu. O que
interessa agora é o hoje, o momento presente. E no momento presente existe um regimento
de milhares de entidades malignas tentando derrubar-nos e nos tirar da presença
do Pai. E o que fazemos? Jejuamos? Oramos? Fazemos estudo da Palavra?
Vigiamos? Não! Não! Não! Brincamos de
faz de conta. Faz de conta que sou crente...
Faz de conta que sou filho de Deus... Faz de conta que sou membro de uma
igreja... Estamos perdendo muito tempo com brincadeiras. Estamos perdendo
contato. Estamos perdendo terreno. Perdendo a espiritualidade... Onde vamos parar?
Revestir-se da armadura de Deus significa se apossar da provisão da cruz e do
sacrifício de Cristo. Significa renunciar ao “eu” e deixar-se conduzir pelo
Espírito Santo. A nossa batalha será vitoriosa no momento que reivindicarmos a
presença do nosso General para nos conduzir nessa luta. Só Ele nos garante a
vitória. Já existem muitas meninices por aí. Não vamos fazer mais uma... A
nossa vida é preciosa aos olhos de Deus. O crente em Cristo é nova criatura e
como novas criaturas, estamos em guerra constante contra os principados e potestades.
O amado apóstolo, inspirado pelo Espírito Santo, nos brinda com uma pérola,
como sempre, de grande valor: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus...” Como
dispomos essa armadura? Na cabeça, o capacete da salvação para não permitir que
nada atinja nossa mente; no peito a couraça da justiça, para proteger o nosso
coração e mantê-lo limpo diante de Deus; no braço o escudo da fé para rebater
as inverdades e as calunias do inimigo; na mão, a espada do Espírito, para
defesa da nossa fé, a Palavra de Deus; na cintura, o cinturão da verdade. Sem o
cinto a armadura não se sustém. É a verdade de Deus, no coração e mentes do
cristão, contra as mentiras de Satanás; nos pés os sapatos da preparação do
evangelho. O cristão deve estar pronto ao ide de Jesus, mas envolto com a armadura.
Um guerreiro, quando veste a sua armadura, está protegido da cabeça aos pés,
das flechas, lanças e quaisquer dardos que lhe lançarem. Sai para a batalha
confiante que não será atingido. E nós? Confiamos ao ponto de deixar tudo nas
mãos D’Aquele que se entregou por amor à nós? Estamos convictos da vitória?
Estamos fortalecidos na oração? Cada dia que passamos na presença do Senhor é
um dia próspero. E cada dia longe D’Ele é um dia perdido.
Quando olho a vida do profeta Elias, vejo quão
distantes estamos daquilo que chamamos intimidade com o Senhor. Muitos pensam
que orar ao Senhor e receber D’Ele uma benção os fazem íntimos do Mesmo. Não é
bem assim. Deus concede a benção por misericórdia, não por merecimento. Entre
pedir e receber acontecem muitas coisas que nos fazem esquecer do Deus que servimos.
Entre pedir e receber nos afastamos do Senhor. Ele usa de Sua Infinita
misericórdia para nos abençoar. Então? As palavras do Mestre nos exortando a
“orar sem cessar” não quer dizer uma oraçãozinha de trinta minutos e pronto! Quer
dizer “em todo tempo sejam alvos os teus vestidos; e nunca falte o óleo sobre a
tua cabeça” Ec. 9.8. Em todo tempo o homem e mulher, servos do Senhor, devem
estar ligados ao céu. Em todo tempo, seja na fartura ou na falta do pão, na
saúde ou na falta dela o crente deve estar com o pensamento no Deus vivo. Mas o
crente só lembra-se de prostrar-se aos pés da cruz no tempo de crise financeira,
no momento que a saúde definha ou as prateleiras começam a racionar os
alimentos. Para se conseguir um emprego em determinada empresa, às vezes o
telefone nem descansa na base. Porque é diferente na vida espiritual? Quando
queremos uma benção, em todo tempo e fora de tempo estamos em continua
oração/petição. Depois de recebida a resposta, o chão quase ou nunca beija
nossos joelhos para, pelo menos... Agradecer!
Com a
armadura, não é para irmos a qualquer lugar sem discernimento. A armadura é
para nos dar ânimo e coragem para prosseguirmos no caminho, é para nos proteger
das astutas ciladas das trevas. A armadura, além de nos dar proteção,
ensina-nos a adorar. Ensina-nos a viver a verdadeira intimidade com o Senhor. A
oração também é adoração.
Amém!!!
Que o Senhor os abençoe abundantemente.