Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça
seja mais abundante? Rm 6.1
O pecado nos fere de tal maneira que nada no mundo é
capaz de curar-nos... Se não fora o sacrifício do Nosso Senhor Jesus Cristo,
estaríamos completamente desgarrados à deriva no alto mar da vida e num beco
sem saída. Não havia ninguém que estendesse as mãos para nós. Quando o Senhor
Jesus nos enviou o Seu Espírito Santo foi para nos convencer do pecado e nos
consolar nas horas angustiantes em que o mesmo insiste em nos cutucar. E, se
nos ferir com seus dardos envenenados, o Senhor é o bálsamo que unge as nossas
feridas nos curando e restaurando a nossa fé, através do perdão. Os primeiros
dias de conversão são um êxtase: Parece que estamos flutuando, parece que
estamos nas nuvens... Depois, o amor entra numa geladeira, passa para o freezer
e pronto: Está feito o desastre. Aí acontece o contrário. O pecado entra em
nossa vida e vai destruindo, minando as nossas defesas e nos deixando
completamente embriagados do vinho nefasto. A morte de Cristo foi um elo, nos
ligando novamente ao Pai (elo outrora rompido por Eva, o verdadeiro pivô. Adão
foi apenas coadjuvante... Mas, tem a sua parcela de culpa...). Quando O
aceitamos, entregamos as chaves da nossa casa em Suas mãos. A partir de agora
Ele é Senhor de nossas vidas. Ele adquiriu o direito sobre nós. Agora, imagine
uma criança que você dá um presente: A criança fica feliz, eufórica, viajando
de felicidade... Num segundo instante, tome o presente das mãos dessa criança:
Ela fica desapontada, triste e pode até adoecer... Quando pegamos de volta as
chaves que entregamos ao Senhor, Ele fica desapontado e triste... Penalizado: “Com amor eterno
Eu te amei, também com amável benignidade te atraí (Jr 31.3b).”
Quando
ouvimos estórias tristes, de casamentos desfeitos, casais abandonados... Dá
para sentirmos como o Senhor fica quando O abandonamos. Como é possível, após
conhecermos as maravilhas do amor de Deus, rejeitarmos esse amor e darmos as
boas vindas ao pecado? O Apostolo Paulo nos alerta: “Porque,
quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele
tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos
envergonhais; porque o fim delas e a morte (Rm 6.20,21)”. É inadmissível
o retrocesso. O pecado se apresenta de forma tão atraente e eficaz que poucos
são os que o resistem. Você já provou um
prato daqueles... Irresistíveis? Pois é. O pecado é tão eficiente quanto. A
gente começa a provar e de repente... O arrependimento já não nos faz efeito
algum. Esquecemos que morremos para o mundo na crucificação de Cristo, pois
fomos crucificados com Ele. O apóstolo nos afirma que, “De
sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo
ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade
de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança da sua
morte, também o seremos na da sua ressurreição (Rm 6.4,5).”
A justificação é uma graça que alcançamos da parte
de Deus por nos ter enviado Jesus Cristo. E Ele se entregou em sacrifício por
nós. Você já deu ou sofreu uma martelada nos dedos? Doeu? Acho que não. Se tivesse doído, daria mais
valor ao sacrifício do Nosso Amado Mestre... Os pregos penetraram em sua carne;
os espinhos enterraram-se em sua fronte... Encenação? Alguns acham que sim. E
você? A graça do Senhor Jesus será
abundante à medida que andemos de fé em fé e não abrimos espaços para o pecado.
A graça será abundante quando aceitamos
suportar as aflições do caminho, por amor a Ele. E a graça perderá a eficácia e
será nula, se porventura apostatarmos da fé. Não existe caminho mais excelente
que esse. As dores que sofremos por amor a Jesus Cristo, pelo que Ele sofreu no
calvário, nos dá a convicta certeza que entraremos no céu de glória. Não
importam as lágrimas, o abandono dos amigos, parentes... Nada importa se
estivermos com Ele bem juntinho a nós e nós, agarrados em Suas vestes. Experimente
atravessar o rio. Falta pouco, pois, o grande deserto já ficou lá atrás.
Vislumbre o céu. Ele é seu. Ele é nosso.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!