segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tirai a pedra. Uma pedra, um dilema: avançar ou recuar (2ª parte)

Viu? Porque apenas tornar-se cristão não elimina rigorosamente o pecado nem a tentação na vida de cada um de nós. Cada dia é uma batalha espiritual, só não é diferente, porque o inimigo não muda. Tirar a pedra é ir além. É transpor obstáculos e, esses obstáculos é uma verdadeira parede que, outrora nos separava de Deus. Jesus, em seu sacrifício na cruz, já nos remiu de todo o pecado, mas isso não quer dizer que ele foi banido das nossas vidas. O apóstolo, através do Espírito Santo, nos revela que o pecado “de tão perto nos rodeia”. Não podemos vacilar. Não podemos entregar o ouro no final do campeonato. Salvação é coisa séria! Ou será que estamos brincando de pique - esconde? Fingimos que nos arrependemos e Deus (Perdoe-me, Senhor) “finge” que nos perdoa. Que salvação é essa? Que faz de conta é esse?Tirar a pedra é mudar de direção. Virar o volante e mudar o rumo. Pegar uma nova estrada e seguir em frente, visualizando tudo novo: nova vida, novas situações...

Todos nós enfrentamos lutas interiores para vivermos corretamente na presença do Senhor. São as chamadas “batalhas espirituais”. Sabemos o que é o certo e o que é o errado, mas, invariavelmente fazemos o errado. Jesus disse que sem Ele, nada seríamos ou faríamos e muitas vezes queremos andar sozinhos... E a pedra está bem ali do lado ou na frente: a pedra da desobediência. Como é fácil não obedecer! Como é fácil andar na mão de direção! Sim! Porque o cristão anda na contramão da vida: o rio corre para baixo, o cristão corre para cima. É o contrário de tudo isso que está ai. Alguém já disse certa vez: querer é poder. Se você quer, você pode, conquanto que seja no Senhor. Mas existem aqueles que voltam atrás, não resistem às investidas do inimigo e caem no laço. Aí, meu amigo (a), meu irmão (ã), o jeito é sentar e por os pensamentos em ordem. Alguns sentam e choram, mas o crente ajoelha e ora. E pede, implora o perdão do Pai. Tira as arestas, os ramos e raízes que estão impedindo a caminhada, levanta o queixo e segue em frente... As pedras atrapalham. E com as pedras aparecem os musgos, limos, lacraias e toda sorte de insetos nocivos à vida. Tirar a pedra é gritar: liberdade!Liberdade! Sabendo que o Senhor está ali, ao lado. Sempre pronto a nos livrar do mal. A liberdade de escolha está em nós: se escolhermos mal, o peso da culpa ficará em nosso subconsciente por um bom tempo. Até que o arrependimento entre em nosso coração e nos deixe em estado de graça, a graça do perdão. Perdão que nos foi concedido lá no Calvário e nos reconciliou com o Pai. Perdão que nos abriu as portas do céu e nos permitiu entrar no Santo dos Santos, morada do Altíssimo. Isso é de uma importância enorme... Fomos justificados pelo sangue do Cordeiro e, essa justificação fala mais alto se lembrarmo-nos que éramos inimigos de Deus, não tínhamos chance alguma para sermos perdoados, pois a Bíblia afirma que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Mas agora temos um Sumo-Sacerdote que intercede por nós. Podemos ir a Ele sem intermediação, sem receio, pois sempre nos ouvirá (se tirarmos a pedra): com pedra é impossível entrar no Santuário do Altíssimo. Com o corpo sujo é impossível subir na cama para dormir enrolado em cobertas limpas; assim como é impossível sentar a mesa para almoçar com o corpo suado, pegajoso... E isso tudo no plano material, quanto mais no plano espiritual, onde nossas vestes devem estar limpas, alvas como a neve. Não existe a chance de chegarmos de qualquer maneira e sermos atendidos. É preciso mudar... Tomar um banho de santidade nas águas espirituais da fé (Ez. 47. 3, 4, 5).

O mundo jaz no maligno, mas nós não pertencemos ao mundo. Pertencemos a Cristo. Isso, se Cristo nos aceitou e temos uma nova vida... Aqueles que estão em Cristo são vencedores. Já não carregam pedras. Largaram suas cargas com Cristo, pois Ele nos prometeu tomá-las e trocar pelo seu jugo que é leve e suave (Mateus 11.29). Mas, e aqueles que não foram aceitos? Jesus os rejeitou? De modo algum. Jesus não rejeita ninguém. Recebe todo aquele que se achegar a Ele. Existem os que O rejeitam. Não aceitam o Evangelho nem atentam para as Suas palavras. O coração está carregado de pecados, manchas negras o encobrem, rochas enormes fazem barreira para a entrada do evangelho. Tirai a pedra, continua a clamar o Mestre: tirai a pedra. Talvez fique difícil tirar a pedra, talvez seja quase impossível. Mas é necessário. Exerça um pouco de misericórdia, talvez ajude. Incremente uma pitada de justiça, abra o coração e deixe o Mestre falar suave e manso à sua alma. Não perder tempo é o que importa. Não deixar passar a oportunidade é o dilema. Tirai a pedra, ordena o Cristo de Deus: tirai a pedra, ecoa a Sua voz. A rebeldia insiste em povoar os corações, os olhos teimam em não enxergar, os ouvidos se cobrem para não ouvir. Como fazer? Como mudar isso? Só o Mestre amado pode mudar a situação. Mas o Senhor é delicado, não força a entrada. Só fica esperando o rebelde tomar uma atitude e decidir-se pelo caminho bom. Tomada a decisão, vem a parte mais complicada: limpar as arestas, podar os ramos secos, tirar o velho homem e fazer uma nova criatura; tirar o coração de pedra e por um coração de carne. Isso leva certo tempo, mas dizem que a água tanto bate até que fura... Assim também é a Palavra, pois ela é água pura, cristalina, que limpa e purifica aquele que crê e... Tira a pedra.

Que o Senhor te abençoe e te guarde.

Amém!!!

sábado, 1 de agosto de 2009

Lev. 6.13 “O fogo arderá contínuamente sobre o altar e não se apagará”.


Comumente achamos que o fogo citado nesse versículo, diz respeito aos ministros da tribuna: Pastores, evangelistas, presbíteros... Alguns até dizem: O fogo tem que vir lá de cima!!! Não estão errados. Mas não é bem assim. Se fosse, somente os ilustres irmãos seriam batizados com o Espírito Santo e poderiam profetizar na igreja. E somente eles seriam alcançados pela graça. Não foi esse o pensamento do Senhor.

Em Lev. 9, Moises fala com Arão e seus filhos para oferecerem sacrifícios por si e pelo povo. Após a preparação, saiu fogo de diante do Senhor e consumiu o holocausto e a gordura. Aquele fogo representava o zelo do Senhor para com o seu povo, e aceitação da oferta e em retribuição a esse zelo, deveriam estar em contínua adoração. Essa adoração, essa entrega total deve ser diária e não por momentos, por algumas horas de culto que depois colocamos no armário do esquecimento e não lembramos mais.

Assim como o sacerdote que após aquele evento, não deveria deixar o fogo se apagar e a cada manhã o alimentava, nós devemos proceder da mesma forma. O nosso culto, a nossa intimidade com o nosso Deus devem ser intermitentes, isto é, sem interrupção. Ao levantarmos do leito, de manhã, começamos a cultuar ao Senhor em oração e ação de graças e essa adoração tem de ser contínua. Pois é a presença do Senhor em nossas vidas que nos move sempre para a sua direção. É o fogo do Espírito que está aceso em nosso interior que nos dá a força necessária para prosseguir em meio às tribulações da vida cotidiana. E, ai de nós se não fosse o Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo: Seríamos como ovelha sem pastor (Mt 9.36). Preparamos as nossas ofertas, os nossos sacrifícios e, quando chega a noite, depositamos aos pés do Senhor ali no altar, as nossas ofertas preparadas durante o dia. Com amor e humildade nos rendemos ao Senhor, prostrados em completa adoração.

O fogo deve arder em nosso coração assim como os dois discípulos no caminho de Emaús que, ao perceberem o Mestre disseram: “Porventura não ardia em nós e em nosso coração quando nos falava e nos abria as Escrituras?” (Lucas 24.32). Esse fogo continua aceso em nós e em nossos corações hoje e vai continuar aceso até o Senhor vir buscar a Sua Igreja. Arderá continuamente e não se apagará se vivermos na unidade do Espírito Santo.

Que o Senhor te abençoe e te guarde!!!