sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O mendigo


 O mendigo 
Ele chegou estranhamente enrolado num cobertor velho. Na cabeça um gorro de frio, luvas poidas nas mãos, sandálias nos pés os quais tinham um par de meias de modelos diferentes, uma em cada pé. Segurando numa das mãos e jogados às costas um saco de lixo e na outra, um copo de plástico de 500 ml vazio. Sentou num dos bancos. Um dos diáconos tentou argumentar com rispidez e foi logo rechaçado (Não sabe lidar com gente). Enrolou o cobertor em volta do rosto cobrindo o nariz deixando apenas os olhos à mostra e ficou ali inquieto. Ninguém se aproximou para dar as boas vindas de praxe, um abraço... Mas, não senti, espiritualmente falando, nada de anormal no rapaz... Por essa razão não me preocupei quando um jovem adolescente se aproximou dele e sentou-se ao seu lado. A agitação momentânea abrandou-se. Aquela confusão interior esvaiu-se num instante. Aquele jovem tinha uma unção especial. Deus era com ele. Um copo de água... E o adolescente presto, foi logo buscar. O diácono pronto para voar em cima do visitante. E o visitante de olho no diácono. O jovem volta com a água solicitada e os dois conversam como dois conhecidos de longa data... A igreja de sobreaviso, não prestava muita atenção no desenvolver do culto e passa a observá-lo: Todos estavam incomodados com a sua presença... O mendigo suavizou o ânimo. De repente tentou sair da igreja, no que foi impedido pelo jovem rapaz que o animou a ficar: “Por acaso havia uma benção para ele naquele lugar...” Disse-lhe o jovem.
Aí eu pergunto: Pregamos o amor e o anunciamos no último volume da mesa de som, mas, onde ele está? Onde se escondeu que não o encontramos?  Será que foi por baixo dos bancos? Onde? Será que saiu correndo porta afora? Não sei. Só sei que ele faz falta nos últimos dias que nos restam. Jesus está prestes a vir buscar a Sua Igreja, a Noiva adornada e impregnada com o Seu perfume... E o amor... Se estrebuchando num estertor vai se desfazendo aos poucos. Daniel, em seu livro, diz que a ciência se multiplicaria e o amor esfriaria. Não apenas esfriou, mas, ficou gelado! Precisamos rever os nossos valores. Precisamos aprender a respeitar os nossos semelhantes. O mendigo citado era simplesmente... O pregador da noite. Foi uma bela surpresa. Todos ficaram de queixo caído. Somente o pastor sabia que ele estaria caracterizado daquela forma. A aparência não era das melhores, mas, surtiu o efeito desejado. Assim como passou despercebido nas ruas, na igreja... A condução para chegar até aqui?  Uma carroça.  Ninguém o aceitava. Ninguém queria lhe dar carona. Apenas um carroceiro... Lembra-se do Bom samaritano? Quem devia prestar socorro... Negou. E o menos provável aconteceu: Um samaritano parou e ajudou. A prova da falta de amor ele demonstrou... Na própria pele! E como demonstrou!  Pregou uma maravilha! A mensagem caiu como uma luva...  Pena que logo cai no esquecimento. Falta-nos um pouco de... Vergonha? Ou será... Distração? Será que as pessoas apenas fingem sentir amor? Falam dele sem ter intimidade com ele? Como diz mesmo em lª João 4.20, 21? Se alguém diz: ”Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E Dele temos esse mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão”. Como faz falta a leitura bíblica! Como faz falta a assiduidade na Escola dominical! Hã? Se fossemos assíduos em um e outro não cometeríamos essa falácia... Certo dia passei defronte a um templo e na placa frontal estava escrito: Aqui existe amor. Achei interessante o anúncio. Será verdade? Ou será apenas um chamativo para não perder os membros futuros? Amor...! À porta do templo sente-se abraçado pelo calor humano que emana lá de dentro, pois obreiros a porta incentivam as pessoas a participar do culto. Mas, e depois? Quando estivermos lá dentro esse mesmo amor vai continuar?  Os abraços fraternais permanecerão? Lembram-se das viúvas e órfãos? Ou será tudo uma estratégia de marqueting cristão? Quem viver verá...
O Senhor os abençoe abundantemente
Amém!!!

domingo, 25 de novembro de 2012

A graça nos livra do poder do pecado


Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? Rm 6.1
O pecado nos fere de tal maneira que nada no mundo é capaz de curar-nos... Se não fora o sacrifício do Nosso Senhor Jesus Cristo, estaríamos completamente desgarrados à deriva no alto mar da vida e num beco sem saída. Não havia ninguém que estendesse as mãos para nós. Quando o Senhor Jesus nos enviou o Seu Espírito Santo foi para nos convencer do pecado e nos consolar nas horas angustiantes em que o mesmo insiste em nos cutucar. E, se nos ferir com seus dardos envenenados, o Senhor é o bálsamo que unge as nossas feridas nos curando e restaurando a nossa fé, através do perdão. Os primeiros dias de conversão são um êxtase: Parece que estamos flutuando, parece que estamos nas nuvens... Depois, o amor entra numa geladeira, passa para o freezer e pronto: Está feito o desastre. Aí acontece o contrário. O pecado entra em nossa vida e vai destruindo, minando as nossas defesas e nos deixando completamente embriagados do vinho nefasto. A morte de Cristo foi um elo, nos ligando novamente ao Pai (elo outrora rompido por Eva, o verdadeiro pivô. Adão foi apenas coadjuvante... Mas, tem a sua parcela de culpa...). Quando O aceitamos, entregamos as chaves da nossa casa em Suas mãos. A partir de agora Ele é Senhor de nossas vidas. Ele adquiriu o direito sobre nós. Agora, imagine uma criança que você dá um presente: A criança fica feliz, eufórica, viajando de felicidade... Num segundo instante, tome o presente das mãos dessa criança: Ela fica desapontada, triste e pode até adoecer... Quando pegamos de volta as chaves que entregamos ao Senhor, Ele fica desapontado e triste... Penalizado: “Com amor eterno Eu te amei, também com amável benignidade te atraí (Jr 31.3b).”
Quando ouvimos estórias tristes, de casamentos desfeitos, casais abandonados... Dá para sentirmos como o Senhor fica quando O abandonamos. Como é possível, após conhecermos as maravilhas do amor de Deus, rejeitarmos esse amor e darmos as boas vindas ao pecado? O Apostolo Paulo nos alerta: “Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas e a morte (Rm 6.20,21)”.   É inadmissível o retrocesso. O pecado se apresenta de forma tão atraente e eficaz que poucos são os que o resistem.  Você já provou um prato daqueles... Irresistíveis? Pois é. O pecado é tão eficiente quanto. A gente começa a provar e de repente... O arrependimento já não nos faz efeito algum. Esquecemos que morremos para o mundo na crucificação de Cristo, pois fomos crucificados com Ele. O apóstolo nos afirma que, “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição (Rm 6.4,5).”
A justificação é uma graça que alcançamos da parte de Deus por nos ter enviado Jesus Cristo. E Ele se entregou em sacrifício por nós. Você já deu ou sofreu uma martelada nos dedos?  Doeu? Acho que não. Se tivesse doído, daria mais valor ao sacrifício do Nosso Amado Mestre... Os pregos penetraram em sua carne; os espinhos enterraram-se em sua fronte... Encenação? Alguns acham que sim. E você?  A graça do Senhor Jesus será abundante à medida que andemos de fé em fé e não abrimos espaços para o pecado.  A graça será abundante quando aceitamos suportar as aflições do caminho, por amor a Ele. E a graça perderá a eficácia e será nula, se porventura apostatarmos da fé. Não existe caminho mais excelente que esse. As dores que sofremos por amor a Jesus Cristo, pelo que Ele sofreu no calvário, nos dá a convicta certeza que entraremos no céu de glória. Não importam as lágrimas, o abandono dos amigos, parentes... Nada importa se estivermos com Ele bem juntinho a nós e nós, agarrados em Suas vestes. Experimente atravessar o rio. Falta pouco, pois, o grande deserto já ficou lá atrás. Vislumbre o céu. Ele é seu. Ele é nosso.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém (2ª cor 13.13).



Com a benção da Trindade, o apóstolo Paulo nos ensinou como devemos conviver. Na sociedade, como na igreja, somos diferentes: Na cultura, na cor da pele, na situação financeira, nos gostos, nos pontos de vista...  E temos de conviver com essas diferenças, pois se não fosse assim, o mundo seria um verdadeiro campo de batalha. Um verdadeiro cabo de guerra. Do outro lado do planeta, as guerras se sucedem porque um não quer dar razão ao outro. As opiniões se divergem, mas a vontade de alguns poucos, querem descê-las garganta abaixo da maioria sem dar chance de escolha. A democracia dá o exemplo: Milhões de pessoas, diferentes uma da outra, convivem juntas, namoram e se casam sem conflitos, pois entendem que, se alimentarem os conflitos vão acabar sozinhos. E ninguém quer ficar só... Conflitos existirão por muitos anos, se Jesus não vier buscar a sua igreja. E o amor, onde fica no meio de tudo isso? Amar é confrontar ideias, voltar atrás, corrigir rotas e chegar a um lugar comum, pedir desculpas, mesmo que o outro não aceite.  E aí está a graça. A graça do Senhor Jesus Cristo é a nossa aceitação da parte dele. Assim como Ele nos aceitou, sem reservas, sem perguntas, sem cobranças, devemos também estender essa graça para com os nossos semelhantes. Nós temos o grande defeito de separar pessoas. Os que agradam, ficam do lado de cá. Os que não agradam, ficam do outro lado e assim vamos vivendo e fingindo que estamos com a salvação garantida. Graça é um presente de Deus em Jesus Cristo para nós. Quem somos nós que amamos uns e aniquilamos outros? Que graça do Senhor está em mim se não aceito meu semelhante do jeito que ele é? Com seus defeitos, porque eu também tenho os meus; com suas manias, eu também tenho as minhas; com suas fraquezas, como sou fraco! Mas, eu tenho em mim uma falsa santidade e quero que meu irmão seja santo a qualquer custo não importa as lágrimas que, por ventura ele venha derramar. A benção apostólica atinge um universo cristão enorme.  Quando entendermos a mensagem, vamos agir diferente... Vamos deixar os egoísmos e aceitar as diferenças dos nossos irmãos porque um dia nós fomos eles. Lembram-se? Quantos de nós não se sentiram acuados dentro da igreja com vontade de sair correndo sem olhar pra trás? Hein? O que nos segurou na presença de Deus foi o Seu grande amor que não nos deixou desamparados. E esse amor imensurável supera todas as barreiras, cura todas as feridas, ameniza todos os sofrimentos, enxuga toda lágrima e nos dá a certeza de termos paz com Ele. E a comunhão? Comunhão é confraternização. É o ato de tomar parte, aceitar, participar, estar de acordo... Quando isso acontece em nosso meio? Será que quando estamos reunidos, verdadeiramente estamos em comunhão com nossos irmãos? O apostolo Paulo em sua carta aos Efésios 4. 1-6, diz: Rogo-vos, pois eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vinculo da paz; há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos. Formamos um único corpo. Ao invés de nos concentrarmos naquilo que nos divide, devemos nos lembrar daquilo que nos une: Um corpo, um Espírito, um Senhor, uma fé, um batismo, um Deus. Nós, somos capazes de nos complementar uns aos outros através do amor de Cristo.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.

sábado, 13 de outubro de 2012

Como atingir os novos crentes com a Palavra?


As Igrejas locais não estão crescendo como deveriam e como queríamos que crescesse: Elas estão inchando... Com crentes egressos de outros ministérios. Porque a mensagem do púlpito não atinge o coração dos crentes? Que está acontecendo? Onde estão os pregadores da sã doutrina? Onde estão os irmãos que se entregavam de corpo e alma? Onde está o amor? Perguntas difíceis de terem uma resposta... Alguns pregadores do evangelho não têm mais o interesse de antes: De levar as almas a Cristo. Hoje estão mais interessados na parte financeira, na chamada Teoria da prosperidade onde o importante é o ter e não o ser: Se eu tenho um carro parado na porta da igreja, sou mais importante que aquele irmão ou irmã que ora intermitentemente intercedendo por eles, pastores mais interessados no desempenho bancário dos membros mais abastados do que pela oração de seus intercessores. Quanto às pessoas que chegam à igreja, elas estão mais em busca de uma bênção imediata que uma libertação espiritual efetiva. Estão ofuscadas pela visão maravilhosa de ganhar muito dinheiro ou arranjar um emprego; ou ganhar um carro, sem o mínimo esforço. Culpa deles? Nãooooo... Culpa minha e sua. Nós nos colocamos num patamar superior, somos orgulhosos e egoístas e só pensamos em nós mesmos. Não pensamos nas pessoas e sim no que elas têm para dar em termos financeiros...
 Outro dia vi uma noticia interessante no noticiário televisivo: Um grupo de pessoas saídas do vicio, cantando alegremente em louvor a Deus e, a frente deles um abnegado homem de Deus, pastor Humberto Machado, do Estado de São Paulo, coordenador da Cristolândia, misto de igreja e centro comunitário, financiado pela Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira. É lindo... É magnífico! Bem disse o Senhor a Elias, quando fugia de diante de Jesabel que o queria matar: Ainda tenho 7000 joelhos que se não dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou (l Reis 19. 18). São novos tempos ou perdemos a coragem e a fé? Existe uma espécie de mordaça espiritual tapando a boca dos pregadores ou inibindo-os para não pregar a verdade. Pregam a teologia da prosperidade, onde o mais importante é a fama, o sucesso e renegam o ser. Jesus tem misericórdia de nós...!
Onde estão os novos convertidos? Poucos são os que realmente se preocupam com eles, ensinando-lhes a Bíblia. As armas do discipulado estão aí. É só lançar mão. Há um potencial imenso que a igreja esta deixando de lado. Evangelizar é correr atrás das almas, mostrar a elas o verdadeiro amor que esta dormitando em seu intimo. O mesmo ímpeto que pregamos no púlpito deve ser levado para as ruas e esquinas e pegá-las quase que de surpresa, no susto. Mas, parece que acontece uma mágica: Quatro paredes fazem uma diferença... Às vezes, um bom pregador (Gritador) de púlpito é uma negação nas praças. Onde nós erramos? No exemplo de Jesus que não é bem lembrado: Ele pregou mais nas ruas, vilarejos e bairros do que dentro das sinagogas. Durante três anos consecutivos Ele nos ensinou como agir. Não temos nenhuma desculpa aceitável para não fazer nada. Nenhuma. A igreja tem vários grupos que gostam de cantar à noite (se apresentando para uma plateia). Sim, por que quando é uma verdadeira adoração para o Senhor, os membros ficam cheios da presença de Deus... Por que esses mesmos grupos não se dividem, num domingo à tarde, para pregar o evangelho em cultos rápidos de quinze minutos em algumas ruas do bairro? Daria para cobrir várias ruas, senão todas, cobrindo todo o Bairro! Existem grupos religiosos que fazem isso há anos... E arregimentam muitos adeptos com essa tática. E nós achamos difícil... Complicado... Inviável... Só desculpas. E Jesus só nos observando... Até quando permaneceremos nessa indolência? E ainda temos o desplante de criticar o profeta Jonas porque fugiu de diante da face do Senhor. Pode? Existem centenas de oportunidades: No trabalho, junto aos colegas. Nas escolas e faculdades, nas conversas com os colegas de sala e até mesmo no intervalo do recreio com os demais colegas. Nada nos impede. Se alguém levantar as mãos para nos agredir, deixa que Deus toma conta da situação. Ele nunca me desamparou nesse assunto. Sempre esteve à frente da batalha. Sempre me guardou debaixo da Sua Mão. E guardará qualquer um de nós no campo de batalha. Afinal, Ele é o nosso General... 

Que o Senhor os abençoe abundantemente.
 Amém!!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mensagem



Às vezes, imaginamos ter uma vida maravilhosa sem dores, sem tristezas, sem tribulações... Um verdadeiro paraíso na terra. E, existem crentes que acreditam nisso: reclamam, blasfemam e dizem: “Não acredito que nasci pra sofrer desse jeito, não aceito isso...” Existe até uma música nesse sentido... Mas a Bíblia diz, nas palavras do Mestre: No mundo tereis aflições, mas fiquem tranqüilo  Eu estarei com vocês em todos os momentos (Jo 16.33). São palavras fiéis, palavras ditas pelo próprio Deus que disse estar conosco todo o tempo: Na alegria, na tristeza, no choro, no sorriso, nas ansiedades, nas saudades, nas lembranças boas ou más... É só confiar Nele. Só esperar Nele.
Os problemas que nos advém são para o nosso crescimento espiritual: para nos lembrar de que dependemos do Senhor em todos os momentos. Não somos independentes, nem largados no mundo para vivermos a nossa maneira. Estamos ligados a Deus por uma linha tênue chamada “fé” e, à medida que crescemos espiritualmente, essa confiança vai aumentando de tal forma que passamos a viver na dimensão do Espírito, como disse o irmão Paulo, apóstolo do Senhor: “E vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). As adversidades são nada diante do que nos espera. Não importa a dor e o sofrimento. No cap. 4 de Filipenses, o nosso irmão discorre sobre aceitar tudo pelo amor do nosso Senhor Jesus Cristo e nos alegrar sempre no Senhor: “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Fp 4.4). A alegria daquele que espera em Cristo, supera todas as barreiras por que Aquele que está em nós é maior do que o que está no mundo (1 Jo 4.4).
 Voltando lá em Romanos cap 5, vemos uma coisa peculiar: A igreja Primitiva sofria... Sofria... E cada vez crescia mais em fé e em números por um detalhe: eles glorificavam o Nome de Deus nas tribulações e abdicavam dos prazeres para ficar junto ao Mestre nos cultos. Vejam só: ”...E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação  produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5.3, 4 e 5). O crente que não aceita a dor e o sofrimento por amor de Cristo, não é aprovado por Deus. Como disse antes: O sofrimento é para crescimento espiritual tanto meu quanto do meu irmão que às vezes e seguramente está fraco na fé e precisa de um fortalecimento. E como tem pessoas que precisam de um apoio, um abraço... Elas também têm dificuldades de viver uma vida em Cristo Jesus... E nós, que já estamos no caminho há mais tempo, devemos acolhê-las com alegria no Senhor. Suportando-nos uns aos outros por amor à Cristo.
Que o Senhor te abençoe e te guarde.
Amém!!!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

As dores do abandono



Você já observou o céu quando o temporal se aproxima? Pois é. O coração de uma alma abandonada fica do mesmo jeito: Sem brilho, sem gosto, sem cor... Um tremendo vazio. Às vezes somos deixados para trás na doença, nos vícios, na velhice, no desemprego, na igreja... Olha só: Onde deveríamos estar cercados de amigos e irmãos... É onde estamos mais abandonados. Olhamos para todos os lados e... Nada. Nem um Jônatas, aquele amigo de Davi, para emprestar o ombro amigo. Olhamos então para o alto e encontramos Aquele que nunca nos deixa só. Prometeu nos amparar sempre... E cumpre a promessa. A nossa volta existem muitos abandonados. É só olharmos nos olhos das pessoas nas ruas. Olhos carentes de afeto... De um abraço bem apertado...  De um toque. Você se habilita? De vez em quando aparecem os “amigos do abraço”: Aqueles que ficam nas ruas postados em posições estratégicas e, quando passa um despercebido, recebe um grande, forte e gostoso abraço. Vamos nos aproximar mais das pessoas... Estamos nos afastando perigosamente da comunhão fraternal. Ficar só dói. Dói demais. Só quem sentiu na pele sabe a intensidade da dor. E, não a deseja para o próximo. A dor é dele. Não deseja para ninguém. Você não quer ser um abandonado? Quer? Então comece a plantar as sementes hoje, agora: Na família, no trabalho, na escola (Faculdade), na igreja... Sim. Vamos cultivar o amor fraternal. Não importa se o seu vizinho, seu amigo ou parente é de outra crença. Adote-o.  Jesus o abençoará ricamente.

 Amém.

domingo, 23 de setembro de 2012

Inveja, um grave pecado





A inveja nasceu no coração de Lúcifer. Depois, teve lugar no coração de Eva, Caim, os irmãos de José, Miriam, Absalão... Temos os sacerdotes da sinagoga que, por inveja, mandaram prender e matar Jesus, os apóstolos, que também sofreram pela inveja de outros... O coração humano é suscetível a emoções malignas e se deixa levar por esse sentimento que afeta a nossa convivência com o semelhante. Deus deu a cada um de nós jeitos e maneiras diferentes de agir, falar, trabalhar, cantar, ensinar, etc. Se eu não tenho nenhum desses quesitos, procurarei desenvolver outros. O Senhor há de me capacitar. É só buscar a Sua face e não invejar meu irmão.  A inveja, ela tem lugar no coração dos incapazes. Aquele que não tem disposição de lutar por si mesmo cria “olho gordo” em cima do próximo. Isso acontece nas escolas, no trabalho, nas igrejas... É triste quando você devota amizade, carinho e amor por uma pessoa, um colega ou um irmão e, quando você percebe é tarde: Ele te dá uma rasteira e passa por cima que nem um rolo compressor.  Na área ministerial é um perigo! Quantos tentam derrubar o pastor para tomar o seu lugar. E ele às vezes nem percebe que a cobra está ali do seu lado. O Senhor condena esse sentimento. O que Ele disse a Caim? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás (Gn 4.7). É um conselho para todos nós. Se somos fieis a Cristo, vamos ter o mesmo sentimento de amor, de carinho... Vamos olhar com os olhos de Cristo.                                                

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A perda dos bens terrenos



Temos, no livro de Jó um grande ensinamento: Ali, o Senhor nos mostra como devemos nos comportar com referência aos bens terrenos. Jó era riquíssimo, mas, não deixava o seu coração ser corrompido pelos bens materiais. Tinha uma família linda, mas, punha todos aos cuidados do Senhor. Ele sabia que tudo o que possuía era proveniente do Senhor...  Hoje, mais que nunca, está em voga o ter em contraposição ao ser. As pessoas correm de um lado a outro em busca de coisas, desnecessárias e não perguntam ao Espírito Santo se é da Sua Soberana vontade ou não. Se Deus ‘proveu o cordeiro para Abraão nos proverá também. Paulo estava preocupado com algo que o incomodava: Clamou ao Senhor e, qual foi a resposta? “A minha graça te basta...” (II Cor 12.9). O amor de Deus é grande e poderoso para preencher o vazio e a solidão que tentar invadir a nossa alma e a Sua graça é infinita e incomensurável. O homem natural se desespera diante de uma perda financeira, um emprego, oportunidades de carreira, etc. Já o homem espiritual não permite que nada disso interfira no seu relacionamento com o Altíssimo. Novamente Jó: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor (Jo 1. 21)”. É difícil perder alguma coisa? Lógico que é. Mesmo nós cristãos, não gostamos de perder. Nem aceitamos. Mas, não devemos nos esquecer de que Deus está no controle de nossas vidas. Eu posso falar disso com propriedade. Eu senti na pele a perda, mas, sabia também que Deus estava bem próximo de mim e não me abandonaria como não me abandonou. Glória à Deus! Tudo posso naquele que me fortalece. Como, às vezes nos esquecemos disso! À primeira intempérie, desmontamo-nos como um castelo de areia. Ficamos como geleia... Devemos lançar sobre o Senhor todas as nossas angústias e ansiedades. Não desista, insista. Ele cuida de você em todo o tempo e não se esquece dos seus. Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho de seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecei de ti (Is.49.15).
Amém.

domingo, 9 de setembro de 2012

A angústia das dívidas



Dívidas! Um tormento na vida do ser humano e, na maioria das vezes, o culpado é o próprio. O consumismo desenfreado tomou conta do povo por conta das incontáveis novidades que são despejadas no mercado. Mil novidades! Agora, esse mesmo consumismo, adentrou a igreja e são poucos os cristãos que agem com moderação. É preciso ter controle sobre os nossos gastos. Nós mais ainda! Por causa do mau testemunho diante dos não crentes. Nada de comprar por impulso ou porque “meu irmão tem, eu quero também”. Deus não se agrada da cobiça, da inveja e tudo que se correlacione com esse assunto. É preciso, é necessário viver uma vida em santificação também nessa área. É preciso ter disciplina e bom senso ao adquirir os bens de consumo. Cuidado com os cartões de credito, com cheques pré-datados para não ficar depois correndo atrás do pastor para ajudá-lo em oração “porque estou numa tribulação tremenda”. Tribulação essa que você mesmo procurou. Famílias são destroçadas por conta das dividas, casamentos destruídos, filhos se rebelam, etc. Tudo isso por não ter um orçamento financeiro para controlar os gastos. Para não ficar por aí gastando o que não pode gastar. Vamos parar de querer imitar os outros! Vamos viver a nossa própria vida! É tão simples fazer uma planilha de consumo mensal... É tão simples viver... Porque complicar?
Amém.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A rebeldia dos filhos



Como herança do Senhor, os filhos são bênçãos em qualquer lar, quer seus pais sejam crentes ou não. A Bíblia nos insta a todo o momento dar aos filhos a devida orientação cristã: “Não retires a disciplina da criança” (Pv 23.13). A disciplina, aplicada na hora certa, forma o caráter. E essa formação moral, ativada no momento certo, vai acompanhá-los pelo resto de suas vidas. É no lar que se educa a criança, não com pancadas e violências e sim, com exemplos e diálogos coerentes com a idade delas. A falta de uma conversa franca acarreta em muitos males que poderiam ser evitados se o problema ou dificuldade momentânea fossem abordados no inicio. A falta de exemplo transtorna muitos lares. Temos na narrativa bíblica vários exemplos de rebeldia: Hofni e Fineias, por falta de uma ação por parte do seu pai Eli, morreram drasticamente; Caim, mesmo tendo uma boa educação moral, não seguiu os ensinamentos de seus pais Adão e Eva; Absalão tentou usurpar o trono de Davi, que nunca foi um pai presente. E sem contar os próprios Hebreus que varias vezes se rebelaram contra o Senhor, teu Deus, e tiveram como consequência: O cativeiro Assírio e Babilônico. A responsabilidade final recai sobre os pais. Somos nós os principais atores nesse enredo maravilhoso que Deus nos confiou. E Ele vai cobrar de nós se formos negligentes. Se aos filhos Ele aconselha: “Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor, teu Deus, te ordenou...” (Dt 5.16). Aos pais, Ele dá um mandamento: “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimaras a teus filhos e delas falaras assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” (Dt 6. 6 e 7).
Amém.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A despensa vazia



É difícil imaginar uma situação adversa. Mas, inexoravelmente ela vem ao nosso encontro. Deus, o Senhor de nossas vidas não nos esquece e nem desampara e sempre tem uma solução para os nossos problemas. Mas, e nós? Temos agradado ao Senhor com as nossas demonstrações de amor? Onde está esse amor? Quando alguém chega necessitado, o despedimos com um “o Senhor é o dono do ouro e da prata” e de mãos vazias. Existem no meio da igreja vários irmãos que necessitam da nossa ajuda material, e não apenas das orações. É necessário que os ajudemos: Essa é a prática do verdadeiro amor fraternal que fala o nosso irmão João em seu evangelho: Jo 15. 9-17. Acredito que duas coisas comovem o coração de Deus: a prática do amor fraternal e a intercessão, coisas esquecidas em algumas igrejas. Não devemos esquecer                                                                                                                                                                                                                      que isso faz parte da nossa missão. Se eu amo o meu próximo, quero o melhor para ele como também para mim. Como me sinto sem chão se sei de alguém quem não tem provisões em casa para si e seus filhos! Eu já passei por isso. Foram dois dias, mas foram dias terríveis! O Senhor disse: ”Ame o seu próximo como a ti mesmo”. Então? Estender as mãos hoje pode lhe trazer uma benção amanhã... Vamos investir mais no Reino de Deus “enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” Gl 6. 10. O Senhor quer operar um grande milagre em nossas vidas. Não será essa a chance D’Ele nos abrir as portas das bênçãos? 

O Senhor os abençoe. Amém

sábado, 1 de setembro de 2012

As aflições da viuvez



O estado de viuvez significa abandono, desamparo, solidão... Por isso, Deus em Sua palavra, deixou leis que amparassem os viúvos. Muitas vezes eles ficam em situação difícil quando perdem o seu (sua) parceiro (a): Tanto espiritual quanto material e até emocional e, por isso, carecem do apoio incondicional das pessoas próximas: parentes ou irmãos em Cristo.  A igreja local tem um papel significativo diante dessa questão (pois a Bíblia assim ordena), com o amparo psicológico, aconselhamentos...  E ajuda financeira, se for o caso. Por outro lado, uma pessoa nessas condições, se estiver centralizada na Bíblia e uma família no centro da vontade do Senhor, encontra refúgio e refrigério em Cristo Jesus. Dessa maneira consegue ultrapassar esses instantes amparados pela graça do Senhor, pois Ele tem um cuidado especial para com elas. Mesmo assim, precisam do apoio dos irmãos em Cristo. Já outros, sem apoio da lei, veem-se em situação difícil. Paulo, em sua primeira epístola a Timóteo, 5.16 aconselha: “Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas”. Obs.: Na época da igreja primitiva, as viúvas não tinham pensão alimentícia, seguro social, seguro de vida e havia ainda a dificuldade de trabalhos honrados e, com isso, ficavam impossibilitadas de se sustentar. Por essa razão, Paulo dá esse conselho à Timóteo. Amém.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Superando os traumas da violência social



Como superar um trauma violento? Como perdoar o autor do ato? Será possível? A Bíblia mostra que sim. Jesus disse para perdoarmos os nossos inimigos. Não importa o grau da violência desencadeada. É fácil? Não. Não é. Mas, o verdadeiro cristão, aquele que carrega em seu corpo as marcas de Cristo deve superar os ânimos de rancor e magoa e exercitar o dom do perdão. Se sairmos dando pancadas em atos insanos de vingança, que testemunho estaremos dando ao mundo? Que tipos de cristão seremos? “Eu estou convertido, mas, o meu braço ainda não se converteu.” É assim? Toda essa violência não começou assim por puro acaso. Ela teve inicio no começo da criação humana. Assim que foram expulsos do Jardim, Adão e Eva tiveram filhos e filhas. Um dos seus filhos, Caim, assassinou o irmão Abel por inveja e, depois desse episódio, a violência assumiu proporções tal, que o Senhor resolveu destruir a terra com o dilúvio (Gn 6.7). Na atual conjuntura, vivemos dias iguais. Os tentáculos do governo não conseguem alcançar e minimizar os índices de violência mais por falta de vontade política do que por falta de verbas. Porque verba existe. E nós vivemos numa ciranda interminável: Violência gera violência. Uma coisa puxa a outra. E, nesse cenário, a igreja tem um papel preponderante na evangelização. Nós, cristãos devemos arregaçar as mangas e partir para a guerra vestidos com a armadura de Deus (Ef 6.13 -18). E o Senhor seja conosco.
Amém! 

sábado, 25 de agosto de 2012

A morte para o verdadeiro cristão



A morte não é o fim. É o recomeço da comunhão perdida no Jardim do Éden. Por essa razão, satanás procura tirar o crente da presença do Senhor e, induzindo-o ao erro, fá-lo perder a salvação. Mas, se permanecermos firmes até o fim, sabemos que nos aguarda a coroa da justiça, pois, preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos (2º Tm. 4.8 e Sl 116.15). Se a morte é consequência do pecado, ele não mais tem poder sobre nós, pois estamos em Cristo. Se Ele ressuscitou, certamente que com Ele ressuscitaremos. Deus, em sua infinita misericórdia, escolhe cuidadosamente o momento em que seremos chamados à Sua presença. Portanto, não deve ser de nossa parte uma obsessão excessiva em querer saber o momento de nossa partida ou o dia do arrebatamento da igreja. O apóstolo Paulo, em sua carta aos filipenses 1.21-23, afirma: que o viver é Cristo, e o morrer é ganho, mas, se achava em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto era ainda melhor. Olha a visão de um verdadeiro crente: A morte para nós é uma vitória e não uma derrota! A vida cessa aqui na terra, mas, continua uma linda existência eterna com o nosso Senhor Jesus Cristo. Essa é a nossa esperança de fé: Como crentes, podemos estar certos de que Deus não nos esquecerá quando morrermos. Ele nos trará de volta à vida para que vivamos com Ele para sempre.
Amém.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A enfermidade na vida do crente



Ás vezes, quando ficamos doentes, procuramos questionar o Senhor. Deus está no controle de tudo o que nos acontece, seja físico ou espiritual e, pela Sua soberania, concede-nos a cura ou não. O que precisamos aprender é glorificar o nome do Senhor em meio à enfermidade como fez Jó: Receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isso não pecou Jó com seus lábios. Jó (Jó 2.10b). Os problemas que nos acometem são provocados por nós ou por outras pessoas como consequências de atos que praticamos ou elas praticam e somos coniventes. Qualquer provação que um crente enfrentar poderá, no final, glorificar a Deus, porque Ele pode fazer com que o resultado de qualquer situação má se torne uma benção (Gn 50.20 e Rm 8.28). 
“Muitos pensam que, por crerem em Deus, Ele os livra dos problemas. Assim, quando ocorrem as calamidades, questionam a bondade e justiça divinas. A fé em Deus não garante prosperidade pessoal, e a falta de fé não é sinônimo de problemas nessa vida. Se assim fosse, as pessoas creriam em Deus apenas para enriquecimento próprio. Deus é capaz de nos resgatar do sofrimento, mas pode também permitir que o sofrimento ocorra por motivos além da nossa compreensão. Se sempre soubermos o motivo de nossos sofrimentos, nossa fé não terá espaço para crescer. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.”
Amém

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás. (Gn 4.7


Às vezes, quando cometemos uma falha, procuramos uma desculpa à imitação de Adão. Adão podia recusar comer o fruto oferecido, mas, foi conivente. Aceitou participar do erro, da desobediência. E culpou a mulher.  É fácil culpar os outros para ofuscar a própria culpa. O erro começou aí. Deus sabe de tudo o que se passa em nosso intimo. Nada escapa do seu conhecimento. Até aqueles bem maquiados... Aparentemente Caim chegou a Deus com uma excelente oferta. E realmente foi. Mas, Deus conhece-nos por dentro da alma. Foi o que aconteceu com Caim. Ofertou com o coração longe da oferta. Isso Deus não aceita. Se vamos ofertar ao Senhor, o coração deve estar livre de quaisquer nódoas. Caim não ofereceu a pior oferta como dizem alguns. Eram as primícias do campo. Os primeiros frutos que ele cultivara. Só que... O coração não foi junto com a oferta.  Misturados à oferta foram a inveja, o ódio, a indiferença, o ar de superioridade...
Geralmente cometemos o mesmo erro. Geralmente agimos como Caim. Ofertamos com o coração carregado de magoas e ranhices e não nos sentimos bem diante do altar do sacrifício. Jesus disse: Ao ofertarmos, se tivermos algo contra um irmão, é melhor deixarmos a oferta no altar e irmos nos concertar com ele (Mt 5.23,24). Isso é bastante sério e tem muita gente brincando com isso. Deus não aceitou a oferta de Caim e ainda o aconselhou a mudar de direção. Ele sempre nos aconselha a escolher o melhor caminho. Maria escolheu a melhor parte: Estar aos pés do Mestre (Lc 10. 42b).
Os nossos desejos, as nossas manias, a nossa má índole devem ser colocados no armário e a chave deve ser jogada fora. Como é difícil não fazer nada errado...! Como é difícil não sucumbir à tentação...! O pecado nos espreita bem de perto. Ele é perigoso, cheio de nuances. Se vacilar... Ele enlaça. Deus falou a Caim “que o pecado jaz a porta”. Nós sabemos que temos de estar vigilantes o tempo todo. Não apenas alguns minutos. A palavra de Deus nos manda orar e vigiar. Nessa ordem.  Porque a vida não é do jeito que nós queremos. Ela não acontece como um passe de mágica. Ela é como o nosso Deus ordenou para nós. Se andarmos com diligencia obedecendo aos mandamentos que o Senhor deixou para seguirmos, com certeza Ele nos aceitará. Não foi o que disse a Caim? “Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?” (Gn 4. 7ª). O Senhor estava dizendo para Caim limpar o coração. Tirar dos pensamentos a inveja, a ira, o rancor e toda sorte de maus sentimentos. Se não fizesse assim, aconteceria o que aconteceu. Ele não sabia, mas Deus é Onisciente. Ele conhece o nosso deitar e o nosso levantar, por isso nossas escolhas têm de ser segundo a vontade do Senhor.
Mas, graças a Deus que nos dá vitoria em Cristo Jesus. O Espírito Santo nos constrange a abdicar dos nossos desejos, nosso querer e fazer exatamente a Sua vontade. O mundo não conhece isso. O mundo não aceita isso. Por isso andamos na contra-mão do mundo, sobre um fio de navalha. É difícil? É. Mas, só assim conseguiremos chegar ao céu de gozo. Só assim. Jesus nos espera de braços abertos para nos abraçar. Vamos deixar o nosso lado Caim morrer e viver o nosso lado Abel no coração de Deus. Amém?
O Senhor os abençoe abundantemente.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

"...Olhai os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham e nem fiam." Mateus: 6.28



Às vezes as preocupações e as ansiedades, tiram os nossos olhos do alvo principal que é o Senhor Jesus Cristo. Por mais espirituais que sejamos, é praticamente impossível deixar de lado as preocupações. Oramos , jejuamos, estudamos a Palavra de Deus e não vigiamos. Olhai os lírios do campo, olhai as flores, olhai para... Cristo. O Senhor não se esquece de nenhum de nós: ’’Ainda que uma mãe se esqueça do seu filho, contudo Eu não me esquecerei de ti’’(Is. 49.15b).  É promessa de Deus.  Ele diz em Sua Palavra. Onde estão nossos ouvidos que não ouvem isso? E a nossa mente que não guarda? Estamos no mundo da lua o tempo todo? Ou Fingimos que somos filhos de Deus? Paciência e comedimento: como é difícil encontrar isso no meio cristão.
Quando estamos do lado de lá é mais fácil, somos superespeciais: damos conselhos, indicamos versículos bíblicos e coisa e tal. Quando estamos no centro do problema a coisa muda de figura: Arrancamos os cabelos da cabeça, nos desesperamos... Nada dá certo: Parece que temos duas mãos esquerdas. É nessa hora que joelho no chão resolve tudo. A oração incessante põe um basta nas preocupações. Cante um louvor, adore ao Senhor. Daí graças por estar vivo, pelas riquezas espirituais, pela família, pelo trabalho secular, pela falta de trabalho, pelo ar, pela comida, por tudo, enfim.
Nos desesperamos por não sabermos agradecer o que recebemos. Pedimos com veemência, insistimos...  Mas, quando a benção chega, aquele entusiasmo da petição desaparece, deixa de existir. ”Não fiqueis ansiosos por coisa alguma, antes, deixe todas as suas preocupações nas mãos do Senhor.” (Fl. 4.6,7...)
À seguir, 7 razões para não nos preocuparmos:
Mateus 6.25: Os detalhes da sua vida podem ser confiados ao mesmo Deus que criou você.
Mateus 6.26: Preocupar-se com o futuro prejudica os esforços que você está dedicando ao presente.
Mateus 6.27: Preocupar-se é mais prejudicial do que útil.
Mateus 6.28,29, 30: Deus não ignora aqueles que dependem Dele.
Mateus 6.31,32: A preocupação demonstra falta de fé e de entendimento a respeito de Deus.
Mateus 6.33: A preocupação nos impede de dar atenção aos verdadeiros desafios aos quais Deus deseja que nos dediquemos.
Mateus 6.34: Viver um dia de cada vez evita que sejamos consumidos pela preocupação.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A nova vida debaixo da graça, segundo o espírito de santidade e de adoção.



Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. (Rm. 8.1)
Às vezes, nós ficamos com aquela sensação de que nada vai dar certo... Uma apreensão sem motivos aparentes. Por mais certinhos que agirmos tudo vai dar errado... Esses pensamentos tomam de assalto as nossas mentes e nos deixa com a guarda arriada. Certamente esses também eram os sentimentos de quem se aproximava do local dos sacrifícios no AT. Se aproximava sem ter certeza se a sua oferta seria aceita ou não. Ia para o sacrifício tanto quanto a sua oferta. Esta, para ser sacrificada. Aquela, para ser perdoada ou não. A fé estava por um fio... O coração tremendo... Quando recebia o veredicto sentia-se aliviado... Mas, graças! Hoje alcançamos uma coisa excelente: a graça. E mesmo assim brincamos de crentes no seio da igreja, isto porque do lado de fora não estamos dando testemunho de crentes. É sinal dos tempos? É o cumprimento das Escrituras Sagradas? O amor está esfriando nos corações e mentes e, o pecado, pegando carona nesse esfriamento espiritual, coloca diante dos nossos olhos verdadeiros banquetes lindamente ornados para nos derrotar de uma vez por todas.
Cristo se esvaziou de Sua glória e nasceu Jesus homem para sofrer conosco as nossas dores, sofrimentos e privações. Tudo isso para nos presentear com a chance de sermos unidos novamente com o Pai. Ele recebeu em seu corpo: chicotadas, chutes, tapas no rosto, cuspe e muito mais... É pouco? Depois vieram os pregos, a coroa e o ferimento por lança do lado desferido por um centurião... E por fim... O desprezo! Tudo isso Jesus suportou por mim e por você. Por que nós merecíamos o castigo, mas, Ele não. E se Ele desistisse... Ai de nós. Mas, agora nós estamos guardados debaixo da mão de Deus e podemos andar livres dos grilhões do pecado, mas, presos pelo amor de Jesus Cristo. Tudo isso. E nos solicita só uma coisa: Que sejamos santos porque Ele é Santo (Lev. 11.45).
 Mas, para não sermos condenados com o mundo é necessário que andemos no amor de Cristo. Ser santo é abandonar o velho homem com seus defeitos e se revestir do novo, procurando a perfeição que há em Cristo. Não mais ter de pensar que antes vivíamos no mundo sem esperança, como náufragos sem uma tábua de salvação. Ser santo é andar em espírito em meio ao pecado sem se contaminar por ele. Andar no espírito é estar em outra dimensão: Acima das coisas mundanas. Na dimensão do espírito... É esquecer-se das coisas passadas e olhar para as coisas futuras (Não olhar para o amanha, pois basta a cada dia o seu mal, mas olhar para o alto para Cristo, vislumbrando aí a Sua volta). Mas são poucos os que se lembram do sacrifício de Cristo. São poucos os que anseiam a volta do Rei. Alguns até negam ou questionam o Seu martírio. Mas, nós cremos que Jesus morreu um dia por todos os pecadores e, assim como ascendeu aos céus, Ele voltará para nos buscar. Glória a Deus!
Para andar segundo o Espírito de Deus é necessário andar em comunhão com Deus, separado das imundícies do mundo, separado do pecado... E, se andarmos assim, nesse mesmo espírito, nenhuma condenação poderá nos alcançar: Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! (Rm. 8.38,39). Eis a promessa bíblica. Nada poderá nos separar desse amor, pois Ele mesmo se entregou na cruz por nós. Ele nos provou o Seu amor quando se entregou naquela cruz. E agora, nenhuma condenação nos alcançará, se andarmos segundo a palavra do Senhor. Pense nisso.
Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A loja de Deus

 Entrei numa loja e vi um Senhor no balcão. Maravilhado com a beleza da loja, perguntei: -Senhor, o que vendes aqui? -Todos os dons de Deus. -E custa muito? Voltei a perguntar. -Não custa nada, aqui tudo é de graça. Contemplei a loja e vi que havia jarros de amor, vidros de fé, pacotes de esperança, caixinha de salvação, muita sabedoria, saúde, fardos de perdão, pacotes grandes de paz e muitos outros dons de Deus. Tomei coragem e pedi: -Por favor, quero o maior jarro de amor de Deus, todos os fardos de perdão, um vidro grande de fé, muita saúde, sabedoria, esperança, bastante felicidade e salvação eterna para mim e toda a minha família. Então o Senhor preparou tudo e entregou-me um pequenino embrulho que cabia na palma da minha mão. Incrédulo, disse: -Mas, como é possível estar tudo que pedi aqui? Sorrindo, o Senhor me respondeu: -Meu querido irmão, na loja de Deus não vendemos frutos, só as sementes. Plante-as! Plante essas sementes, cultive-as no coração e distribua-as gratuitamente ao próximo.
 Autor Desconhecido
 Que o Senhor os abençoe abundantemente

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Um sonho que causa inquietação

Cantares 5.2-7
Eu dormia, mas, o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que estava batendo: Abre-me, irmã minha, amiga minha, pomba minha, minha imaculada, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite. Já despi as minhas vestes; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar? O meu amado meteu a sua mão pela fresta da porta e o meu coração estremeceu por amor dele. Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos gotejavam mirra sobre as aldravas da fechadura. Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado se tinha retirado e se tinha ido; a minha alma tinha-se derretido quando ele falara; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu. Acharam-me os guardas que rondavam a cidade, espancaram-me e feriram-me; tiraram o meu manto os guardas dos muros. (Ct. 5.2-7)

“O livro de Cantares é bastante peculiar: conta a história do amor entre o Rei Salomão e uma donzela judia (a Sulamita). Um romance espetacular visto do ponto de vista humano como alguns historiadores gostam de situá-lo. A bem da verdade, além de ser um belo romance de amor entre um homem e uma mulher é, também, uma alegoria do amor de Deus e Israel e, por extensão, a Sua Igreja. Aprendemos aqui sobre o amor, o casamento e o sexo, e vemos como a intimidade e a unicidade do relacionamento entre marido e mulher refletem o amor de Deus por seu povo (Ef. 5.22-33). Ao ler Cantares, lembre-se de que você é amado por Deus, e comprometa-se a olhar a vida, o sexo e o casamento do ponto de vista do Senhor.” (Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal)

Às vezes, quando estamos no melhor sono de nossas vidas, o Senhor nos dá um toque. Ele quer uma intimidade conosco... Quer conversar conosco, nos ouvir, nos aconselhar... Até sentimos Ele nos tocando... E chamando: Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos (Pv. 23.26). Mas... “Ah, Senhor. O sono tá tão gostoso... O sonho tá tão bom... Depois eu levanto e oro”. Salomão chamou, chamou... E a Sulamita não o atendeu. A desculpa? Já despi as minhas vestes; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar? Assim também agimos nós quando o Senhor nos desperta para a oração (Agora, Senhor? Eu estou tão cansado... Não pode ser outra hora?) e quando nos damos conta e despertamos do sono ou do sonho, o Senhor já se afastou, sentimos o Seu perfume, mas, Ele já não está ali. Assim também aconteceu com a donzela. Quando se deu conta do descaso, se levantou cheia de desejo: Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos gotejavam mirra sobre as aldravas da fechadura. Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado se tinha retirado e se tinha ido; a minha alma tinha-se derretido quando ele falara. O nosso coração fica em pedaços. Fica como que um buraco no lugar do estomago. Um vazio imenso... Choramos em silencio a oportunidade perdida e ficamos pasmados diante do espaço do quarto que repentinamente fica frio. Onde está o Amado de minha alma? Onde? Ele se esquivou de mim por não buscá-lo no tempo oportuno...! Quando terei outra chance? E a preocupação vai aumentando, aumentando... Torna-se insustentável.

A Sulamita sai pelas ruas buscando e chamando o seu amor. Não o encontra. É espancada e ferida pelos guardas que faziam a ronda noturna e tiram o seu manto. Se ela tivesse aberto a porta para o seu amado poderia sair a qualquer hora que ninguém a importunaria. Porque? Ela estaria impregnada do perfume de Salomão e, os guardas, ao sentir o tal perfume... Epa! Não toquem nessa mulher! Ela pertence ao Rei...! Quando nós não buscamos ao Senhor e não temos intimidade com Ele, o Teu perfume não exala de nós. Somos confundidos com o mundo, espancados e feridos e até a nossa capa é tirada: Ela representa a nossa identidade, nossa semelhança, a nossa unção, a nossa comunhão... Perdemos tudo por não nos aproximarmos de Nosso Deus intermitentemente. Teu conselho? Guarda o que tens, para que ninguém roube a tua coroa. Ap. 3.11b. Não façamos como a Sulamita. Busquemos ao Senhor enquanto há tempo, enquanto temos fôlego para clamar. Quando Ele chamar, levantemos e abramos as nossas mentes, corações e braços e corramos ao encontro D’Ele. Achegemo-nos a Deus e Ele nos fortalecerá para prosseguirmos adiante. A Sulamita, no decorrer da história bíblica e em meio a provas e tribulações consegue o tão sonhado amor do seu amado. A igreja sofre reveses, baixas, perseguições e é até caluniada, mas o nosso Deus, o Amado de nossas almas está sempre por perto e, como a donzela, até num suspiro de alma, Ele entende o que estamos sentindo e nos concede além do que pensamos ou pedimos. Ef. 3.20

Quando você olhar para o livro de Cantares, lembre-se que Deus está ali. Em cada vírgula, ponto, reticências... Com o Seu olhar de amor esperando você. Não o deixe esperando... Corra para Ele, abrace-o, apaixone-se, morra de amor...

Que o Senhor os abençoe abundantemente
Amém!!!

Um sonho que causa inquietação

Cantares 5.2-7 (15/04/2012)
Eu dormia, mas, o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que estava batendo: Abre-me, irmã minha, amiga minha, pomba minha, minha imaculada, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite. Já despi as minhas vestes; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar? O meu amado meteu a sua mão pela fresta da porta e o meu coração estremeceu por amor dele. Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos gotejavam mirra sobre as aldravas da fechadura. Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado se tinha retirado e se tinha ido; a minha alma tinha-se derretido quando ele falara; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu. Acharam-me os guardas que rondavam a cidade, espancaram-me e feriram-me; tiraram o meu manto os guardas dos muros. (Ct. 5.2-7)

“O livro de Cantares é bastante peculiar: conta a história do amor entre o Rei Salomão e uma donzela judia (a Sulamita). Um romance espetacular visto do ponto de vista humano como alguns historiadores gostam de situá-lo. A bem da verdade, além de ser um belo romance de amor entre um homem e uma mulher é, também, uma alegoria do amor de Deus e Israel e, por extensão, a Sua Igreja. Aprendemos aqui sobre o amor, o casamento e o sexo, e vemos como a intimidade e a unicidade do relacionamento entre marido e mulher refletem o amor de Deus por seu povo (Ef. 5.22-33). Ao ler Cantares, lembre-se de que você é amado por Deus, e comprometa-se a olhar a vida, o sexo e o casamento do ponto de vista do Senhor.” (Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal)

Às vezes, quando estamos no melhor sono de nossas vidas, o Senhor nos dá um toque. Ele quer uma intimidade conosco... Quer conversar conosco, nos ouvir, nos aconselhar... Até sentimos Ele nos tocando... E chamando: Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos (Pv. 23.26). Mas... “Ah, Senhor. O sono tá tão gostoso... O sonho tá tão bom... Depois eu levanto e oro”. Salomão chamou, chamou... E a Sulamita não o atendeu. A desculpa? Já despi as minhas vestes; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar? Assim também agimos nós quando o Senhor nos desperta para a oração (Agora, Senhor? Eu estou tão cansado... Não pode ser outra hora?) e quando nos damos conta e despertamos do sono ou do sonho, o Senhor já se afastou, sentimos o Seu perfume, mas, Ele já não está ali. Assim também aconteceu com a donzela. Quando se deu conta do descaso, se levantou cheia de desejo: Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos gotejavam mirra sobre as aldravas da fechadura. Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado se tinha retirado e se tinha ido; a minha alma tinha-se derretido quando ele falara. O nosso coração fica em pedaços. Fica como que um buraco no lugar do estomago. Um vazio imenso... Choramos em silencio a oportunidade perdida e ficamos pasmados diante do espaço do quarto que repentinamente fica frio. Onde está o Amado de minha alma? Onde? Ele se esquivou de mim por não buscá-lo no tempo oportuno...! Quando terei outra chance? E a preocupação vai aumentando, aumentando... Torna-se insustentável.

A Sulamita sai pelas ruas buscando e chamando o seu amor. Não o encontra. É espancada e ferida pelos guardas que faziam a ronda noturna e tiram o seu manto. Se ela tivesse aberto a porta para o seu amado poderia sair a qualquer hora que ninguém a importunaria. Porque? Ela estaria impregnada do perfume de Salomão e, os guardas, ao sentir o tal perfume... Epa! Não toquem nessa mulher! Ela pertence ao Rei...! Quando nós não buscamos ao Senhor e não temos intimidade com Ele, o Teu perfume não exala de nós. Somos confundidos com o mundo, espancados e feridos e até a nossa capa é tirada: Ela representa a nossa identidade, nossa semelhança, a nossa unção, a nossa comunhão... Perdemos tudo por não nos aproximarmos de Nosso Deus intermitentemente. Teu conselho? Guarda o que tens, para que ninguém roube a tua coroa. Ap. 3.11b. Não façamos como a Sulamita. Busquemos ao Senhor enquanto há tempo, enquanto temos fôlego para clamar. Quando Ele chamar, levantemos e abramos as nossas mentes, corações e braços e corramos ao encontro D’Ele. Achegemo-nos a Deus e Ele nos fortalecerá para prosseguirmos adiante. A Sulamita, no decorrer da história bíblica e em meio a provas e tribulações consegue o tão sonhado amor do seu amado. A igreja sofre reveses, baixas, perseguições e é até caluniada, mas o nosso Deus, o Amado de nossas almas está sempre por perto e, como a donzela, até num suspiro de alma, Ele entende o que estamos sentindo e nos concede além do que pensamos ou pedimos. Ef. 3.20

Quando você olhar para o livro de Cantares, lembre-se que Deus está ali. Em cada vírgula, ponto, reticências... Com o Seu olhar de amor esperando você. Não o deixe esperando... Corra para Ele, abrace-o, apaixone-se, morra de amor...

Que o Senhor os abençoe abundantemente
Amém!!!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Examine-se, pois, o homem a si mesmo... 1ª Co. 11.28

Comumente procuramos nos policiar ao aproximarmo-nos do domingo da Santa Ceia. Isto é um grave erro. A partir do momento em que aceitamos o Senhor Jesus como Senhor de nossas vidas, o Espírito Santo vem fazer morada em nós. Passamos a ser Templo do Espírito Santo de Deus e todas as nossas ações devem ser direcionadas por Ele. Ele nos guia, orienta, consola, ensina, testifica que somos falhos, convence do pecado, distribui dons à igreja, semeia em nós as sementes e nós devemos cultivá-las para colher os frutos do Espírito e nos capacita a entender e interpretar a Sua Palavra. Que seríamos sem a presença do Consolador em nossas vidas? Seríamos um esqueleto revestido de carne e mais nada. Seriamos como ossos secos... (Ez. 37). Mas, Deus nos deu o Seu Espírito. Que presente maravilhoso! E só nos pede uma coisa: Que nos examinemos a nós mesmos. De que maneira? Revendo os nossos atos, a nossa maneira de agir e tratar os nossos semelhantes. Tudo isso regado com um pouco de amor, compreensão, bondade, mansidão...
Mas, será que estamos vivenciando o que diz a Palavra de Deus? Quantos cristãos estão na igreja como “agentes duplos”? Camaleões cristãos! Escondem-se atrás de uma Bíblia e fingem uma santidade de dar inveja... (Alguns anos atrás, trabalhando como vigilante em Itapoã presenciei vários crentes sentados em mesas repletas de bebidas alcoólicas, e eles próprios recém-saídos do motel. Essa era a minha visão noturna... Quando me aproximava deles, procuravam esconder as garrafas ou latinhas de cima da mesa. Era vergonhoso...)
Quando vemos na Bíblia homens, mulheres e até crianças que alcançaram de Deus um olhar especial, nos perguntamos: O que fizeram para tal acontecer que nós não podemos fazer? A resposta está nas belas páginas inspiradas pelo Espírito Santo: Andar segundo o que está escrito ali: Assim, Enoque andou com Deus e Deus o tomou para Si. Vemos Samuel, desde criança entregue ao serviço no Templo... Que falar de Elias no monte Carmelo (1 Rs 18. 16-38) ou Eliseu no caso do filho da viúva (2 Rs 4. 1-38) ou quando a comida estava envenenada (2 Rs. 4. 38-41? Tem ainda Ester, Rute, Débora, Maria, mãe de Jesus... Mulheres escolhidas por suas vidas recatadas, santificadas para que o Espírito de Deus as usassem como usou. E nós queremos ser usados pelo mesmo Espírito agindo dessa maneira? E os apóstolos Paulo, Pedro, João e o diácono Estevão que nos deram uma visão ampla de como fazer evangelismo? E muitos outros que vieram após eles...
É necessário que nos examinemos para não sermos achados em falta como aconteceu com Belsazar, neto de Nabucodonosor, filho de Nabonido (Dn 5.25,26, 27). O correto é nos esvaziarmo-nos do nosso “eu” e nos achegarmos a Deus. Esquecer-se das coisas do mundo material e nos fixarmos no plano espiritual por que é de lá que vem a nossa salvação. Jesus se entregou naquela cruz com um propósito: salvar a mim e a você. O mínimo que podemos fazer é procurar viver uma vida de santidade, desarraigada do mundo. Não é só com a proximidade da Santa Ceia que vamos corrigir os nossos passos. O dia a dia também é importante; ou pensamos nós que Deus só nos enxerga na Santa Ceia? O Espírito Santo está nos alertando com urgência: Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Vamos viver sem máscaras, sem dissimulação! Vamos olhar para dentro de nós mesmos e procurar ver como Deus nos vê!
A Palavra de Deus está repleta de bons e maus exemplos... Os bons exemplos são para nossa edificação, para firmar a nossa fé dando-nos a convicção de que se Deus os abençoou nos abençoará da mesma forma... Ele é fiel e quer o melhor para nós e ainda não enxergamos isso. Em pleno séc. 21 parecemos estar alienados de Deus. É preciso voltar os nossos olhos para as coisas espirituais e buscar corrigir em nós os nossos defeitos, olhando para os maus exemplos citados na Palavra de Deus para não incorrermos no mesmo erro e, só assim, o Espírito Santo irá trabalhar em mim e em você. Mas, é preciso dar brecha; permissão; abrir espaço. Não é: Eu quero, Deus quer... Nada disso. Aqui é a vontade e soberania de Deus que opera. E não o “eu” interior de cada um de nós. O nosso ego deve ficar embaixo dos nossos pés... Temos de ficar pequeninos como no exemplo de João Batista: É necessário que Ele cresça e eu diminua (Jo. 3.30).
Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Essa ordem, exige de mim e de você uma reflexão séria. Não é apenas se colocar na posição de crente ou santo do pau oco de terno e gravata ou saia varrendo o chão e continuar fazendo todas as coisas de antes. Uma vez crente, seja fiel Àquele que aceitou. Ou será que aceitamos a Cristo e Ele não nos aceitou ainda por andarmos segundo a direção dos nossos narizes? Quando João Batista proferiu essas palavras: É necessário que Ele cresça e eu diminua (Jo. 3.30), se aniquilando diante de Cristo, ele se tornou importante aos olhos de Deus. E Jesus no evangelho de Lucas disse: Entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João (Luc. 7.28). E muitos de nós não queremos ser os últimos e sim os primeiros...
Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Dispa-se da altivez, do orgulho, da ausência de comportamento cristão, da falta de ética, e até da falta de amor próprio, para se tornar um servo do Deus vivo. O nosso Deus é o mesmo de ontem que agia no meio do seu povo e continua hoje, agindo em nosso meio e continuará nas gerações futuras, se Ele não vir buscar Sua igreja. Examine-se... Ainda dá tempo.
O Senhor os abençoe abundantemente

quarta-feira, 7 de março de 2012

Adjetivo, Mulher!

Descrevê-la é um mistério.  Uma infinidade de formas é assumida, às vezes ela é frágil, doce, e delicada; outra ela é forte, decidida, e altiva. Aos poucos conquistou um espaço que nunca lhe será tomado. Defende seus conceitos com tanta veemência  que, por hora, nos faz pensar em abandono, ou em solidão. Mas na verdade estão mais próximas do real, e nos quer atentos a elas.
Um adjetivo é pouco, para um ser que desperta paixões no mais descrente dos homens. Que fascina com volúpia a mente humana com sua simplicidade exuberante. Suas tarefas na sociedade capitalista são muitas, sejam elas donas de casa, professoras, médicas, engenheiras, policiais, executivas, mães e por vezes tudo junto. São mães e donas de casa bem sucedidas ou filhas que namoram e projetam o futuro para o coletivo.
Quando crianças, já pensam no futuro. Não que, as suas mães, outrora meninas, as afligem para serem donas de casa e a fazer-las  pensar em casamento em tenra  idade.Isso faz parte da essência que é o ser humano, a mulher  já nasce inserida em um contexto muito complexo para o universo masculino.
É por isso que nós valorizamos sua genialidade de ser mulher, que não conseguimos qualificar em definitivo, mas apenas parabenizar por esse dia, que escolheram para homenagear sua melhor qualidade que é a de ser mulher.
Uma homenagem a nossas leitoras
Até
 (Texto escrito em 08/03/2010)

terça-feira, 6 de março de 2012

Uma mão amiga

Era manhã de sol. O mês poderia ser qualquer um, não tinha tanta importância, assim como o dia da semana. Os pássaros cantavam alegremente nas árvores espalhadas pela cidade e, tudo parecia especialmente belo... Ela acordou cedo, talvez desperta pelo som do canto dos pássaros que entravam por sua janela entreaberta. Tomou um banho refrescante, vestiu um conjunto harmonioso, pôs um chapéu de cores alegres e saiu para a rua. Estava linda! Parou, olhou um lado depois o outro: A rua estava semi-deserta. Um ou outro transeunte circulava despreocupadamente... Ela não se importou com isso, queria sair de casa não importando para onde ir, mas tinha de sair. Quando ameaçou por o pé na pista, apressei-me e lhe estendi a mão. Eu estava com o coração acelerado. Ela, timidamente estendeu a sua e abaixou os olhos. Com vergonha talvez. Eu enchi o peito e levantei a cabeça. Estava orgulhoso. As árvores, os pássaros, os transeuntes... Nada disso tinha tanta importância. Só o fato de estar ali com ela atravessando a rua já me fazia o mais feliz dos mortais. Parecia uma eternidade: Eu, nos meus jovens 17 anos, conduzindo pela mão aquela mulher franzina e bela, que parecia estar flutuando ao vento. Sabia pouca coisa da sua vida e mais ela não deixava saber. Era só. Não tinha ninguém a esperar por ela, nem para conversar. Não sei por que estava calada. Eram motivos de sobra para disparar palavras sobre mim. Seria medo? Desconfiava de que eu não correspondesse? Parecia estar embevecida pelo cenário que nos circundava: Vez em quando levantava os olhos e observava as árvores. Estava tensa no inicio, mas, depois foi se acalmando a ponto de sorrir. Ficava mais bonita sorrindo, mesmo assim não falou palavras...
O vento começou a soprar um pouco mais forte. Ela sentiu frio, pois encolheu os braços e os colocou junto ao peito sem se dar conta que levou o meu braço junto. Toquei, sem querer, com as costas da mão, o seu seio. Ela estremeceu e olhou para mim como um pedido de desculpas. Aceitei com um aceno de cabeça e continuamos o passeio. Parecia uma criança diante de uma sorveteria: Sorvia cada paisagem como se estivesse saboreando um sorvete. Era muita emoção para uma manhã só. Estava ofegante quando chegamos do outro lado da rua. Seus olhos percorriam tudo como se estivesse ali pela primeira vez. E talvez estivesse... Tudo era novo e especial. Mas, ela se mantinha firme. Ficamos alguns minutos ali parados quando, ela deu-me um puxão delicado no braço mostrando que era hora de voltar. Refizemos o percurso. Ela tinha mudado: Agora estava alegre, de cabeça erguida... Parecia que no instante seguinte ia disparar a falar. Mas, não. Manteve-se como uma “Lady” ao meu lado. Quando chegamos perto de casa, desprendeu-se da minha mão e se voltou vagarosamente para o interior do quintal. Ao chegar ao limiar da casa voltou sobre os passos, olhou-me e disse: “Obrigada”. Entrou cambaleante e, antes de fechar a porta, a luz vinda do interior com o contraste da luz exterior fez os seus cabelos brancos cintilarem. Ela tinha 95 anos. Uma grande mulher...
Hoje, passados 40 anos, lembro-me dessa cena com saudades. Ela ficou no meu passado guardada com carinho e, fico pensando: Será que hoje, se eu precisar de uma ajuda que seja, uma mão estendida vou encontrar? Será que as pessoas estão atentas na rua? Não sei responder a essa pergunta. Mas, creio que quando eu estiver bem velhinho vai aparecer alguém para me ajudar a atravessar a rua e dar um passeio do outro lado da calçada. E com certeza vou me comportar como uma criança saboreando um sorvete. E, se acontecer com você, não se preocupe: Deus, Nosso Senhor nunca vai deixá-lo desamparado. Assim como aconteceu com aquela senhora, eu ou alguém estará lá. Pode estar certo....
Que o Senhor os abençoe abundantemente.
Amém!!!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Preocupação ou é Falta de Confiança em Deus?

Viver sem preocupação não é tarefa das mais simples, mas é possível. Para entendermos o por que não devemos nos preocupar, temos que fazer uma análise etimológica (significado) da palavra dentro de nossa língua. A PREOCUPAÇÃO em tradução livre vem