quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A abundante graça do Senhor


“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? (Rm. 6.1)”

O apóstolo do Senhor, nosso irmão Paulo, faz uma pergunta inquisidora... Uma pergunta que mexe com aquele cristão que não aceita nenhuma agressão à santidade cristã. Porque é muito comum esquecermos que fomos sarados, reconstituídos, transformados e conduzidos a presença do Todo Poderoso, Senhor dos céus e da terra e, não mais pertencemos ao mundo pecaminoso. E, para que isso fosse possível, foi necessário um sacrifício: Um homem foi imolado na cruz. Foi derramado sangue humano e não mais sangue de animais, que não apagava pecados, apenas os encobria. Esse homem, Jesus Cristo, veio para cumprir a lei e, após cumpri-la integralmente com a sua morte na cruz, encerrou de uma vez todas as exigências (da lei) com seus rituais de sangue, que apenas colocava um véu sobre o pecado cometido. E, muitos daqueles que ofereciam suas ofertas, novilhas, cordeiros, pombas ou rolinhas, acabavam não alcançando a salvação por conta de futuros pecados. Alguns morreram debaixo de pedradas (Js. 7.24,25), outros foram engolidos pela terra (Num. 16.1-13) e outros ainda, dilacerados por animais (1º Rs 13.11-26). Todos esses, iam ao seu tempo, oferecer seus sacrifícios diante do sacerdote para perdão dos pecados. A lei tinha cheiro de pecado...

Sim, porque a lei opera em nós a morte através do pecado, pois, com a lei vem ao nosso conhecimento o pecado e com o pecado a morte, que é o salário do pecado (Rm. 6.23). Mas, a graça de Deus tem cheiro de vida. A graça de Deus é o presente dado ao homem por sua entrega ao Senhor Jesus.

Porque tantos teimam em virar as costas para essa verdade? Porque tantos trocam a salvação por um guisado de lentilhas? O apóstolo continua: “De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? (Rm. 6.2)”

É outra pergunta. O Apóstolo nos encosta na parede: Como desvalorizar um ato tão significativo para nossas vidas? Fomos justificados no sangue de Cristo. Fomos aceitos no Santuário do Altíssimo, passamos do átrio para o interior. Chegamos à presença do Deus vivo. Como conciliar graça e pecado? Como viver uma vida abundante em graça e ao mesmo tempo num mar de pecados? Não dá para imaginar, não cabe na imaginação de nenhum cristão. Mas mesmo assim...

... Algumas pessoas não se deixaram envolver pelo Espírito de Deus para viver em novidade de vida. Foram crucificados com Cristo, assim como você e eu, mas continuam vivendo como no passado, ainda que dentro da igreja em plena comunhão com os santos. É necessário um novo nascimento. É necessário uma mudança de direção. Jesus se entregou na cruz para nos libertar da lei. Ele quebrou o jugo que nos colocava de olhos voltados para o chão, como se estivéssemos encostados numa parede, de cabeça baixa, com vergonha de erguer os olhos para o alto.

Mas hoje, somos novas criaturas. Fomos lavados no sangue do cordeiro e, recebemos das mãos de Deus, um lindo presente: A graça. Que recebemos quando aceitamos a Cristo como nosso suficiente Salvador. Essa é a graça especial. Porque a graça comum que Deus, o Senhor, concede a todos os homens são as coisas naturais: a água, o vento, o fogo, a natureza, enfim tudo para que o homem reconheça o poder e o senhorio do Criador. Se depois que O aceitarmos e continuarmos a agradar-LO com uma vida em santidade, receberemos mais graça que é a certeza de estarmos em Cristo e Ele em nós isto é, graça sobre graça. E, cada vez mais respondendo afirmativamente ao favor imerecido de Deus, receberemos a justificação, a regeneração, a santificação e a segurança Nele. Com isso seremos transbordados de graça. E, olhe só: Sem a graça do Senhor, ninguém será salvo. Pois a salvação que recebemos é dom do Senhor, derramada sobre nós quando aceitamos a Cristo. Lindo, isso. Fantástico...

Só um Amor imensurável é capaz de fazer isso pelo pecador: Éramos inimigos de Deus, agora somos filhos por adoção. Fomos recebidos de braços abertos na cruz. “Sim, se com Cristo fomos crucificados, fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte. Seremos ressuscitados como Ele ressuscitou pela glória do Pai (Rm. 6.3e4)”.

Que o Senhor te abençoe e te guarde.

Amém!!!